Respeito

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Nico

O braço de Virgínia fica tenso envolta do meu e olho para o lado, seu rosto parece bem calmo apesar dos seus olhos esbugalhados. Estamos entrando no cassino pela parte da frente, e como está de manhã não tem tanta gente quando de noite.

Levo ela pelo caminho que sempre faço e percebo que ela não tinha conhecido muito bem o cassino, lembro de fazer uma apresentação melhor para ela depois. Paro na frente do elevador e os seguranças olham envolta procurando perigo.

-Você devia relaxar.- acaricio as costas dela.

-Eu estou relaxada.- fala seria e sorrio me divertindo.- Não me olhe assim, Nico.

-Ah.- faço bico e ela me observa.- Quando fala meu nome, acho que está brigando comigo.

-Bem, é seu nome.- mexe os ombros.

-Eu chamo você de "esposa".- lembro e ela me observa atentamente.

-Sério que você quer que eu fique chamando você de "marido"?- franze as sobrancelhas.

-Sim.- assunto.- Você já foi casada? Isso é muito divertido.

O elevador chega e a puxo para dentro, os seguranças permanecem em seus lugares e tiro a chave do bolso para rodar no botão que leva ao subsolo.

Virgínia observa tudo calada e assim que a porta do elevador fecha seguro seu braço e a puxo para perto. Um sorriso tranquilo surge nos lábios dela e minha mão vai até sua nuca para fazê-la olhar para mim.

-Oi.- sussurro quase tocando os lábios dela.

-Oi.- ela sorri e seus olhos ficam mais brilhantes.

Encosto ela na parede do elevador e meus lábios tocam os seus, Virgínia solta um gemido baixo e minhas mãos se perdem em seus quadris. Meus lábios avançam contra os seus e parece que eu vou morrer se não a tocar.

Virgínia agarra meu blazer e me puxa para perto, seu corpo pressiona o meu e fico maluco quando a língua dela brinca em meus lábios. Agarro aquele vestido e começo a subir a saia dele quando ouço o "plim" do elevador.

Virgínia xinga algo que não entendo e sorrio lentamente percebendo que não é inglês. Anoto mentalmente para pedir para ela falar mais mexicano quando estivermos na cama, ou em qualquer lugar.

O elevador abre e eu arrumo meus cabelos enquanto ela ajeita o vestido, seguro sua mão inocentemente como se não  tivesse acontecido nada entre a gente naquele tempo.

Entramos no corredor e olho para o rosto dela tentando ver sua reação, Virgínia observa as luzes amareladas e o corredor longo cheio de portas. Sinto que se eu parar para mostrar o que é isso ela vai perder a melhor parte.

Então seguimos o corredor até o final e abro a porta, olho para o lado imediatamente e ela sorri lentamente enquanto vê o que acontece embaixo do hotel. Seu sorriso é tão cheio de alegria e brilho que nem noto que estou sorrindo também.

-Como?- ela se aproxima da borda das escadas.

-O hotel é bem antigo, tipo, muito antigo.- começo.- O dono achava que íamos ser invadidos por aliens e essas coisas. Então ele construiu um desses.

A Obrigação - 5° GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora