Capítulo 42

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A música pulsava nos grandes alto falantes na varanda e tanto Clarke, quanto Bellamy se sentiam animados, bêbados e completamente felizes por causa deste dia tão especial na vida deles.

Bellamy não soltava a mão de Clarke para nada, mas mesmo se tentasse, ela não deixaria, pois, estava adorando a pressão da aliança entre os seus dedos, e a maneira como ele ficava levantando a mão dela para beijá-la, mas, na verdade, ele queria apenas ter certeza de que o anel estava mesmo lá.

Eles andaram ao redor e passaram as próximas duas horas cumprimentando a todos e se perdendo em conversas banais. Os convidados comiam os aperitivos, e todos estavam começando a se embebedar e a se divertir um pouco demais. Para falar a verdade, não era fácil lidar com toda aquela gente.

Quando o jantar foi servido, a cada dez minutos alguém batia com a faca numa taça de champanhe tentando propor um brinde apenas para que Bellamy beijasse Clarke. A cada vez, o beijo se tornava um pouco mais quente – pelo menos para eles – até ela achar que ele iria jogá-la na mesa e...

Mas quando a cerimonialista disse que a banda logo chamaria a primeira dança, e uma sinfonia de facas em taças de champanhe continuou tocando, Bellamy simplesmente chegou perto do ouvido de Clarke e sussurrou:

— Se você enfiar sua língua na minha boca de novo, vou sequestrar você e usar a primeira cama que eu encontrar, Sra. Blake.

— Bom, então vou só beija-lo inocentemente, Sr. Blake. Pois quero provar o bolo — seus olhos se fecharam e ele chegou ainda mais perto, gentilmente beijando seus lábios.

Como ele conseguia ser doce e quente ao mesmo tempo?

Andaram até o centro da pista de dança em meio ao silêncio de expectativa de todos. As primeiras notas da música soaram e Bellamy exibiu um sorriso, antes de puxá-la com as duas mãos e agarrar.

O salão explodiu em aplausos e ela olhou para ele, sacudindo a cabeça como se aquilo tivesse a irritado. Mas é claro que não era verdade. Apenas para compensar o constrangimento. Ela não gostava de ser o centro das atenções, mas naquele casamento, era inevitável. A sorte dela é que a bebida estava a ajudando a encarar todas as pessoas.

Com uma sandália baixa que ela tinha ido buscar dentro de casa – depois de ter casado descalça – Clarke era muito mais baixa do que Bellamy e odiava não poder encará-lo no mesmo nível, mesmo dançando no casamento. Ficou na ponta dos pés, se entregou aos braços do seu marido, e após pouco mais de meio minuto, ela o sentiu agarrar sua cintura e erguê-la para que ficassem cara a cara, com seus pés em cima dos dele.

— Melhor assim? — ele perguntou, carinho era visível em seu rosto.

— Muito — Clarke agarrou seus cabelos e beijou sua boca.

Os flashes dispararam ao redor deles e ela podia imaginar centenas de fotos de Bellamy a abraçando, girando seu corpo lentamente, seus pés sobre os dele e a barra do vestido, suja, contando para todos no futuro, o tipo de casamento que tiveram: o casamento perfeito.

A música acabou, mas Bellamy demorou vários segundos antes de colocá-la no chão.

— Eu te amo — ele disse, vasculhando o rosto de Clarke até chegar aos seus lábios.

— Eu também te amo.

— Nossa. Você é minha esposa.

Rindo, Clarke disse: — Estamos casados. Isso é insano. Quem deixou isso acontecer?

Ele não sorriu nem um pouco. Ao invés disso, seu olhar se tornou denso e sua voz ficou ainda mais grave.

— Não vejo a hora de deitar você numa cama e consumar esse casamento.

𝗗𝗨𝗔𝗦 𝗩𝗘𝗭𝗘𝗦 𝗔𝗠𝗢𝗥 | Bellarke [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora