Encerramento

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Nico

-Eu quero que você respire.- falo dentro do elevador.- Vou estar lá o tempo todo, então qualquer coisa, você me diz e saímos.

-Eu acho que sei falar com minha mãe.- ela fala e a observo.

-Só quero que saiba que vou estar lá para você.- aperto sua mão.- Qualquer coisa, e você nunca mais precisa ver ela de novo.

-Eu sei.- assente.

-E ela não sabe da gravidez.- ajeito seus cabelos.- Então, seria bom se...

-Eu não contasse.- me observa.- Eu sei, Nico.

-Não gosto quando me chama assim.- faço bico.

-Você é muito mimado, sábia?- pergunta rindo.

-Alguns dizem isso.- mexo a cabeça.

O elevador abre e estamos no andar do escritório, então puxo Virgínia pela mão até as portas e vejo os seguranças preparados para qualquer coisa. Entramos no escritório e vejo a mãe de Virgínia sentada em uma das cadeiras e com a postura impecável.

Acompanho Virgínia até o outro lado da mesa e empurro a cadeira para que ela sente, então vou para trás da cadeira e apoio meus corpo na parede de trás. A mãe dela nos observa e vejo o quão profunda são suas olheiras.

-Você mudou.- a mãe dela fala primeiro.- Está mais séria.

-Você está bem?- Virgínia pergunta.

-Depois da minha filha ter matado o próprio pai e irmã?- ela ri.- Não, Virgínia, eu não estou bem.

-Eu sinto muito.- ela fala a verdade.- Não foi minha intenção até eles ameaçarem me matar.

-Seus pai e sua irmã nunca machucariam você de verdade...

-Eles explodiram um carro em que ela estaria, ele iria deixar vários de vocês atirarem nela, e Luna a mataria se podesse.- falo com raiva.- Eles a machucariam sim.

-Tudo por sua causa.- a mãe dela me encara com ódio.- Se você tivesse escolhido a menina certa, nada disso teria acontecido.

-Mãe.- Virgínia chama e ela a encara.- Ele iria me matar, Luna quase me enforcou.

-Você não entende.- ela sorri.- Era o sonho da sua irmã. Dizíamos para ela que casaria com Nico e viria para Vegas se tornar o que você se tornou.

-Não a trouxemos para discutir o passado.- falo sério e Virgínia respira fundo.

-Como Joana está?- pergunta.

-Ela está bem, nunca gostou do seu pai, se sente livre agora.- a mãe dela parece achar isso horrível.

-E as gêmeas?- Virgínia se ajeita.- Não vi elas em nenhum relatório ou foto.

-Ele as mandou para um internato na Suiça, estão alheias a qualquer coisa que aconteceu.- informa.

-Ótimo.- vejo Virgínia arrumar o vestido.- Eu vou assumir a máfia.

A Obrigação - 5° GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora