Estava na cozinha terminando o jantar quando escuto a porta da frente ser aberta e minha namorada passar com nossa filha de mãos dadas.
- Vejo que as princesas da minha vida chegaram - me agacho beijando a bochecha da loirinha que sorri fraco.
- Sobe para o seu quarto e vai tomar um banho filha, mamãe já vai lá separar sua roupa - minha namorada fala e nossa pequena obedece sem relutância me fazendo sorrir.
- Como você está meu amor? Como foi no trabalho - abraço sua cintura lhe dando um selinho.
- Foi cansativo mas nada fora do normal - seu corpo fica mole pelos meus beijos em seu pescoço.
Subo meus lábios pelo seu pescoço, mandíbula, dando uma leve mordida em seu queixo seguida por um beijo. Ela segura meu rosto me puxando para te encarar.
- Ocorreu algo com a Estelle hoje na escola, ela acabou discutindo com alguns colegas de sala.
- Eu percebi realmente que ela tava tristinha, o que aconteceu para ela brigar na escola? Ela não é disso - franzo meu cenho vendo ela suspirar.
- A nossa filha discutiu com um garoto que disse que você não é mãe dela porque fui eu que dei a luz e o certo é ela ter uma mãe e um pai - falava com os olhos marejados enquanto eu fazia um carinho em sua cintura - E continuou dizendo que ela tinha sido abandonada pelo pai e que um dia eu abandonaria ela também.
- Que tipo de educação os pais estão dando pra essa criança? Você falou com a diretora e com os pais dele? - fico indignada com as palavras que esse moleque falou pra minha neném.
- Eu conversei com eles sim... Conversei no caminho com ela sobre e ela sabe que tudo que ele falou é mentira, mas ficou chateada e eu entendo ela - enxuga suas lágrimas - Isso me fez questionar se eu estou fazendo certo o meu papel de mãe, se ela sente falta de ter um pai.
- Amor olha para mim, você é uma ótima mãe e sabe disso. Ela te ama e só isso que importa, aquele garoto não sabe de nada da vida - beijo sua testa - Fica tranquila que eu irei falar com ela depois do jantar tá bom?
(...)
- Prontinho mamãe - pego o potinho guardando na prateleira.
Já tínhamos jantando, a S/n foi resolver algo no escritório e sobrou nós duas com a louça. Lhe observei brincando com seus dedos distraidamente.
- Meu amor vamos conversar um pouquinho - coloquei ela sentada no balcão da cozinha segurando suas mãos - Quantos anos você tem?
- Dez - sorri entrelaçando nossos dedos.
- Você sabe quantos anos você tinha quando eu te conheci? Um aninho.
- Isso faz muito tempo! - me olha espantada.
- Faz muito tempo certo? - ela acena - E o que isso significa?
Ela inclina a cabeça pensando enquanto liga os pontos.
- Eu não sou sua verdadeira mãe, sou?
- Não.
- Quem eu sou?
- Madrasta - responde prontamente.
- E está tudo bem, né? Isso está tudo bem - ela confirma.
Ela me olhava curiosa e eu ajeito seu cabelo loirinho diferente dos cachos castanhos da mãe.
- Eu só quero que você saiba que não importa o que aconteça, mesmo que você não tenha meu sangue no seu lindo coraçãozinho - faço cócegas em sua barriga e ela ri se encolhendo - Você sempre vai significar o mundo para mim e eu sempre vou te proteger. Não importa o que esteja acontecendo ao nosso redor, nada vai acontecer com você enquanto eu estiver viva. E não importa o que aconteça entre a mamãe S/a e eu, você vai ser sempre a minha garotinha tá bom?
Ela me olha com um biquinho de choro nos lábios e com aqueles olhos grandes brilhando em lágrimas, se jogando em meus braços chorando. Abraço o pequeno corpinho no meu enquanto ela chorava em meu pescoço. Fico emocionada por uma garota tão doce e pequena sentir essa dor que ninguém pode tirar dela por não ter tido um pai presente.
Eu conheci a S/n na escola e viramos grandes amigas. Sempre tive uma quedinha por ela mas nunca falei pois ela dizia gostar de um garoto popular da nossa escola.
O tempo passou eles namoraram por anos e ela acabou engravidando, mas o babaca não quis assumir o bebê e terminou com ela sumindo da cidade. Naquela época eu havia me mudado de estado para trabalhar e quando voltei ela já tinha dado a luz. A gente se reaproximou e eu lhe ajudei em um momento difícil o que nos deixou muito próximas e presentes na vida da outra.
Nos apaixonar foi inevitável, e a partir daquele momento jurei proteger e cuidar dessa loirinha que estava nos meus braços chorando por dizerem que eu não era sua mãe.
- Tá tudo bem querida, eu te amo amorzinho - lhe pego no colo me virando para a porta vendo a S/n escorada na porta chorando em silêncio - Eu sempre estarei aqui para proteger você e sua mãe. Vocês sempre serão as minhas garotas.
(...)
- Amor - escuto a voz da S/n que estava com o rosto no meu pescoço. Já tínhamos colocado a Estelle na cama e estávamos em um silêncio confortável trocando carícias - Obrigada por tudo, obrigada por não ter virado as costas para mim.
- Não precisa agradecer S/a, eu faria tudo de novo - seguro seu rosto enchendo de beijos e ela ri apertando minha cintura.
Fico lhe analisando, desenhando seus traços com meu dedo totalmente hipnotizada na beleza dela vendo seu lábio inferior sumir na sua boca.
- Me ame Margot, me deixe sentir o calor do seu corpo - ela sussurra entre meus lábios antes de me puxar para um beijo profundo.
A melhor escolha da minha vida foi ter voltado para essa mulher.
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Oie gente, como vocês estão queridos?
Não ficou como eu esperava mas acho ok
Mais um pedido concedido Espero que tenha gostado meu amor❤
Irei tentar voltar a ativa Estou trabalhando nisso😰
