capítulo 03

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Pov  Grego:

LJ desceu do camarote pra encontrar com a mina no baile. Tava conversando com uns caras e nem prestei assunto pra nada. Quando vi tava ele com duas minas dançando.

Duas? Que porra foi essa? Cara tá forte mermo. As duas eram lindas, mas a branquinha tinha um negócio diferenciado tá ligado? Não que a neguinha fosse feia. A branquinha chamou minha atenção.

Desci do camarote indo até o LJ, quando cheguei eu soltei um papo de que tava procurando ele, que tinha acionado um radinho, dei uma de preocupado. Ele fez a boa me apresentando para as meninas, Andressa e Luísa.

Andressa é a que ele tá pegando. Luísa é a amiga da mina. Linda parça, toda comportadinha, se pá até patricinha é. O LJ aproveitou e saiu com a mina dele, deixando comigo a outra. Ela ficava dançando parada no lugar, apenas mexia o corpo e eu fiquei lá do lado sem falar nada, porque eu não tinha nada pra falar.

Em todo momento tinha uma Ice na mão dela. Mó carinha e jeitinho de patricinha, e nem é meme.

Grego: Eaí Luísa, gosta de baile?_puxei assunto.

Luísa: estou gostando, é a primeira vez que venho em um. Estou me adaptando com tudo._sorriu meiga.

Porra, foi como um choque. A voz, a voz era familiar mano, e porra eu não conseguia lembrar de onde era, do baile que não era, é a primeira vez dela aqui.

A voz era muito parecida com a voz da mina da ligação errada. A vontade tava enorme de perguntar, mas a mina já não tá muito confortável no lugar. Capaz dela achar que eu sou um maníaco.

Grego: Vai gostar princesa!_sorri tentando mostrar a simpatia que eu não tenho.

O princesa, saiu no automático. A mina respirou fundo dando um gole na Ice e me olhou séria.

Luísa: Cara, por favor. Não me chame de princesa!_avisou.

Boa, e foi aí que toda aquela ligação veio na lembrança. A mina tava cheia de marra, impaciente, e eu me divertindo com a situação. Tem como não ser a mesma pessoa não parça? É muita coincidência.

Ou então as mulheres fez um complô para não serem chamadas de princesas. Isso eu acho um pouco impossível, as minas ficam derretidas quando a gente fala um apelido carinhoso pra elas, e essa aqui cortou minha onda desde cedo.

Essa aqui é difícil, me deixou instigado. Gosto de desafios. Tô com a certeza que essa mina é a mesma da ligação, não tem como não ser.

Grego: Tu nunca mais ligou né? Sacanagem._falei e ela me olhou impressionada, pois parecia lembrar do que eu estava falando.

Luísa: Então você é o famoso cara que encheu minha paciência procurando o LJ?_sorriu e eu assenti.

Grego: Então você é a que cismou com um tal de Augusto?_falei e ela concordou.

Luísa: Conseguiu entrar em contato com o LJ aquele dia?_me olhou.

Grego: Pô, quando eu tava corrigindo o número ele chegou em casa. Tu pelo menos salvou meu número?_perguntei e ela negou rindo.

Luísa: Não costumo atender número privado.

Grego: E me atendeu, tô me sentindo importante nesse negócio._sorri.

Luísa: Minutos atrás eu nem sabia quem era você. Sabe me falar onde eles foram?_se referiu ao casal.

Grego: Se pegando em algum beco por aí._falei ela revirou os olhos.

Luísa: A otária me prometeu não me deixar sozinha._falou séria e eu ri.

Grego: Boa parceira, tô aqui te fazendo companhia e tu tá fazendo desfeita. Fica aí sozinha então._fiz graça.

Luísa: Pelo amor de Deus, fica aqui até eles chegarem. Se o dono do morro me pegar aqui, vai me matar._falou com medo e eu ri.

Grego: Pô, ele é tão ruim assim?_olhei pra ela que deu de ombros.

Luísa: Não sei. Imagino que seja um velho rancoroso, que mata pessoas._deu um gole na bebida.

Grego: Prazer, velho rancoroso que mata pessoas!_estendi a mão pra ela que se assustou.

Luísa: Calma, deixa eu raciocinar. Você é o dono do morro?_colocou a mão na boca surpresa.

Grego: É o que falam. Achei foda sua visão sobre mim._fiz jóinha com a mão.

Luísa: você tem cara que mata pessoas, para me parece ser gente boa._sorriu.

Grego: Eu mato pessoas, só as erradas. Não faz o meu tipo matar inocentes.

A mina é bonita, sabe conversar. Mas porra, que mina difícil. Eu devo ter ficado umas meia hora dando indireta pra ela. Ou ela é muito lerda, ou ela não quer ficar comigo.

Aí que tá o erro. Eu não tô acostumado com mina difícil. Porém eu gosto de desafios, e esse eu não perco por nada. Ela tava insegura que eu sei, ela começava a dançar e depois parava por que ou eu ou os outros estavam olhando.

Grego: Aí, quer ir pro camarote não? Sua amiga vai demorar.

Ela ia responder, mas o seu celular tocou antes. Mesmo com o barulho do baile ela ainda atendeu a ligação.

Luísa: Augusto, dá um tempo! Eu juro que não tenho mais paciência com você._falava pelo celular.

Agora eu fiquei curioso, quem é o Augusto? De qualquer forma, as coisas pra ele estão complicadas. A morena falava num nervo, que até eu fiquei com medo de discutir com aquela mina.

Luísa: Não, eu sou solteira e desimpedida. Sou adulta e não devo satisfação para ninguém.

Luísa: Foda-se sua reputação. Olha, quer saber? Me esquece, faz isso. Eu estou em uma festa, e favor não me ligar._falou antes de desligar a ligação.

A mina tava nervosa pra caralho, porra de longe eu percebi. Se bem que eu queria mesmo era saber o motivo da briga. Ela deu o último gole na Ice e jogou ela no canto, dei uma última olhada em volta do baile e suspirou.

Luísa: Pra mim já deu! Se a Andressa aparecer, fala com ela que eu fui embora._falou e saiu no meio do povo.

Essa mina perdeu a noção do perigo. Beleza que aqui todo mundo é contra assédio, estrupo. Mas ela fica dando sopa aí, aí fode com o meu serviço.


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