Londres
NarradoraO grito sombrio, angustiante, frustrante, repugnante, ecoou pelo apartamento inteiro. Todos deveriam ter ouvido, e em principal, o vizinho de porta Noah. Que estava confuso novamente. Ele não conseguia verbalizar para Sina o que sentia por ela, apenas sabia que era algo forte de mais, que ele não tinha imensidão. Os olhos de Noah se acenderam durante a madrugada, pelo grito da vizinha/colega de trabalho. O coração bateu rápido, como se disparasse além do peito. Rapidamente, pegou o moletom e correu a casa da loira. Não podia imaginar qualquer mal que acontecera com Sina. Tocou a campainha, que não foi atendida. Voltou na casa e pegou a chave que Sina deixará de sua casa uma vez, abriu a porta da loira tão rápido, que até se surpreendeu por não enganar as chaves. Correu pelo apartamento assim que a porta de madeira foi aberta. Os olhos correram pela sala limpa, impecavelmente organizada. O quarto, cozinha, área de serviço, escritório, quarto de visista, banheiro principal...banheiro do quarto! Pensou ele. Correu até o quarto novamente, onde abriu a porta e a vira causa no chão, com os olhos totalmente abertos, às lágrimas não paravam de cair no lado do rosto, mas ela não tinha reação alguma. Ela estava como se tivesse tido uma overdose de pensamentos. Noah a pegou pelos braços - com músculos definidos, e a levou até a cama. A chacoalhou nos braços e a grudou contra seu peito quente, onde começou a sentir as lágrimas rolarem mais. Beijou sua cabeça inúmeras vezes e abraçava mais forte a cada segundo.
Sina estará como se estivesse acabado de perder alguém por dentro - e por fora. Estava tão destruída e agoniada que naquele momento, teve até mesmo um pensamento suicida. Sina não tinha esses pensamentos, não era de sua natureza, mas sua vida estava saindo dos trilhos devagar, e mau sabia o que fazer. Os pensamentos rodavam: casa de boneca. Mamãe. Papai. Charles. Noah. Casa de boneca. Mamãe. Papai. Charles. Noah.
Noah se deitou com ela na cama, com medo de ela estar com frio, podia estar com febre. Ele ouvia seu coração bater rápido e ficou preocupado pelos batimentos. Beijou seu pescoço, inalando o perfume doce da Alemã. A largou na cama e tentou achar algum celular ou algo para ligar para alguém. Não queria sair dali. Pegou o celular dela, tinha senha. Ótimo. Voltou a se deitar ao lado dela, a respiração mais leviana.- Socorro.
A voz da loira saiu como um suspiro baixo.
- Do que, anjo? -perguntou.
- Noah. Noah!
Ela o tocou no rosto.
- Você não é um boneco!- ela disse com uma pontada de felicidade. Noah se interrogou, mas negou a ela com a cabeça. - Que bom! Ah Deus! - se agarrou aos braços fortes dele, e as lágrimas caíram novamente.
- Você era um boneco - contou ela - Noah eu estou surtando! A cada pesadelo eu...
- pesadelo?
- Todas as noites. Todas. Eu tento não dormir. Eu estava apenas lavando as mãos no banheiro e cai de cansaço. Não é desmaiar, é realmente dormir. Eu tenho dormido de pé. Eu sonho todas as noites, você sempre está em meus pesadelos - Ela disse e começou a tirar O moletom roxo que usava, Noah se assustou, não queria nada de inapropriado naquele momento. Mas então, se deparou com dois loomgos curativos nos ante-braços dela. Sina tirou com cuidado, e mostrou a Noah. Os braços estavam mais vermelhos, e era visível eles pulsarem.-O primeiro... pesadelo. Eu sonhei que havia agarrado meus braços forte o bastante para doer a este ponto, e então eu acordei assim. Eles pulsam é parecem que levaram chicotadas de tanto que ardem, Noah. Eu me agoniei. Você não falava mais comigo, de uma hora para outra, me cortou. Os sonhos com meus pais estão tão seguidos que estão quase me fazendo marcar uma consulta com uma psiquiatra. Me ajuda. Eu preciso de você. Eu preciso de você comigo. Nunca, jamais alguém precisou de alguém assim como eu preciso de você Noah. Eu preciso do seu cheiro, do seu jeito, da sua personalidade, do seu toque , do seu beijo. Eu preciso de você como uma viciada. Viciada em você. Me vejo uma fora da lei neste sentido. É como se eu pudesse roubar, dopar , ou até mesmo matar, para ficar com você. Para respirar o mesmo ar que você respira. Eu preciso. Eu necessito de você como Julietta precisava de Romeu, e eu me entregaria assim como Romeu se entregou por Julietta, ou Julietta por Romeu. Quero provar mais uma vez dos seus lábios doces, mais uma vez eu quer estar com você. Eu gosto de você, Noah. Eu gosto realmente de você. E isso está sendo mais rápido que o previsto. Eu estou amando você. Pelo olhar tenebroso ou pelo sorriso chato. Eu preciso de você de volta. Não fuja. Fique aqui. Eu juro que não lhe magoarei. Mas fique. Eu imploro. Eu imploro. Eu te amo. Eu percebi isso na última semana, enquanto meus pesadelos simulavam em perder você. Eu não consigo. Me ame. Me ame assim como eu te amo. Eu estou implorando, eu não te posso perder.
- Você não vai me perder Sina. Eu estou aqui agora. Precisei de um tempo para absorver..tudo. Eu sei que agora posso ter certeza. Eu te amo. Eu te amo como Fred Wisley amou Jorge Wisley, Como Edward amou Bella, como Lucas amou Max, como Romeu amou Julietta, como Jughead amou Betty. Eu te amo mais do que o sol amou a lua. Eu te amo e isso está sendo inexplicável. Eu nunca mais sairei do teu lado, nem para beber água -riram- eu te amo. Fica comigo?
Os olhos cautelosos de Sina se fecharam devagar.
- Fico.
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my neighbor
RandomOnde depois de uma briga com os pais, Sina Deinert se muda para Londres. Onde Noah Urrea tem uma nova vizinha.