capítulo 114

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Pov Veiga:

Foi demorado até às dor voltar de novo, aí eles botaram a Diana numa maca e encaminhou a gente para a sala de parto.

Agora não tem jeito, entrou vai ter que sair. Fiquei lá do lado dela, em momento nenhum eu saí. Deixei ela segurar a minha mão pra dar apoio moral, mas mal sabia que era eu que precisava.

O doutor pedia pra ela fazer força e tava dando certo, minha mão que o diga. Final disso aqui tudo eu vou ser obrigado a amputar essa merda.

Ela gritava a cada força que ela fazia. E eu lá do lado dando apoio, eu suava mais que tudo.

Veiga: Forças amor, você consegue!_falei pessimista.

Diana: AHH, PORRA, VAI RASGAR MINHA PIRIQUITA!_falou em meio aos gritos.

Veiga: Puta que pariu Diana, você tem tanta coisa pra preocupar e você tá com medo de rasgar sua piriquita?_olhei pra ela sem entender.

Doutor: Aqui, já estou vendo a cabeça da neném.

Eu tava curioso, queria tá lá perto do médico pra tá vendo a situação lá. Mas minha mão tava ocupada demais sendo esmagada.

A Diana tá tirando forças da puta que pariu, tá maluco. Cabeça chega doer só de lembrar que ainda estamos na primeira cria, ainda tem mais uma por vim.

A calmaria reinou quando escutei o chorinho enjoado da minha cria, e o leve suspiro da Diana. Mulher tá cansada, até entendo o lado dela.

O médico falou umas parada lá, só sei que quem veio primeiro foi a Carol, pelo visto essa vai ser a mais pafrente' deu conta de passar a irmã e vim primeiro.

Tava surdão muleque, e nem era por conta do choro e nem nada. Tava passando mal, tava amarelão real. Parece que a doninha percebeu e trouxe um copo de água pra mim, foi o que me ajudou. Se não fosse isso capaz que eu desmaiava.


Namoral, pensa numa menina linda. Eu que fiz, tem toda razão ter saído linda desse jeito.

Minutos depois, depois de muita força, depois de ter deixado a minha mão roxa de tanto apertar e meu ouvido doendo do tanto que a Diana gritava, a Clara decidiu sair de lá.

Chorou mais que a irmã. Pô, tem que tá valorizando a mulher. O tal do parto normal não é trem de gente não. É algo fora do normal.

Eu falo que se fosse eu, eu já tinha morrido ou alguma coisa assim. Com uma gripizinha eu já acho o fim do mundo, imagina se fosse ganhar menino.

Tiveram que dá uns pontos na piriquita da Diana, que era a preocupação principal dela. Ela ressaltou umas duas vezes que iam rasgar a perseguida dela.

E enquanto isso eu fui acompanhar às minhas gêmeas. As duas eram idênticas, como eu ia identificar qual era qual.

Fiquei um tempão ali admirando e observando um detalhe incomum que me ajudasse diferenciar uma da outra.

Enfermeira: Dúvidas né papai? Aqui, essa é a Carol, ela tem uma manchinha escura de nascença no braço esquerdo. E essa é a Clara, a manchinha dela está na coxinha da perna esquerda._mostrou.

Veiga: Valeu!_agradeci.

Agora sim, as duas estavam quietinhas, e bem capaz que estavam com fome, pois ainda não mamaram.

Pô, não é por nada não, mas são lindas demais. Eu não tenho um pau não, eu tenho é um pincel e essas aqui são uma das minhas mais belas obra de arte. Tem o Vitinho também, menor é maravilhoso demais, aquele ali, sou apaixonadão naquele menino. Xodó meu.

Tive que desembolsar um hospital particular, porque na vez do Vitinho, nós ficamos no público, marinheiros de primeira viagem, mal sabíamos como era a maternidade.

Naquela época o povo tava doido com filho, e na maternidade tava cheia. Agora imagina, aquele tanto de criança chorando ao mesmo tempo. Quase que a Diana endoidava da cabeça.

Dessa vez eu preferi pagar, tô ligado que foi um dinheiro bem gastado. Já começa a partir do tratamento, povo educado, aqui servem é água mineral.

Ter que comer bastante aqui pra compensar o dinheiro pago também.

Peguei a Clara no colo e a enfermeira pegou a Carol, levamos as meninas até a minha mulher pra elas mamarem.

Até aqui elas foram pacientes e não choraram com fome. Já começamos bem, que permaneça assim até crescerem.

Diana: São lindas!_alisou a mãozinha da Carol.

Veiga: Parabéns amor, tu fez um bom trabalho. Tô orgulhoso de você!_dei um selinho nela.

Diana: Obrigada por permanecer do meu lado._sorriu.

Senti uma parada estranha tá ligado, uma vontade ali de chorar. Foi uma coisa que eu sempre sonhei, foi montar a minha família.

Tô realizado pra caralho, três filhos, uma esposa maravilhosa pra dividir a vida comigo. É isso, preciso de mais nada.

Diana: O Vitinho vai amar conhecer elas!_sorriu e eu concordei.

Veiga: Vai viu. Meu coração doeu quando eu deixei ele lá, mesmo que dormindo._fiz um cafuné no cabelo dela.

Diana: Também, serão três dias longe do meu bebê mais velho!_encheu os olhos de lágrimas.

Veiga: Você lá parindo nossas filhas e preocupada com a buceta, ainda gritou pra todo mundo._ri negando com a cabeça.

Diana: Lógico, se lá em baixo tiver relaxado você vai ter que gostar mesmo assim. Ninguém mandou fazer duas logo de uma vez.

Veiga: Isso aí é o de menos vida, tu vai continuar a mesma gostosa de sempre._dei um beijo na testa dela.

Diana: Te amo, obrigada pela família que montamos juntos!

Veiga: Eu te amo, e obrigado por ser a minha mulher e a mãe dos meus filhos!_dei um beijo nela.

Era pra ser coisa demorada, mais uma das gêmeas começou a chorar e acabou atrapalhando o momento meio romântico que tava tendo ali.

Acabei não avisando ninguém pra evitar que ficassem ligando toda hora procurando notícias, isso aí só ia fuder com o meu psicológico e ia deixar a Diana cada vez mais ansiosa.

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sejam bem-vindas amores do papai, amo vcs

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sejam bem-vindas amores do papai, amo vcs... Só gratidão Deus🙏🏻❤️

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