capítulo 50

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Pov Grego:

Sono era o que mais tava tendo. Evitei usar a cocaína por hoje, terminei as contas e fui embora logo. Horário de almoço, tava morrendo de fome, bati logo um pratão pra desabusar, e fui dormir.

...

Pessoal marcou churrasco na casa da mina lá, e como está tudo certo eu vou. Sou nem doido de perder.

Preciso passar o papo também, já tem é dias que eu tô com vontade de comer pudim, especificamente o da dona lá. Aquele dia o negócio tava bom, por conta de bobeira eu nem degustei direito.

E se você tá pensando que eu vou ficar no pé dela até ela fazer um pra mim, parabéns! Você acertou. Eu poderia facilmente pedir a Diana ou a minha mãe pra fazer um, mas só tá servindo o da Luísa mermo.

Tava de noitinha já, tomei um banho pra tirar o suor e vesti minha bermuda. Final de semana sem baile no morro é sem graça pra caralho, porém eu tenho que tá previnindo as coisas. Da mesma forma eu deveria tá fazendo comigo mesmo. Eu não posso ficar dando passeio no asfalto, porra os risco são grandes e enquanto tá dando certo tá tranquilo, negócio é se der errado.

O que a gente não faz por um chá gostoso que ela me deu. Negócio é igual camomila, deixa a gente mansinho, mansinho. Porém o chá dela é diferenciado. Bota diferenciado nisso.

Ângela: Vai sair hoje não?_me olhou indignada.

Grego: Ala, se eu saio a senhora fala, se eu não saio fala do mesmo jeito. A coroa tá caçando jeito de eu colocar ela no asilo._brinquei e ela tacou a almofada em mim.

Ângela: Você me respeita!_falou brincando.

Grego: Vou nada, vou sossegar aqui mermo. Porque? Vai trazer alguém aqui em casa? Quiser que eu saio é só falar.

Ângela: Até parece que se eu falar que vou trazer alguém aqui, você vai sair de casa pra me deixar mais a vontade._revirou os olhos.

Grego: Ainda bem que a senhora sabe. Só falei por gentileza mermo. Quiser trazer pode trazer, tô nem aí não.

Ângela: Para meu filho, depois de velho tá aprendendo mentir. Não foi esse ensinamento que eu te dei não.

Grego: Tá ligado que eu te amo né?

Ângela: Sou sua mãe, é mais que obrigação você me amar._falou enquanto olhava para a tela do celular.

Grego: Óia as ideia. Vai falar que me ama também não?

Ângela: fazer o que né? Eu carreguei nove meses, ainda tive que educar.

Grego: Ala, ó as gravidade das coisas. Ninguém mandou a senhora ser tão apressada. Parece que não tinha costume com pau, primeira oportunidade já quis sentar._falei e ela me olhou séria mas logo em seguida riu.

Ângela: Você me respeita que não foi bem assim.

Grego: Ora não foi, lógico que foi. A pica do meu pai era potente mermo, lançou logo três cpf.

Ângela: É cada coisa que meu ouvido deveria ser era debaixo do braço, pra não ter que escutar certas coisas._negou com a cabeça.

Grego: Pô, imagina que dahora seria se a gente tivesse o ouvido debaixo do braço. Caralho, ia ser foda. Se eu tivesse afim de escutar eu levantava os braços, caso contrário eu deixava eles abaixado.

Ângela: Deixa de bestagem e pede alguma coisa pra gente comer que eu estou com fome e não vou mexer com comida hoje.

Ela ligou a televisão e colocou num filme lá que possivelmente ou era comédia ou era daqueles filmes que no final dava lição de moral, algum deles era.

Passamos a noite toda assistindo filme, comemos um lanche e a dona que mais cedo tinha falado que não ia mexer com comida, no final ela acabou fazendo pipoca pra gente comer.

É impossível entender a dona Ângela, chegou uma certa idade que ninguém entende ela mais. Parece aqueles adolescentes indecisos.

No terceiro filme a véia dormiu e eu fiquei lá moscando, porque eu não estava com sono. Aí eu fui mexer no celular. Mandei mensagem pra mina lá, mas o visto por último tinha sido há uma hora atrás.

Porra, todo mundo decidiu dormir cedo hoje. Palhaçada é essa?

Não eram nem nove horas da noite, o que me restava era dormir também. Aproveitar porque é raro aparecer oportunidades de dormir cedo.

Mesmo eu não estando com sono, eu estava na obrigação de dormir. Era isso ou eu ficava moscando sem nada pra fazer.

Não me chame de princesa Onde histórias criam vida. Descubra agora