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Pov: Carly.

Bom, me chamo Carly Mackenzie. Acabei de descobrir que vou para uma clínica de reabilitação.

Eu não sou uma viciada. E eu tenho total certeza disso.

Tenho 17 anos e estou no último ano do ensino médio.

Meu pai se chama Robert e a minha madrasta Dayane.
A minha mãe e meu pai se separaram quando eu tinha cinco anos e eu sempre a visito nas férias.
Tenho um irmão. O qual eu sou obrigada a chamar de irmão. Ele é filho da Dayane. Seu nome é Dylan.
...

Estava descendo as escadas com a minha mala. Ela era grande e pesada.

- Precisa de ajuda? - meu pai disse ao pé da escada.

- Quer tanto que eu vá pra lá?

- Não, eu não quero Carly. E já disse eu só quero o seu bem.

- Pai a minha mãe está sabendo disso?

- Não e eu nem pretendo contar pra ela.

Fiquei pasma.

- Mas pode isso?

- Lógico que pode. Eu sou seu responsável legal. E como seu pai eu tenho o direito de colocar você aonde eu bem entender. – gritou.

Ele falou isso de um jeito que me machucou mais ainda. Meu pai sempre foi tão calmo comigo. Não vejo motivos de ele estar gritando desse jeito.

Desci as escadas em silêncio.

Dayane estava sentada de frente com a TV. Dylan estava junto.

- Vamos. Marcaram sua entrada para as 11h00min.

- Ah sim... Vamos. - eu disse olhando pra trás.

Entramos no carro.

Meu Deus me diz que isso é um pesadelo. Pelo seu amor.

Fechei os olhos com força.
Abro e vi que tudo era verdade.

- Que vergonha Carly. - Dylan disse em alto e em bom som.

- Por que filho? - Dayane perguntou.

- Por quê? Eu vou ser zoado por causa da irmã que está sendo internada numa clínica de reabilitação. Legal.

- PORRA CARA. VOCÊ JÁ NÃO NOTOU QUE NÓS NÃO SOMOS IRMÃOS. VOCÊ NÃO FOI GERADO PELA MINHA MÃE E NEM SAIU DOU MEU PAI. COLA ISSO NA SUA MENTE DE UMA VEZ POR TODAS. - gritei.

Sinceramente eu odeio esse cara.

- Carly? - meu pai tirou os olhos da estrada por alguns segundos. - Respeite o Dylan.

- Ele não é nada meu. – rebati.

- É o seu irmão a partir do momento que ele veio morar conosco.

- Eu pedi pra ele vir morar com a gente? Não. Então eu acho melhor...

- O que você acha melhor? - ele freou o carro.

- Acho melhor você entregar a minha guarda definitivamente pra minha mãe. Ou então... Sumam da minha vida. Eu sinto que estou atrapalhando a felicidade de vocês.

- Pior que é mesmo. - disse Dylan.

Depois disso resolvi colocar meus fones e ignorar a chatice de todos dentro daquele carro.

...

- Viu mãe como eu disse, o pai está mandando ela para o lugar errado. Ela deve ser internada em uma clínica psiquiátrica. – Pai... Nem seu pai ele é garoto.

Olhei pro meu pai pelo retrovisor e seu olhar transbordava tristeza.

...

O resto do caminho eu permaneci quieta. Apenas ignorando as provocações de Dylan.

- Esperem no carro. Eu vou levá-la e não demoro. – meu pai disse enquanto descia.

Peguei minha mala e comecei a caminhar até aquela enorme casa com uma fachada simples.

Havia vários vasos com flores de todos os tipos na entrada. Aquilo era bem simples, mas era muito bonito.

- Ei espera... – ele disse para que apenas eu escutasse.

Parei e virei para trás.

- Não vai se despedir?

- Tchau pai. Até qualquer dia. – continuei andando.

- Assim?

- Quer que eu faça o que?

- Pelo menos um abraço.

O abracei e senti que ele estava mais tenso do que eu.

- E você não tem nada pra me falar? – encarei seus olhos esverdeados.

- N-não sei.

- Como não sabe? Esta escondendo algo?

- Carly. É... Nós...

- Nós... - olhei pedindo que ele prosseguisse.

- Faltam três meses para o final do ano. E eu comprei passagens para a Disney. Mais Dayane disse que no final do ano queria ir para a casa de uma tia dela, então resolvemos ir nessa próxima semana.

- Ah que legal. – NOSSA ELES VÃO PARA DISNEY...

- Desculpas filha. – Fingido.

- Não precisa pedir desculpas pai.

- Não?

- Não. Mais eu posso te pedir uma coisa?

- Claro.

- Promete que vai correr atrás?

- Vou tentar.

- Pega essa falta de consideração comigo, junta com a Dayane e coloca o Dylan no meio e sumam da minha frente definitivamente. Aaah e eu quero um advogado. Não quero mais morar com vocês. Avise a minha mãe de que eu estou aqui. Tchau. Façam uma boa viagem.

Peguei as minhas coisas e entrei. Ali havia uma senhora que nos observava.

- Sou Carly. Carly Mackenzie. - entreguei um papel pra ele que leu e logo disse:

- Quarto noventa e quatro mocinha. Espero que se adapte.


- Eu também. - disse mais pra mim do que pra ela.

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Espero que estejam gostando. 

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Beijos, Milena ❤



Clinical • Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora