capítulo 97

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Pov Luísa:

A Duda acabou de chegar de viagem, só deu tempo dela colocar suas coisas no quarto que iria ficar. Porque eu logo arrastei ela para a cozinha.

Minha avó estava preparando uns bolinhos de chuva, tudo isso porque eu senti o gosto dos bolinhos na boca e fiquei morrendo de vontade de comer, e como eu sou muito paparicada, ela está fazendo. Confesso que eu amo toda essa atenção, me faz sentir única e acolhida.

Duda: Então?? Quanto tempo que a gente não se vê, por incrível que pareça eu senti saudades de você!_sorriu me olhando.

Luísa: Sério? Incrível, porque você também fez falta, depois que conheci você, eu fiquei desacostumada a viver em paz!_falei e ela sorriu me mandando o dedo do meio.

Duda: Achei que iria vim com mais companhia, na minha mente, você iria me deixar de vela aqui._falou enquanto colocava o café na xícara.

Valentina: Essa aí diz que não quer saber de macho por tão cedo. Ela está certa, se arrependimento matasse eu não havia casado tão nova. Tinha muito o que aproveitar, sair por aí, pegar alguns gatinhos. Mas aí eu me apaixonei pelo tonto do seu avô, e tivemos seis filhos._falou enquanto fritava os bolinhos.

Antônio: Eu quem o diga, se dependesse de mim, eu estaria solteiro até hoje!_falou olhando para a minha avó.

Valentina: Aiai Tone, tá caçando jeito de dormir no chão hoje né?

Tone, é um apelido que a minha avó costuma chamar o meu avô. Geralmente, ela usa esse para amenizar uma discussão, pois normalmente ela chama ele de "Benzinho".

Mesmo com todo esse assanhamento deles dois, eles formam um lindo casal. E sempre servirão de exemplo para mim.

Duda: Vocês se amam, isso sim!_falou rindo e o meu avô fez uma careta engraçada.

Ficamos na cozinha conversando, enquanto os bolinhos não ficavam prontos. Se não fosse a minha vida no Rio de Janeiro, eu viria morar aqui.

É uma sensação tão boa, e tão incrível, que quando eu penso que um dia eu vou ter que ir embora, dá um grande aperto no coração.

Para relembrar os velhos tempos, a Duda resolveu andar a cavalo. Correndo sérios riscos, porque fazia tanto tempo que eu não andava em um, que talvez eu tenha até esquecido.

São coisas mínimas que me faz lembrar do otário do Grego, andar a cavalo, galopar, e enfim, lembranças de coisas semelhantes que aconteceu entre nós.

Eu odeio ter pensamentos pecaminosos, não combina com a minha vibe, mas é tão difícil controlar, porque quando eu vejo, já não tem mais como voltar atrás.

Duda: Pensei que a patricinha havia esquecido de como se anda a cavalo!_falou enquanto colocava o chapéu na cabeça.

Luísa: Não julgo, eu também pensei a mesma coisa!_dei de ombros.

Duda: Incrível como isso aqui continua do mesmo jeitinho. Sinto saudades de quando éramos mais novas, a vida era mil maravilhas, e o nosso único problema era ir dormir, porque não queríamos que o dia acabasse, lembra?

Luísa: Minhas melhores lembranças são aqui. Mesmo quando a gente discutia sobre quem iria andar no Whisky._falei rindo.

Whisky é o nome de um dos cavalos que o meu avô tem, é um dos favoritos. Bem mansinho e obediente, a nossa discussão era sempre por ele, e no final ninguém saia ganhando. Porque o Seu Antônio pegava o cavalo e ia na vendinha com ele.

Na minha mente ele fazia isso por pura pirraça, pois ele sempre tinha o costume de ir na caminhonete. Era sempre assim, toda vez que eu e a Duda discutia sobre o cavalo, ele fazia passo rápido e pegava o mesmo antes de nós.

Duda: Fiquei sabendo que vai ter uma festa na associação semana que vem, a gente vai né?_me olhou como se implorasse para que eu concordasse.

Luísa: Mulher, você não ia passar uma semana aqui não?_olhei para ela que negou rapidamente.

Duda: Mudanças de planos, vou ficar alguns dias aqui, apenas o suficiente para matar a saudade daqui._piscou me fazendo rir.

Luísa: Bom, sendo assim, nós vamos. Isso é se a dona Valentina não brecar a gente!

Duda: Brecar? Como assim?_me olhou sem entender.

Luísa: Ué, brecar. Tipo, não deixar a gente ir, ou inventar uma desculpa para fazer a gente ficar!

Duda: Difícil, na pafrenteza' que a Dona Valentina está, é sujeito ela querer ir com a gente. Mas aqui, e essas gírias ein? Você não era de falar isso, alguém abduziu a minha prima patricinha?_arqueou a sobrancelha rindo.

Luísa: É feia viu!? Isso é costume, muito tempo de convivência com um amigo meu, e ele tem esses costumes de falar gírias._dei de ombros e ela me encarou como se não acreditasse muito.

Duda: Amigo? Sei o amigo! Vamos embora que eu estou com fome, e só a comida da dona Valentina para me salvar!_fez um drama.

Acho que se tem algo que a minha avó não suporta ou adora escutar, é quando falamos que estamos com fome. Ela faz às coisas na máxima providência, é incrível.

O melhor é que a atenção não muda, por incrível que pareça, eu e a Duda nunca brigamos por uma ter a atenção maior que a outra.

Sempre foi tudo muito igual, os mesmos  mimos. Sempre fomos tratadas iguais, pelo menos nisso a gente tinha uma enorme união, porque para andar de cavalo, ninguém era amigo de ninguém, era cada um por si.

Tinha um rapaz, o nome dele era David, filho de um moço que trabalhava com o meu avô. Ele era mais velho um pouquinho, na época, ele vinha com bastante frequência na fazenda e sempre fazíamos corridas de argolinha, valendo uma semana andando no Whisky.

Eu ganhava mas era muito difícil, geralmente ele era o que mais ganhava. Tudo por minha falta de costume, porque se fosse acostumada a correr, eu com toda certeza, ganharia todas sem exceção.

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luis4_cf:  🌾🐎!

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comentários...

Eu estou igual a Duda, sempre mudando os planos de última hora, igual eu mudei o rumo da história kkkkk

Prometo que a história vai ficar boa, sem querer dar spoiler, mas já dando... Vai ser agora que o bicho vai pegar fogo 🔥🔥 🔥

Não me chame de princesa Onde histórias criam vida. Descubra agora