capítulo 113

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Pov Veiga:

Eu estava tentando dormir, mais quem disse que eu conseguia? A Diana tava sentindo umas dor na barriga e logicamente é as meninas vindo.

Diana: Amor, prepara um banho quente pra mim por favor? Talvez assim ameniza um pouco essa dor insuportável!_me olhou piedosa.

Quando foi do Victor o negócio foi mais tranquilo, parece que quando é gêmeos é tudo dobrado, até a dor. Fico morrendo de dó da minha branquinha.

Veiga: Vida, não é melhor ir pro hospital não? A gente deixa o Victor com a tia Ângela._olhei para ela que negou.

Diana: Deixa ver até onde vai, isso pode ser às falsas contrações. É normal que aconteça, só essas dores que são fora do normal!_fez careta.

Preparei o banho quente dela na banheira, e ela ficou lá relaxando. De certo que aliviou mais a dor.

Porra, era madrugada, tava cansadão, morrendo de sono, mas eu não ia deixar ela sozinha sofrendo. Apesar que eu não ia resolver muita coisa, mas pelo assistência eu tenho que dar.

Ficou um tempão lá na banheira, entrei também e fiquei lá com ela. Eu não sabia muito o que fazer então comecei a fazer umas massagens, pra relaxar o músculo da gata, eu não sabia o que eu tava fazendo, mas parecia que estava resolvendo. A Diana dormiu, dentro da banheira, no meu colo.

Fiquei observando a situação. A banheira mesmo sendo um pouco funda, não era o suficiente pra tampar a barriga da Diana. A bichinha tá no naipe da barriga da grávida de Taubaté.

Ela não pode nem pensar nisso, pensa numa mulher que tá chorando por tudo, é a Diana. Às vezes nem tem tanto motivo assim. Esses dias eu tava lavando vasilha e saiu uma bolha de sabão do detergente e a desgramada chorou.

Sem exagero nenhum, ela chorou real. Agora pede pra ela explicar pra vê se consegue. Num consegue, nem ela sabe explicar.

A única justificativa que nós tem é os hormônios da gravidez. Se esse é o hormônio da gravidez, puta que pariu, imagina quando essa meninas crescerem. Três mulheres de tpm em casa, porra, haja paciência pra lidar.

...

Consegui acordar a Diana e ela deitou na cama, e eu também. Eu tenho que aproveitar o tempo que ela tá dormindo pra eu poder dormir também, nem que seja apenas cinco minutinhos de cochilo até ela sentir dor de novo.

Tava conseguindo dormir até a Diana dar um grito,que dependendo acordava até a vizinhança inteira.

Diana: Robson, não dá, me leva pro hospital, vou ganhar essas meninas nem que seja na cesária!_falou se encolhendo de dor.

E lá se vai nós mais uma vez, tô nem preparado pelo o que vem pela frente, mas seja o que Deus quiser.

Já havia adiantado o processo, as bolsas já estavam dentro do carro, fazia um tempo que elas estavam ali. Fiquei com dó de acordar o Vitinho e liguei pra Andressa e para o JL vim ficar com ele aqui.

...

Cinquenta minutos escutando a Diana resmungar de dor dentro do carro. Demos entrada no hospital e já fomos atendidos também, talvez por dó da situação que a minha mulher estava.

Doutor: Então, você está com dois centímetros de dilatação. Possivelmente não irá demorar tanto até atingir a dilatação ideal._falou com a Diana.

Trocamos nossas roupas por aquela que usam no hospital, preferia a minha, agora as minhas crias vão chegar no mundo e eu com essa roupa cafona. Vão pensar o quê de mim? Além de matador de gente eu mato a moda também?

Começou a saga de tentar alcançar a dilatação. Colocaram a Diana em cima de uma bolona, do tamanho da barriga dela se for reparar.

Diana: Tô aqui há uma hora e estou sentindo que isso não está resolvendo nada!_falou impaciente.

Enfermeira: Concordo, vou chamar o doutor para dar o toque e dependendo dos centímetros, nós podemos tentar outros métodos._falou e nós concordamos.

O cara veio, deu o toque na Diana, e a porra só dilatou cinco centímetros. E a minha branquinha lá morrendo de dor.

E eu achava que não pudesse piorar, chega uma das enfermeiras com uma caixinha de som.

Enfermeira: Vamos dançar para tentar conseguir mais dilatação?_falou sorridente.

Tava ela e a Diana em pé, e eu sentado mexendo no celular.

Diana: Vem!_me puxou.

Veiga: Amor, isso aqui é pra tu. Eu vou dançar aqui e vai dilatar pra sair o que? As prega do cu?_falei e ela me deu um tapa fraco no braço.

Eu não podia reclamar muito porque qualquer reclamação a mais que eu fazia ela abria o bocão chorando, acabei cedendo.

Saí lá de casa, pra vim dançar num hospital. Vou até gravar isso pra mostrar o nível de humilhação que é, pra pensarem duas vezes antes de ter um filho.

Aí começou "vai descendo na boquinha da garrafa" e todo mundo descendo até o chão, pra mim não me sentir inferior eu desci também, pra mostrar que quem tem o Molejo mermo é eu.

A Diana descia até o chão numa facilidade que não parecia a que estava reclamando e se contorcendo de dor minutos atrás.

Na terceira música que ela desceu até o chão, a bolsa estourou. E mesmo assim ela continuou dançando e eu preocupadaço com a situação.

Veiga: Mulher, olha aqui pra mim. A bolsa estourou gata, tu pode ganhar a qualquer segundo e mermo assim tá aí dançando._olhei pra ela que me ignorou.

Deve tá de plano ganhar essas meninas no chão, só pode. Perdi até o conceito da dança, tava preocupado mesmo era com a outra que tava dançando como se nada tivesse acontecendo.

Não me chame de princesa Onde histórias criam vida. Descubra agora