capítulo 29

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Pov Grego:

Tá ligado naquelas paradas de patricinha? A merma era festa da Andressa. A casa da mina amiga dela também era a merma coisa. Bairro de residencial parceiro, só mansão.

Tava há meia hora na festa e até agora nada da outra mina aparecer. Eu confesso que só vim por conta dela mermo, e também pra comemorar com a Andressa.

Tinha um grupinho que de longe eu percebi que eram playboyzinho. Ficou uma divisão do caralho a festa, nós tava de boa, quem tava pra endoidar era a Andressa com medo da gente não se sentir confortável.

Tava pensando na vida enquanto o povo da mesa conversava sobre alguma coisa que eu nem prestei muito assunto. Do nada a mina chega com uma bolsa do lado, toda chique. Tava linda parceiro, dá pra negar não.

Chegou e foi cumprimentar o povinho rico lá, porque eram os que estavam mais próximo e depois veio pra nossa mesa. Foi incontrolável o bagulho das trocas de olhares, mas ninguém percebeu.

O sigilo é algo tão gostosinho que a gente se cumprimenta e finge que nada aconteceu. Ela sabe disfarçar muito bem, assim como eu, tamo na merma intensidade do bagulho, nem ela conta e nem eu falo nada.

Ela conversava com todo mundo da mesa, menos eu. Tava de papinho demais com a minha mãe e a Bruna, só vendo pra acreditar na situação. Aí tava de boa pá, ela começou a conversar com o JL, negócio tava muito sigiloso entre eles, que por um minuto eu pensei que ela tava fazendo o ato da talaricagem.

Seria mancada se eles tiver fazendo isso. A Andressa veio ficou um tempo na nossa mesa e depois saiu. E tempo depois saiu a Luísa e o João Lucas. Caralho, se for o que eu tô pensando.

Eu tava querendo ir atrás tá ligado, mas não é problema meu então eu permaneci na mesa.

Bruna: Ai gente, eu tô ansiosa!_sorriu.

Grego: Ansiosa com o quê parceira?_olhei e ela negou.

Diana: Mudando de assunto aqui, eu vi a troca de olhares que rolou entre vocês!_falou pra mim.

Grego: Tá vendo demais, alucinação. Tá usando drogas demais Diana, manera na cocaína pô, faz mal._falei e ela riu.

Veiga: Eu também tava vendo isso aí, achei que só eu tinha reparado.

Grego: Ó o outro. Cês tem filho pequeno, deveriam no máximo pensar antes de se drogarem a ponto de ficarem de alucinação. Irresponsáveis._cruzei os braços.

A Luísa chamou a Andressa e levou ela até um lugar lá, perdi o povinho de vista, simplesmente sumiu de lá.

Diana: pelo menos disfarça a sua curiosidade grego!_chamou minha atenção.

Grego: Vai negar que cê também num tá curiosa?_falei e ela negou rindo.

Veiga: Tá todos aí agindo no sigiloso, cês tão tudo bobo._deu de ombros e eu neguei rindo.

O Veiga pode ser insuportável, mais burro ele não é, isso aí cê pode ter certeza. O cara parece que sente quando tá rolando alguma coisa. Por isso esse negócio meu que tá começando a rolar com a mina não vai ficar no sigilo por muito tempo.

Uma hora ou outra eles vão descobrir, e eu não vou poder negar. Mas enquanto isso eu nego até quando eu conseguir.

Veiga: Ala, se riu tá no ato também, qual que é a fita?_me olhou e eu fiquei sério.

Grego: Deixa de neurose parceiro, tá pior que mulher no meu pé querendo satisfação.

Veiga: Cê sabe que eu descubro de um jeito ou de outro meu amigo, fica na paz aí. Tá agindo no sigilo que eu sei, a mim tu não engana._negou rindo.

Grego: Falei pra tu parar de cheirar pó, esse negócio te deixa cheio das neuras._dei de ombros.

Bruna: Custe o que custar, ele nunca vai admitir que está ou não escondendo alguma coisa._riu.

Ângela: Conta pra mamãe meu bem, a mamãe promete que não vai contar pra ninguém._passou a mão no meu rosto fazendo aquela voz carinhosa.

Grego: Para com isso mãe, tá me deixando sem postura no meio desse povo aqui. Erradão essa fita._fechei a cara.

Diana: O Victor realmente puxou o padrinho, isso eu tenho certeza._falou rindo.

...

Tava todo mundo bebendo, já tava tarde da noite. Metade do povo tinha ido embora, ficou só nós mermo. A mina lá sossegou, mas de vez em quando ela me olhava e sorria, e eu retribuía, porque é impossível ficar de cara fechada pra aquela otária.

Saí da casa pra fumar um, já tava sentindo falta do negócio. Precisava real de um pra ficar suave.

Luísa: Não acredito que você saiu aqui pra fora para fumar._encostou no portão me olhando.

Grego: quem não acredita é eu que tu veio atrás de mim. Quer um?_ofereci o baseado e ela negou rindo.

Luísa: Eu estava em uma ligação, vim aqui para atender, naquela bagunça está impossível escutar alguma coisa._deu de ombros.

Grego: Tô ligado, tá o fuzuê esse bagulho._falei e ela sorriu assentindo.

Grego: Te falar uma parada!_falei rindo e ela riu junto.

Grego: Tá rindo porque filhona, tu nem sabe o que é._ri e ela cruzou os braços.

Luísa: Provavelmente algo que não é muito importante._ficou séria com os braços cruzados.

Olhei ela de cima a baixo, naquela pose a mina ficava gata demais. O bagulho é que ela nem precisa de muito esforço pra ser assim, toda naturalzinha, não sei os peitos, mais a raba dela é natural, sem nenhum silicone aquela porra.

Grego: Pô, firmeza. Vou falar também mais não._fiz drama.

Luísa: Tudo bem então!_deu de ombros e ia saindo mais eu chamei antes.

Grego: Fica aí fofa. Tô pouco me fudendo se tu quer ouvir ou não, tu vai escutar por bem ou por mal.

Luísa: A forma que você acha que manda em absolutamente tudo é diferente._deu uma risada.

Grego: E eu mando pô, principalmente em tu.

Luísa: Não, você não manda._piscou.

Grego: Tu já viu meu pau, então eu mando sim em ti, deixa de onda._brinquei e ela revirou os olhos.

Luísa: Era só isso que você queria falar?

Grego: Sei lá pô, tava mó afim de um replayzão daquele dia no carro._sorri malicioso vendo ela ficar envergonhada.

Luísa: Pelo amor de Deus!_passou a mão no rosto rindo.

Grego: Tô começando a achar que tu aceitou.

Luísa: Não sei, você tem que merecer._falou séria e eu ri.

Grego: Então pra tu sentar pra mim eu tenho que merecer? E o que eu tenho que fazer pra merecer o negócio?

Luísa: Não sei, você é o dono do morro, não imaginaria você correndo atrás da patricinha como você fala que eu sou.

Grego: Sabe como é né? Às vezes a gente tem que abrir mão de uns sacrifícios.

Não me chame de princesa Onde histórias criam vida. Descubra agora