capítulo 101

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Pov Luísa

A festa estava lotada, muita gente, muita música. Se tem uma coisa que eu aconselho vocês é a não beber muito, agora eu estou aqui na porta do banheiro esperando a Eduarda terminar de fazer xixi, porque bebeu demais, e a festa enorme lá fora.

Enquanto ela fazia isso, eu fiquei mexendo no celular. Pela primeira na história a bateria do meu celular durou mais ou menos dois dias. Eu realmente tirei esse tempo para aproveitar a vida.

Foi muito automático, entrei no Instagram e estava tendo uma live no perfil que criaram do morro. Devido ao barulho e não consegui escutar, mas parecia ser pagode e estava bem movimentado.

A pessoa que estava fazendo a live fez um trezentos e sessenta no local, dando a visão de praticamente tudo. Consegui localizar o pessoal, só o Grego que não estava.

E nessa hora que a minha consciência pesou um pouquinho, eu estou em uma festa, muito grande por sinal. Está rolando uma festinha no morro e mesmo assim o Grego não foi.

Eu só não ia embora porque não ia compensar eu ter gastado o tempo para vir, para poder ir embora sem nem aproveitar. Apesar que eu não tenho com o que me preocupar, não estou fazendo nada de errado.

Eu ia desligar o celular, mas ainda não tinham finalizado a live. Eu estava prestando atenção nos comentários, que eram meio que, não sei explicar.
Eram comentários tipo "Aquele é o Grego?😱😱😱" "Eu sabia que aquilo não era só amizade 😂" "Boa patrão"

Até então eu não tinha reparado nada demais, até enxergar bem de longe um cara de cabelo verde beijando outra pessoa. Esse cara com toda a certeza do mundo é o Grego, às tatuagens, a marca de nascença.

Eu fiquei sem reação, porque eu logicamente não esperava isso, ou esperava, não sei. Eu só não sabia como eu deveria reagir, e se eu deveria reagir.

Tirei print, vários sendo bem específica e mandei para ele e logo em seguida mandei umas figurinhas batendo palmas. Eu não sabia se era o certo fazer isso, porque talvez o argumento dele seja "a gente não tem nada".

Desliguei o celular e agora sim eu posso curtir a noite como uma mulher solteira e desimpedida, sem dever satisfação para ninguém.

Duda: Que foi? Você está pálida!_me olhou assim que saiu do banheiro.

Luísa: Deve ser reflexo na maquiagem, pronto aí?_olhei para ela que concordou.

A minha festa começou a partir dali, eu já não estava me preocupando com nada mais. Não faz o meu tipo ficar sofrendo por homem que nitidamente não vale nada.

Eu queria mesmo era encher a cara até esquecer o meu nome, mas estou responsável pelo bando, e não vou arriscar fazer isso. Vai ser o jeito deixar a embriaguez para outro dia, outro momento.

E foda-se o Grego pra lá, ele nunca saberá o que perdeu, porque sejamos honestos, ele nunca soube o que tinha.

Duda: A gente bestou muito em ter ido para a associação primeiro!_falou enquanto dançava.

Ruan: Ou não, porque vocês não sabiam que tinha festa aqui. E se não tivessem ido na associação, vocês não teriam encontrado a gente e enfim, esses paranauê tudo aí!_falou rindo.

David: Resumindo, a salvação da noite foi nós!

Duda: Hahaha problema seu é esse, não mudou nada em questão do convencimento._revirou os olhos e o David mandou beijo pra ela.

...

Eu nunca tinha me divertido tanto na vida igual eu havia me divertido hoje. Fiz coisas que nunca havia feito nesses vinte e dois anos que tenho de vida.

Vaquejada Malobri vai entrar pra história, com direito a foto, vídeo e o que mais tiver.

Acho que do nosso grupo o mais lúcido era o Ruan, foi o que menos bebeu, mas em compensação foi o que mais deu trabalho. O cara simplesmente deu um perdido na festa, quando fomos ver, ele estava entrando na pista. Ele estava se passando por outro cara que estava correndo vaquejada, e o mais engraçado é que o besta não tinha experiência nenhuma com isso.

Pelo menos não morreu, e conseguiu derrubar o boi no chão. Com isso, garantimos uma boa grana, porque o David cismou de apostar com os outros caras que assistiam.

Problema é que se não aquilo não ocorresse como o planejado, não tínhamos como arranjar dinheiro para pagar o povo. A irresponsabilidade de milhões, porque o risco de acontecer alguma coisa era maior.

A festa ainda está rolando, acho que isso aqui não tem hora para acabar. O legal foi que a minha avó não determinou horário para voltar, só pediu para que não voltássemos tarde.

Duda: Luísa, vamos embora, a dona Valentina falou pra gente não chegar tarde mulher!_colocou a mão na cintura tentando ser autoritária.

Luísa: Calma Eduarda, ainda tem cerveja na caixa. Eu só saio daqui depois que zerar isso aqui tudo. E outra, ela pediu pra não voltar tarde, vamos ter que esperar o dia amanhecer para voltarmos cedo._pisquei e ela riu negando.

Qualquer coisa eu falo que o pneu do carro furou, ou invento uma desculpa. A bronca por chegar em casa com o dia amanhecendo é certo, mas pelo menos temos história para contar.

David: Se der errado, eu não tenho nada a ver com isso!_levantou as mãos em forma de rendição.

Duda: Cala a boca cara, para de jogar praga. Não vai dar nada errado, porque não estamos fazendo nada de errado, certo? Certo! Estamos apenas vivendo a vida como deveríamos fazer._deu de ombros.

O problema da Eduarda depois que bebe, é que ela fica filósofa, ela arranja pessimismo de onde não tem. Faz as coisas parecerem fácil demais.

Ruan: Palmas, falou pouco mais falou bonito!_batemos palmas e todos a nossa volta ficaram olhando.

A vergonha que já passamos aqui hoje não tem explicação. Ainda bem que isso aqui raramente acontece, imagina só o estrago que seria se isso fosse com frequência? Gosto nem de pensar.

um capítulo fora da hora e do dia combinado, porque eu sou muito ansiosa e não aguentei segurar.

Tem mais de vinte capítulos prontos, haja controle de ansiedade pra eu postar isso cinco capítulos todas as segundas feira.

Não me chame de princesa Onde histórias criam vida. Descubra agora