capítulo 171

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Pov Luísa:

Anoiteceu, e eu não estava com um pingo de sono. O Filipe estava dormindo, quem vê assim, pensa que fez muita coisa para estar cansado.

Fez, ele ficou me criticando e enchendo o saco toda hora, "Luísa não faz isso" "para de teimosia" entre outras reclamações.

A Luara estava sossegada, hoje ela mexeu pouquíssimo, quase não senti. Conversamos com ela e mesmo assim ela ficou quietinha.

Eu fico toda preocupada com essas coisas, mas a obstetra falou que é normal. Mas de qualquer forma eu não fico tão tranquilizada, talvez porque eu já esteja acostumada com a Luara fazendo da minha barriga um campo de futebol.

Hoje eu estava com alta disponibilidade para fazer tudo. Estava elétrica, com zero vontade de dormir.

Levantei e fui checar a bolsa de maternidade, só mesmo para ter certeza que está tudo tranquilo. A chance de faltar algo na bolsa é mínima, todos os dias eu confiro tudo.

Isso é o de menos, o papai babão passa meia hora dentro do quartinho da Luara. Lá tem um bom cheirinho de bebê, ele fez questão de arrumar tudo bonitinho.

Metade do que tem no quarto, foi ele quem comprou. Principalmente o tema do quartinho, o mesmo quem decidiu.

Grego: Que foi? Tá acordada hora dessa._falou sonolento ainda com os olhos fechados.

Luísa: Não estou com sono.

Grego: Ixii nossa, mó cota escutando você falando que tá com sono, e agora tu fala que não tá. Quer ir pro hospital?_sentou na cama.

Luísa: Não não, relaxa. Acho que toda aquela dança me deixou um pouco elétrica!_dei um sorriso e ele negou.

Grego: Te falei que aquela parada não ia fazer bem, te avisei mais num quis ouvir._deu de ombros.

Luísa: que ignorante você!_falei e ele deu um sorriso de lado.

Comecei a sentir algumas pontadas na região da barriga. Eram bem fracas, estavam suportáveis.

A Ângela havia falado que quando isso acontecesse, que eu ficasse debaixo do chuveiro na água quente, para passar o incomodo.

E assim eu fiz, fiquei meia hora debaixo do chuveiro, deixando a água cair sobre as minhas costas.

Terminei, já estava mais aliviada e fui dormir. Por mais que eu não estivesse com sono.

...

Acordei sentindo fortes dores na barriga, eu não sabia se era realmente as contrações ou as falsas contrações.

Levante e desci até a cozinha para beber água. Fui no banheiro e quando eu estava subindo as escadas eu senti uma água descer sobre as minhas pernas.

Não tinha lógica eu estar fazendo xixi, pois eu tinha acabado de ir ao banheiro. Droga, A BOLSA.

Tentei não entrar em pânico, mas sem chances quando você lembra que está entrando em trabalho de parto.

Fui até o quarto, o Filipe dormia profundamente. Às dores iam e voltavam, e eu toda molhada de água.

Luísa: Amor, amor!_balancei e ele que apenas resmungou um "oi" sonolento.

Luísa: A bolsa.

Grego: Vida, fica tranquila a bolsa de neném tá certinha, todo dia você tá olhando esse bagulho._falou com os olhos fechados.

Pelo o que a obstetra falou, só era preocupante se eu estivesse sentindo dores mais fortes depois que a bolsa estourasse.

Troquei de roupa, coloquei um vestido. Arrumei o meu cabelo e passei um rímel e hidratante nos braços pois eu mal consigo pegar nas minhas pernas.

Voltei novamente no meu lindo marido que não dorme pouco, até eu conseguir acordar ele é o tempo que eu ganho a Luara.

Luísa: Filipê, vamos, a minha bolsa estourou!_falei e ele levantou a cabeça.

Grego: Amor, dorme! Amanhã a gente enche ela!

Luísa: Levanta pelo amor de Deus, a minha bolsa estourou, a Luara vai nascer!_falei desesperada e ele deu um pulo na cama.

Se fosse em outra situação eu ia parar e rir da cena, mas eu já estava ficando preocupada. Eu não sei se era o meu psicológico, mas eu estava começando a sentir algumas dores, não eram tão fortes mas eu estava sentindo.

Ele arrumou rapidamente, e em menos de minutos nós já estávamos no carro.

Não tivemos muito diálogo dentro do carro. A nossa preocupação era a Luara.

Luísa: Calma, cuidado com o trânsito!_falei e ele respirou fundo.

Minutos depois chegamos no hospital, as dores estavam indo e voltando. Passei pela triagem antes de me encaminharem para o bloco.

Troquei a roupa, vesti um roupa que o hospital mesmo fornece. A roupa só serve para tampar a parte da frente, porque a bunda fica tudo de fora.

Grego: Senhor Jesus, abençoe nós!_falou baixinho enquanto trocava de roupa.

Luísa: O rosto inchado de quem dormiu mais que a própria cama!_dei um selinho nele que sorriu negando.

Grego: Foi um cochilo rápido, Luara tinha que vim logo agora de madrugada, hora que tá todo mundo dormindo._me abraçou.

Luísa: A Luara está sendo até paciente!_rimos.

Fizemos o toque e eu estava com três centímetros de dilatação, para ser parto normal precisamos atingir até os dez centímetros.

Como era hospital particular, o cuidado e atenção é dobrado. Me colocaram para andar na esteira, e enquanto isso o meu digníssimo ficava sentado na poltrona me filmando e rindo da minha cara.

Luísa: Vamos filha, pode vir ao mundo, já está tudo pronto!_passei a mão na barriga.

Minha barriga estava um pouco dura, e a Luara não mexia, fizemos um ultrassom e está tudo normal.

Agora é esperar a boa vontade da madame de sair dali, espero que não me faça sofrer de dor, eu estou tão confiante que vai ser um trabalho de parto tranquilo.


Não me chame de princesa Onde histórias criam vida. Descubra agora