Tava no hospital com a Luísa, meu cu tava na mão. Tava esperando essa correria toda não. Vim iludido achando que ia ser pá pum a Luara nascia.
Ainda tá esperando a minha filha descer mais um pouquinho. Enquanto isso, toda hora um sem vergonha vem e enfia o dedo no meu presente de todas as noites. Falar pra tu, eu não consigo nem disfarçar o incomodo que eu senti, mas eu sei que é necessário.
Saí pra beber água e quando eu voltei a Luísa já tava resmungando de dor. Tava vermelha de tanto tentar segurar a dor.
Luísa: Minha filha de Deus, colabora com a mamãe meu amor!_passou a mão na barriga.
Enfermeira: Vamos dar o toque novamente?_falou para a Luísa.
A Luísa deitou lá, a enfermeira só deu uma mirada e deu um sorriso.
Enfermeira: Já dá pra ver a cabecinha da neném! Só um instante que eu vou chamar a médica._saiu correndo.
A Luísa ficou sentada com as pernas arreganhada, e eu curioso fui olhar. Mano, bagulho é diferenciado.
Foi rápido o tempo pra eu ver, veio umas muié, mudamos a Luísa de maca e começou o batedor.
Médica: Certo, a neném está vindo, mas para isso será necessário que você também ajude ela fazendo força!_falou para a Luísa.
A bichinha segurou a minha mão, e foi fazendo força, tava igual um pimentão vermelho, de tanto que tava fazendo força.
Eu só dava apoio moral, o negócio não é normal não rapaz. O tamanho da barriga da Luísa, é o tamanho da Luara, puta que pariu, vai matar a Luísa.
Eu queria ver como funcionava o processo, mas eu não queria sair dali de perto da minha morena.
Eu tava fazendo força, praticamente junto com a Luísa, na minha mente ia ajudar em alguma coisa. Se eu fizer mais força eu cago na roupa, e eu vou falar pra tu, falta pouco pra isso acontecer.
Médica: Isso, bom trabalho. Falta pouco!_sorriu.
A única que tava feliz ali era ela, porque nós tava surtando. A Luísa não gritava, e eu achava que tinha que fazer o escândalo e o caralho a quatro. Eu vi isso numa novela, a mulher faltou botar os órgãos pra fora.
Só fiquei mais tranquilizado quando eu escutei um choro, e eu tinha certeza que não era da Luísa. Foi a hora que ela deu uma trégua, minha mão tava vermelha, mais valeu a pena.
A sensação de gratidão e alívio.
Médica: Luara, dia vinte do sete, às cinco e quarenta e sete da manhã!_falou com uma das enfermeiras.
Grego: Parabéns, fizemos um ótimo trabalho!_dei um selinho demorado nela e uma lágrima escorregou do olho dela.
Médica: Aqui papai, a Luara é enorme e pesa três quilos e novecentas e quarenta gramas._colocou a minha filha no meu colo.
Meio desajeitado, não tenho jeito pra pegar bebê. Mas porra, mó sensação boa, ela tava chorando ainda, fazendo mó barulho naquele quarto.
Grego: Papai aqui meu amor!_peguei na mãozinha dela.
Caminhei com ela até a Luísa. Falar pra tu, minha mulher, minha filha. Foi mais forte que eu o sentimento, meu olho encheu de água mermo.
A mulher tirou uma foto nossa lá e eu nem vi direito.
Luísa: Oi princesinha de mamãe!
Falou baixinho, a menor atenta, tava caladinha, olhando pra nós. Não é pau não mano é um pincel, linda pra caralho a menor.
O nariz e o olho é da mãe, o restante é tudo meu. Até então ninguém sabia de nada, e só vai saber depois que nós sair daqui e já tiver em casa.
A enfermeira pegou a menor pra fazer umas paradas lá, porque o banho é só depois de vinte e quatro horas e enquanto isso eu fui mimar minha esposa porque a mulher foi guerreira, tem que valorizar.
Se fosse eu, eu batia as botas na primeira força que eu fizesse.
Luísa: A sensação de alívio!_respirou fundo.
Grego: Nós tá pronto pra outra já!_falei rindo e ela fechou a cara.
Luísa: Quase que meus órgãos saia para fora, gravidez não é nada fácil. Os enjôos, as dores, minha cabeça dói só de pensar._deitou a cabeça pra trás.
Grego: Por agora não, mais quando a Luara tiver grandinha nós vai tentar mais outro. Pelo menos um Bernado dessa vez._falei e ela riu concordando.
Depois de um tempo eles trouxeram a Luara, com uma roupinha arrumadinha e tudo. E nós ficou mimando ela enquanto ela mamava os peitos que um dia eu já mamei.
Sem egoísmo galera, agora eu vou ter que dividir.
Mas falar pra tu, a sensação melhor que tem é saber que tua família tá completa. Coisa boa demais.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Óia a boca da meliante, vê se não é a coisa mais fofa. Pois é, eu e a Luísa que fez. Nós trabalhou bonito nisso, é as manha pô.
Deixei elas lá no hospital, o dia já tinha amanhecido, o sol tava quente já. Saí e fui numa floricultura comprar um mimo pra mulher da minha vida. O mínimo que eu posso tá fazendo.
A ansiedade tá me matando mais eu não ia falar pra ninguém, ia deixar pegar todo mundo de surpresa.
Ligação
Ângela: Tentei ligar pra Luh e não consegui, como ela está?
Grego: Tá tranquila graças a Deus, tá inventando de fazer umas danças doida aqui. Mas tá tranquila! Ela tá dormindo agora, mas daqui a pouco eu peço ela pra ligar pra senhora.
Ângela: Isso é ótimo, logo logo a Luara vai estar aqui com a gente.
Grego: Se Deus quiser ela tá aí com nós! Vou desligar aqui, vou fazer um café ali pra ela, depois nós fala.
Ligação
Desliguei logo porque dependendo dos interrogatórios eu ia acabar abrindo a boca, eu me conheço.
