São 16 e finalmente terminamos todos os conteúdos para a Colcci, confesso que eu estou morrendo, mas ainda tenho que aguentar firme, tenho um voo para o Rio de Janeiro e uma festa que eu não posso perder de jeito nenhum. Termino de me arrumar, posto alguns stories do job de hoje, quando saio do meu camarim vejo o Paulo André e o Patrick esperando o elevador também, que maravilha. A minha comunicação com o Paulo André se limitou ao estritamente necessário, evitavam nós olhar ou ficar mais perto que o preciso.
O elevador se abre e os dois entram, penso seriamente em fingir que esqueci alguma coisa e voltar, ou ir pela escada usando alguma desculpa qualquer para estar evitando o elevador. Mas eu estou tão cansada que não tenho nem energia para inventar nada agora, então caminho até o elevador e entro olhando para o celular ignorando a presença deles no ambiente, enquanto estou rolandona o feed do Instagram escuto eles dizendo que vão na Vitrinni hoje, não seguro a língua nem o olhar.
-Vocês vão na Vitrinni? -Pergunto curiosa, os dois me olham meio que sem entenderem, Patrick confirma com a cabeça me observando -Vocês já foram lá?
-Algumas vezes, por que? -Paulo André pergunta sem tirar os olhos de mim.
-E vocês gostam de lá? -Eu não preciso ver o meu rosto pra saber que eu estou fazendo uma cara de nojo.
-Sim, por que tanta pergunta? -Patrick fala prestando atenção em mim junto com o Paulo André.
-A é que lá é meio mal frequentado né? -Com "mal frequentado" eu fui educada.
-Como sabe? Achei que estava há 3 anos sem vir pro Brasil -Paulo André fala com aquele tom arrogante na voz, insuportável.
-Eu tava fora do Brasil não dá Internet -O elevador se abriu e saímos todos juntos -Lá só tem biscoiteiro querendo 15 minutos em sites de fofoca do insta.
-Ela não mentiu -Patrick falou concordando comigo, quando chegamos do lado de fora do studio avistei meu uber.
-Bom, só cuidado com os lugares que vocês estão frequentando, vocês não me parecem o tipo d evento que gostam de estar envolvidos em fofocas, já vou indo, a gente se tromba -Falei e fui andando em direção ao uber quando eu escuto o Patrick me gritar.
-Por que tu não sai com a gente hoje? Aí você já indica um lugar diferente e faz companhia pra nós -Patrick era muito gracinha, não sei como ele amigo daquele insuportável.
-Adoraria, mas vou pro Rio, hoje minha farra vai ser por lá -Gritei já dá porta do uber, abri e me virei uma última vez -Tchau Patrick.
-Não ganho tchau não? -Paulo André gritou e eu olhei pra ele com a minha cara mais sinica.
-Não -Entrei no carro e quando olhei pra ele novamente ele tinha um sorrisinho convencido nos lábios, idiota. O uber confirmou o endereço e seguiu para o meu apartamento.
[...]
Nina como sempre salvando a pátria teve a brilhante odeia de fazer babyliss no meu cabelo e ficou simplesmente perfeito, eu amo o meu cabelo ondulado mas morro de preguiça de fazer. Duda nós chamou pra um baile funk e eu confesso que não sabia muito bem o que esperar, mas como eu não podia perder a oportunidade de sair com ela para rebolar, aceitei na hora e arrastei a Nina comigo para o Rio e foi também uma ótima oportunidade pra eu ver a minha casa, minhas carpas, acho que elas nem lembravam mais de mim. Fiz a Nina tirar algumas fotos do lado de fora da casa e ouvimos o carro da Duda estacionar, postei a foto e sai para encontra-la.
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ALL FOR US
Fanfiction"It's like we can't stop, we're enemies But we get along when I'm inside you" A intensidade foi a ruína deles. Como duas pessoas que não suportam respirar o mesmo ar terminaram na mesma cama? Ele odeia o jeito que ela olha pra ele. Ela odeia a voz...