capítulo 88

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Pov Grego:

Mesmo dormindo numa poltrona não muito confortável, eu ganhei a noite só de ter passado com a Luísa.

Era foda ver a morena naquela maca, com praticamente o corpo todo enfaixado.

Voltei pro morro com o peito doendo de ter deixado ela lá, tô até pensando quando ela receber alta, eu trazer ela pro morro, passar um dias aqui em casa até ela se recuperar perfeitamente.

Minha mãe até concordou com a ideia, eu não sou perito nesses bagulho de cuidar e dar remédio, mas a dona Ângela sabe fazer esses paranauê.

Tava na boca com os meninos, só jogando conversa fora. Pela primeira vez não tinha nada pra fazer, tinha as cobranças, mas eles tinham resolvido o b.o mais cedo e agora tá os dois átoa aqui perto de mim.

Veiga: Na moral, daqui a pouco eu vou a falência. Comprei um monte de coisa pra uma semana, normalmente costumava dar pra uma semana. O bagulho já acabou véi, a Diana deu conta de comer tudo._coçou a cabeça.

Grego: Ae cuzão, você tem que entender que agora ela come por três. Ela come por ela, pela Clara e pela Carol.

JL: Ninguém mandou ter o pau poderoso desse tanto pra fazer logo gêmeos.

Veiga: Fica muito perto de mim não, que é sujeito até você engravidar.

Grego: Agora nós tem que concordar que vai ter gente que vai ficar com cabelo branco, quando as duas meninas crescerem._falei rindo e ele fechou a cara.

JL: Ah não viado, imagina os pivete indo pedir o Veiga pra namorar com as meninas. Eu quero tá vivo pra ver isso!

Veiga: Ó os papo dos cara véi! Primeiro que elas nem nasceram, tem muita coisa pela frente ainda. E segundo, quando elas completarem quinze anos, elas vão entrar pra um convento. As duas vão ser freira.

JL: Vai pô, confia que vai! A prima da Andressa tem seis anos e já arrumou um namoradinho na escolinha lá.

Veiga: Ó cuzão, já tá tudo nos conformes. Elas só vão estudar em escola de meninas.

Grego: Boa, aí tu não precisa preocupar com os genros, e sim com as noras. Vão virar sapatão.

Veiga: Não fode Grego. A vez suas vai chegar e cês vão ver como que funciona.

Grego: Lógico que vai, e se vim uma menina ela vai estudar em casa. Vou fazer questão de pagar professor particular pra ela, vai nem sair de casa. Tá tudo planejado qualquer coisa.

JL: Quando vê assim, já tá planejando a cria._falou enquanto mexia no celular.

Grego: Ainda não, em breve eu lanço um cpf. Não agora, vai demorar um pouco aí.

Veiga: Eu achei até que cê era infértil viado._me olhou rindo.

Grego: É porque tu não sabe quem foi que engravidou sua mãe, é por isso que ela não comenta muito do seu pai. Era pra hoje tu me chamar de papai, sorte a sua que eu não sou exigente.

Veiga: Me respeita cachorro!_falou sério e depois riu.

As brincadeiras é saudável pra porra, chega dá gosto de escutar. Eu passo maior parte do meu tempo aqui na boca.

É um emprego bom, além de dinheiro e problema, só rola conversa fiada e fofoca. Os dois lá são os piores na fofoca, eu só pego exemplo.

Voltei pra casa mais cedo e fui resolver o bagulho do carro da Luísa. Depois que ela lembrou que tinha sofrido um acidente de carro, e que imaginou a situação do Creta que ela ganhou de presente dos pais, a mina surtou.

Tá pagando mó grana pro concerto, e jurou que não vai mais andar no carro. Disse que vai deixar ele guardado na garagem pra não correr o risco.

Eu guardo mais de um carro na garagem pra ter opção, mas não julgo a decisão dela. Tô ligado que o carro tem um valor muito sentimental pra ela.

É igual a trinta e oito que eu guardo no guarda-roupa. Ganhei de presente do meu pai, tem uma bala nela, tá guardada, faz alguns anos. Não uso mais ela, e nem deixo ninguém que não seja de confiança tocar.

Porque tem um valor sentimental grande, e é algo que me faz recordar do meu pai.

Tava morrendo de fome, e a preguiça de fazer comida. Apesar que eu nunca faço. Dormi um sono, e depois fui pra casa da minha mãe filar a bóia.

Não me chame de princesa Onde histórias criam vida. Descubra agora