Londres
Narradora- Que merda Joshua!- Any fala batendo na cabeça do loiro.
- É culpa minha não ter abastecido o suficiente?
- SIM JOSHUA!- Any grita, com as mãos pro alto.- É SUA CULPA SEU INFELIZ!
4 adultos parados numa calçada deserta, por conta da gasolina ter acabado ( Sabina havia ido embora com o namorado e Kristian com a namorada.)
Sina estava desesperada, ela tinha que chegar em casa até as nove pois ia fazer uma sessão de cinema com Savannnah ( A australiana ia escolher o filme, e isso assustava muito Sina. Da última vez assistiram 3 vezes Barbie e as sapatilhas mágicas. Apesar de ser o melhor de todos, Sina enjoara na prinera vez.). Noah passava as mãos pelos cabelos, assustado com o horário que iria embora. Devia finalizar uma notícia para amanhã, e agora demorararia mais.- Que droga eu faço?- Josh perguntou olhando para o marcador de combustível, que estava no 0.
- VOCÊ AINDA PERGUNTA?MAS OBVIAMENTE VOCÊ VAI LEVANTAR ESSE TRASEIRO DO CAPÔ E VAI BUSCAR GASOLINA!
- Tá- ele levanta - pronto tô indo estressadinha!- Levanta a mão pro alto em rendimento.- Vamos comigo, Noah?
- Eu não! vou ficar cuidando do carro.
O loiro olhou para a morena que ligava para a mãe desesperadamente.
- Ah Não! Mas não vou mesmo!
- Vamos! Você me ajuda!
- Não. E. Não! Eu não tenho nada haver com isso.
- Vai logo, Any!- Josh disse revirando os olhos - Vamos.
A morena, quase explodindo, largou o celular com tudo na bolsa e saiu andando na frente e brigando o loiro.
- É BOM ESSE POSTO SER PERTO, MUITO PERTO ESTÁ OUVINDO BEUCHAMP?- A cacheada falava a frente, nadando estressada.
- Acho que a gente volta daqui uns 45 minutos- Josh disse. - bye.
O Canadense correu até a Brasileira.
Ótimo, agora estavam apenas os dois ali. Alguns minutos foram passados, e Sina já queria desaparecer. De todo o modo, não era a pessoa que ela gostaria ali.
Noah estava deitado no capô do carro, olhava fixamente as estrelas e tentava encontrar palavras pra falar com Sina.- Sina eu...Sina eu não consigo parar de pensar em nós.
Nós? Existe algum nós aqui? Sina pensava, tentando não entrar na expectativa de falar sobre aquilo mais alguma vez.
- Digo, ham...sobre oque aconteceu e eu .... Eu não consigo parar de pensar nisso....por que é novo pra mim e...eu....
-O que é novo pra você?- A voz da Alemã saiu quase como um sussurro.
- Essa...essa...Essa sensação...eu acho. Eu não sei é....estranho!
- Oque é estranho?
- Isso que eu...isso que eu sinto por ti.
- Por que você define como estranho?
Porque eu nunca gostei de uma garota assim como eu gosto de você! Era isso que o moreno sentia, mas não conseguia falar, expressar isso de uma forma legível pra ela.
- É que é estranho essa sensação.
- Você....Você gosta de mim?- Sina perguntou, na lata. Noah levantou e o olhou ela, que havia um semblante de medo.
- Eu acho...
- Você acha?
- É.
Droga. Noah não sabia como dizer a Sina.
-Mas eu também gosto de você.
- Não, Não Sina! Você gosta de mim como amigo!
- E você gosta de mim como?
O silêncio se alastrou tão rápido como fogo em uma fogueira. Sina sabia da resposta, não queria compartilhar com o garoto. Ele queria explicar mas não conseguia. Ele não sabia como explicar que ela era especial para ele. Que de alguma forma, ele se importava com ela além da conta. Ele queria explicar isso, mas não conseguia verbalizar os sentimentos. Em alguns bons minutos, eles estavam em casa ( cerca de 1h30 após). Eles haviam chegado e não tinham nem palavras para se dizer um ao outro. Noah subiu pelo elevador, como nos velhos tempos antes de conhecer Sina (ou a mais ou menos um mês) e Sina pelas escadas de madeira. Um chegava de um lado diferente, eles se encontraram, a garganta de Noah coçava para falar algo, e Sina só queria fugir desta situação e se esconder. Noah êxitou ao abrir a porta, mas acabou por entrar é se deparar com o cheiro doce de lavanda de seu apartamento. O computador exatamente como ele havia deixado pela manhã, e a roupa que ele havia separado para noite o esperando em cima da cama. Enquanto a água quente do chuveiro descia pelo corpo do jovem adulto, ele pensava em como demonstrar isso a ela, como ela perceberia, qual seria a linguagem do amor dela?
Sina, havia apenas mandado uma mensagem para a amiga dizendo que estava atrasada em algo do trabalho (Oque Savannah sabia ser mentira, pois a amiga nunca se atrasa) e não conseguiria ver o filme. A loira estava a meia hora de baixo da água do chuveiro, tentando entender a situação e como que ela poderia resolver aquilo de uma forma rápida, já que aquilo estava consumindo seus ossos. Ao fechar a porta do box e vestir um pijama, a loira parou na varanda para penar em algo, pensar em como alguma daquelas estrelas do céu poderiam ajudá-la a tomar alguma decisão, ou como alguma prece dela seria atendida.
E algo bateu a cabeça de Noah, algo maluco e esquisito o bastante para ele não se reconhecer. Ele apenas pegou um moletom e correu a porta da loira, onde se ouvia apenas um ruído de vento. Ele ensaiava oque dizer
Sina, eu gosto de você de mais. Mais do que você imagina. Não, brega de mais.
Sina, acho que a gente precisa conversar. Nhe
Eu estou sentido coisas malucas por você, Sina. Nossa, que droga.
Ao se deparar com o toque suave sobre a campainha, que fez um grande estrondo na cabeça de Sina, Noah corria contra o tempo para pensar em algo suficientemente bom a ponto dela pensar que ele é uma pessoa ideal.
Mas ele se perdeu.Se perdeu com a cor dos olhos claros dela, com seus traços delicados do rosto, com os cabelos caídos para frente, com a pele delicada e sensível. Ele estava perdido e não achava um mapa melhor do que Sina Deinert para o ajudar. E então, ao chegar perto o suficiente para sentir a respiração da loira, ele a beijou.
Ele a beijou com vontade, vontade de dizer o que devia ser falado, mas que não conseguia. Um ato talvez fosse suficiente para ela entender o quão apaixonado ele estava.
E ela entendeu. Ela entendeu perfeitamente, ela conseguiu até mesmo, se entender. Entender-se que ela o queria, ela o desejava e o sonhava, plageadamente. Ela queria estudar seu sorriso e as ondas do seu cabelo, que mais um oceano parecia.Ele queria saber porque ela, ela tinha que ser tão única? Porque a garota, a vizinha devia ser tão encantadora?
Eu estava apaixonado, pela garota dos olhos mais ofuscante que eu imaginei. Eu me sinto um completo adolescente de 16 anos, tão bobo quanto. Eu a queria mais que tudo. Mais que todos.
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my neighbor
RandomOnde depois de uma briga com os pais, Sina Deinert se muda para Londres. Onde Noah Urrea tem uma nova vizinha.