London U.K
Aí que dor de cabeça.
Me levanto indo em direção ao banheiro e fazendo higienes pessoais. Visto um macacão branco e uma t-shirt amarela, amarro meus cabelos e ponho um all star branco. Pego meu celular que estava 100% e logo vejo mensagens silenciadas de meus pais.
Alex:
Sina, você está agindo totalmente imatura garota!
Espero que volte para a Alemanha em no mínimo 3 dias e acabe com essa palhaçada logo!
Reviro os olhos e desligo o celular. Okay, hoje tenho que levar as fotos para a editora. Sou fotojornalista, ou seja, tiro as fotos dos jornais que você lê. Tenho que ir ao mercado e fazer compras para a nova casa.
Minha cabeça ainda estava absorvendo as informações, estava aérea ainda. Pego as chaves da minha bicicleta e vou pegá -la no blicicletário, onde vou andando pelas ruas movimentadas de Londres até o meu novo emprego. Chego 15 minutos adiantada, aproveito para ir ao banheiro e re-ver as fotos. Assim que sou chamada, logo mostro minhas fotos sobre o crime e o lugar. Estava tão feliz deles terem gostado, que sai saltitando do local. Peguei minha bicicleta (estilo retrô) e fui pedalando até uma cafeteria, onde peguei um copo de café e uns bolinhos. Cheguei no apartamento e larguei minha bicicleta, dei bom dia ao porteiro ( já que sai muito cedo e nem o vi) e subi as escadas. Eram cansativas, já que era quarto andar, e minhas pernas doíam. Assim que cheguei em meu andar, vi meu vizinho simpático que me ajudou a abrir a porta.- Bom dia.- disse abrindo a porta
- Bom dia. Ahm...aqui tem elevador.- ele disse apontando para a caixa metálica e só de pensar em estar ali, já passo mal.
- Ah, sim. Mas eu não gosto de andar de elevador.
- Sério? Nossa, não imagino minha vida sem.
- Eu preferia minha vida, sem.
- Porque?
- Tenho claustrofobia - digo nervosa
- Ah - ele falou num tom desapontado com sigo mesmo. Deve ter ficado envergonhado- perdão não sabia, não queria causar... incômodo, sinto muito.
- Que nada, você não sabia.
- Então tá, tchau.- ele disse e fechou a porta.
Entro em casa e ligo meu computador, Beberico o café que estava morno. Mando mensagens para minha melhor amiga australiana.
Savannah Clarke.
Savannah e eu nos conhecemos no último ano da escola, e ela é um tanto...estranha, se perceber. Ela está sempre no mundo da fantasia e sempre que é possível, compra fantasias de desenhos para usar. Ela é diferente, mas me entende bem.
Nunca tive amigos na escola, pelo contrário, eu sofria a pior coisa: bullying. Ah, isso me afetou bastante, e Savannah disse que eu não parecia com alguém que sofre bullying como Janeth Craslon, ela era uma nerd da minha sala. Sav ( como apenas amigos próximos podem a chamar, no caso apenas eu) falou que eu não tinha uma pele oleosa, cabelos horríveis, não usava aparelho e nem era tão esquisita. O problema é:
1. Estava no ensino médio e nunca havia beijado;
2. Eu tenho claustrofobia e alguém espalhou isso;
3. Eu tenho TOC.
No caso, transtorno obsessivo compulsivo. Eu, tenho super agonia de coisas bagunçadas ou fora de ordem. É comum você me ver no mercado e me confundir com um atendente pois fico arrumando as coisas. Ou em qualquer lugar. Na minha sala, eu não conseguia ver coisas fora do lugar, carteiras sem estar em ordem, ou os livros bagunçados na prateleira. Eu tinha que arrumar. As vezes estávamos em alguma prova e eu simplesmente olhava para aquela prateleira totalmente bagunçada e começava a bater o pé, depois mordia minha mão para conter a ansiedade, e depois, eu me levantava e arrumava. Descobriram quando a segunda professora pediu encarecidamente no 6° ano, para os alunos não jogarem de qualquer jeito as coisas no armário pois a " aluna Sina Deinert tem algo conhecido como TOC, então por favor a respeitem". E foi aí que o inferno começou. Eles faziam de tudo para me fazer ter um ataque. Exemplo: no 8° ano, uma garota da minha sala, Anne Hafferson ( Vale lembrar que ela foi a mais popular do primeiro ao último ano da escola e ainda era minha vizinha), entrou em meu quarto e mudou toda a sequência das minhas roupas ultra arrumadas. Eu quase tive um ataque cardíaco, e ainda ficaram fazendo gracinhas. Coisas do tipo, desarrumar a gola da minha camisa, colocar alguma mecha de cabelo meu para frente, desarrumar minhas canetas em ordem da mais escura apara a mais clara e toda hora desarrumar todos os livros só para ver eu sair correndo arrumar era algo normal.
Eu ia a psicóloga, mas não ajudava nada.You:
Olá Savannah Clarke, como está?Sav ♡:
Péssima, meu colar de bolinhas acabou de arrebentar.Mas ele não tinha arrebentado semana passada?
Sim, mas eu concertei. Agora não há mais jeito.
E para ter outro, só na ItáliaRealmente triste.
Oque está fazendo? Como está aí? Seus pais estão menos chatos?
Não existe essa palavra no vocabulário dos meus pais.
E eu estou morando em Londres.
Oi?
Como assim? Falei com você ontem e ainda estava na Alemanha!Pois então, depois da última briga...Eu resolvi me mudar.
Sina, mas você não conhece ninguém aí!
Realmente, mas agora pelo menos vou trabalhar naquele lugar que te disse.
Meu Deus, você é maluca.
Realmente você está aí ou é palhaçada?
Não me vem à cabeça isso.*Foto*
Realmente, quando eu acho que Sina Deinert não pode me surpreender mais, eu me deparo com isso.
Pelo menos é um lugar legal. Que bom que não foi para São Francisco, aí é mais legal.São Francisco não está descartado okay?
E por sinal, quando desceram minha bicicleta, vi um dos seus adesivos da Tinker Bell no banco.Ah é. colei faz alguns anos aí.
Tchau, Nakita está implorando para ajudá-la no piano.Ensine sua irmã algo clássico. Não algo como músicas ultra depressivas para a garota de 12 anos.
Se você se refere a Happier than ever, ela aprendeu sozinha. E outra, vou ensina-lá Je te le laisserai des mots.
MEN.TI.RA!
ISSO SIM É EXEMPLO!
te amo, obrigada por ensinar a ela algo bom.Nada.
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my neighbor
RandomOnde depois de uma briga com os pais, Sina Deinert se muda para Londres. Onde Noah Urrea tem uma nova vizinha.