Sei que vocês andam louca por mais capítulos, então vim propor um desafio que talvez seja fácil de cumprir 🤣.
Se todos os capítulos até aqui tiverem mais de 50 curtidas, eu libero dois ou até três capítulos a mais pra vocês.E isso até quarta!
Então... corram, meninas! Chamem amigos pra ler, divulguem por aí.Outra coisa: ESCRITO NAS ESTRELAS está na Amazon por apenas 2,99! Quem não puder comprar, pode pelo menos escrever uma resenha pra ajudar a autora amadora de vocês? 🤣
Quero tentar botar esse aqui lá também e trazer mais coisas, mas sozinha nada é possível.Então... BORA LÁ que tem desafio pra vocês ❤️
CECÍLIA
Por um momento o ar ficou suspenso e achei que alguma loucura fosse acontecer.
Uma loucura provavelmente deliciosa, mas uma loucura mesmo assim.
Queria beijá-lo.
E isso era perigoso.
Desde o divórcio que não me interessava por ninguém. Fiquei em um limbo de me sentir a mulher mais feia e entre não me achar mais interessante para outros olhos.
E depois de bastante terapia e perceber que precisava ser interessante aos meus olhos, comecei a perceber a vida de outra forma e resolvi fazer tudo por mim, para mim e pensar sempre nisso.
Foi assim que vieram de volta os olhares interessados em bares, cantadas baratas e até mesmo elogios de outras pessoas. Era bom ouvir tudo isso, mas aprendi que quando eu estava feliz comigo mesma, o resto era só consequência.
Então, o que havia nesse homem que me fazia querer notar o interesse dele? Querer ser fonte disso?
Quando ele me encarou antes de entrarmos no carro, notei que tinha olhado por todo o meu corpo de um jeito que me deixou quente por um minuto até pensar que estava imaginando coisas. Porque não podia ser possível que aquele homem taciturno e grosseiro tivesse interesse em mim.
E depois veio o momento do carro.
E foi assim que soube que não podia estar imaginando as coisas, não podia estar maluca.
Ele tinha me olhado sim com interesse. Mas disso não sairia nada.
Não entendia como de fato me sentia sobre isso, mas de uma coisa tinha certeza, não queria ou precisava de complicações.
Minha última complicação foi o meu ex, e se Tomás fosse realmente mais uma dor de cabeça, o mais fácil era cortar logo o mal pela raiz.
Admiti para mim mesma a verdade: estávamos mesmo atraídos um pelo o outro, mas a dura verdade era de que nada sairia dali.
A não ser dor de cabeça, estresse e tristeza.
E foi por isso que balancei a cabeça antes de sair do carro e andar atrás dele em direção a parte de trás do bar do Gil, onde as luzes estavam postas, a música country tocava alto e várias pessoas estavam misturadas por ali.
As pessoas sorriam animadas enquanto se serviam de um lado, outras dançando, algumas bebendo e conversando.
— Cecília! Que bom que você veio! – Charles exclama animado ao vir em minha direção com Léo logo atrás. Cada um dos dois tinha um copo vermelho na mão e sorriso de orelha a orelha.
Abraço cada um deles antes de olhá-los.
— Estava curiosa para saber como todo mundo se diverte por aqui.
— Você vai amar! A gente come, a gente dança e ri de algumas palhaçadas que rolam. Nada de briga, vez ou outra alguém bebe além da conta, porém é resolvido facilmente. — Ele olha para o meu lado. — Que bom que veio também, Tomás, uma folga é sempre bem-vinda.
— Sim, as vezes é sim. — Ele responde antes de coçar a cabeça e olhar para nós. — Vou buscar uma bebida, vai querer alguma coisa?
Ele me pergunta e fico olhando aquele homem que não conseguia entender de forma alguma.
Dei de ombros.
— Pode ser água mesmo.
Ele acena e se afasta.
Charles rapidamente chega mais perto e Léo ri baixinho da afobação do marido.
— Agora que ele saiu você já pode contar, e quero detalhes hein, de tudo o que anda rolando entre vocês.
Que bom que não havia bebida alguma na minha mão ou eu teria cuspido tudo imediatamente.
Arregalo meus olhos ao olhá-lo.
— Não tem nada rolando entre a gente. Que ideia maluca é essa?
Léo responde pelo marido.
— Me desculpe por ele, Cecilia. Charles é um romântico incurável que vê em cada canto um romance à espreita. Culpo muito a mãe dele por tê-lo educado a base de romances de época.
Charles revira os olhos.
— Minha mãe me ensinou a ver a beleza em todo canto, e vocês minha querida, exalam isso. Nossa, que casal.
Casal? Casal????
— Você está viajando. A gente tem nada, na verdade, acho que ele não me suporta.
Tomás parecia bipolar, as vezes grosseiro, as vezes gentil e em todas as vezes queria esganá-lo.
— Acho que esse não suportar é tudo tesão incubado. Vejo como ele fica nervoso do seu lado, tenso mesmo. Ninguém fica assim do lado de alguém a toa. Sempre tem sentimentos envolvidos.
Será? Mas... isso me cheirava a problema, e a última coisa que eu precisava era mais problema.
Dou de ombros.
— Pode até ser, mas não quero testar essa teoria. Acabei de sair de um casamento que acreditei fielmente que fosse algo eterno e acabou virando minha vida do avesso. Não quero tentar nada com outra pessoa complicada que parece ter tanta bagagem como eu.
Charles e Léo me olham com solidariedade.
— Te entendo perfeitamente. — Léo me disse e tocou de leve minha mão, apertando frouxamente antes de soltar. — Antes de conhecer o Charles, eu vivia um inferno de um relacionamento e pensava que não queria mais saber disso, que iria ficar solteiro para sempre. Bem, isso foi até que a pessoa mais energética, entretanto mais suave, entrasse na minha vida. Charles me mostrou que a gente não pode desistir de correr atrás da nossa felicidade só porque esbarramos em alguns acasos ruins.
Charles olha emocionado para o marido e eu também fico.
"A gente não pode desistir de correr atrás da nossa felicidade só porque esbarramos em alguns acasos ruins."
Foi depois disso que Tomás volta com um copo vermelho cheio de cerveja para ele e uma garrafa d'água para mim.
— Tudo bem por aqui?
Todos acenamos com a cabeça e ficamos observando a dança a nossa volta enquanto eu seguia pensativa.
Tive um acaso ruim.
Será que já estava pronta para tentar novamente?
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NOSSA SEGUNDA CHANCE
RomanceSINOPSE: Cecília precisava de um recomeço. Acabou de separar e ver ruir um relacionamento de anos como se fosse nada. Logo, ela questiona sentimentos, pensamentos e até a si própria. E um momento de epifania, ela junta suas coisas e parte em uma jor...