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Germany
Sina

Nós descemos até a porta principal, onde saímos do hotel.

Noah parecia muito nervoso. Quando peguei sua mão, estava muito gelada e trêmula. Me encostei nele, andando abraçada de lado até o carro.

Ele não me permitiu dirigir, disse que ele que iria dirigir. Fiquei até indecisa, pois ele não sabia a localização do hotel, onde ele me levaria?

Não falamos muito durante a viagem de quase 45 minutos; poucas vezes ele abriu a boca para falar algo, mas logo fechava. Olhei por gora da janela, onde via as ruas pouco movimentadas de Berlim se afastando a cada vez mais, e dando espaço a um lugar mais vazio. A música muito baixa tocava ao fundo, olhei para Noah que ainda tinha um olhar aflito. Me agoniei.

Quando me dei conta, estávamos parados do lado de um restaurante pouco movimentado. Apenas alguns carros luxuosos estavam ali. Quando descemos do carro, obervei nosso versa ser o menor carro entre todos. Não me importei. É uma banheira esse carro. Noah pegou minha mão, parecia mais calmo agora. Me guiou em direção ao restaurante pequeno, chique e aconchegante. Nós fomos direcionados a uma mesa no fim do restaurante, muito bonita.

- Por enquanto só duas águas- digo, em alemão. O garçom assente e sai - Uhm, e então, posso saber o motivo de me trazer no restaurante do nada?

- Uhm.. O motivo é: você não pode saber, ainda.

- Ahm, agora eu estou mais curiosa. Pode me dar pistas?

- Não.

- Você é sem graça hein.

- E mesmo assim você me ama. Uau.

- Convencido.

- linda.

- Metido.

- maravilhosa.

- Aqui as águas - disse o garçom interrompendo nossa pequena discussão inútil em inglês.

- Obrigada.

- Por nada.




- Okay, mas eu posso saber aonde estamos indo? -perguntei, logo após sairmos pelas portas dos fundos do restaurante.

- Não. Você não pode saber.- falou ele segurando a minha mão

- Droga - resmunguei pouco irritada

- Você vai gostar

- assim espero.

Continuamos andando, até estarmos de volta ao carro.

- Ahm?- soltei nossas mãos- todo esse suspense para voltarmos ao carro?- perguntei, abrindo a porta do passageiro, e ele entrou também.- Que drama Noah.

Comecei a puxar o cinto, que não conseguia fechar.

- Amanhã vai ser um longo dia - disse ele nem aí para meu sofrimento com a fivela do cinto. - E se chegarmos na sua casa, e perguntarem " Quem é esse cara aí?" - disse ele manobrando e dando uma risada. Ele deu uma pausa, apenas voltando a falar quando voltamos a estrada.- o que você responderia?

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