EPÍLOGO

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CINCO ANOS DEPOIS

TOMÁS

Acordo com mãozinhas gorduchas no meu rosto, tateando com curiosidade e abro um sorriso lento antes de dar uma mordida na mão gordinha na minha boca.

— Papai! – A voz risonha da minha filha mais nova, Luísa, enche meu coração e meu corpo todo com sentimentos quentes.

Hoje teríamos um churrasco em família que reuniria todo mundo, para celebrarmos apenas um dia comum, mas foi assim que aprendemos que todos os dias, principalmente os comuns, são especiais.

Depois que a minha primeira esposa faleceu, havia de certa forma me conformado com o fato de que minha família seria menor e que estava tudo bem. Que estava bem sermos só eu e minha filha.

Mas aí, uma hóspede irritante de tão linda chegou e arrebatou meu coração em pouco tempo. Conquistou minha família, minha filha, meus amigos e o último a enxergar fui eu.

Ela me deu estabilidade. Me deu um lar, me reconectou comigo mesmo de formas que nunca pensei que fosse voltar a ter novamente.

Claro que a Cecília me irritava da maneira dela e eu a irritava na mesma medida. E era assim que funcionávamos e mantínhamos acesa todo nosso sentimento.

Quando chegou a hora, sentamos os dois com a Cacau que pulava de alergia de tão feliz de saber que seríamos uma família no papel também. Ela sabia que a presença da mãe nunca seria substituía - o que era meu medo -, e entendia até mesmo melhor do que eu o que significava dali por diante a presença definitiva da Cecília em nossas vidas.

Minha tia também teve que me confessar seus planos de mestre para tentar me arranjar com alguém. Na hora eu só tive presença de espírito de rir de desespero mesmo, porque isso tudo poderia dar terrivelmente errado. E minha tia era completamente doida ao pensar que essas ideias de filme poderiam dar certo na vida real.

Mas o que estava feito estava feito e eu estava casado com a minha segunda chance de felicidade.

Com a minha segunda chance no amor.

CECÍLIA

Depois do meu divórcio, tinha perdido qualquer pretensão de que logo acharia alguém ou que realizaria sonhos que nem sabia que tinha.

Minha única esperança era ser feliz. Me reconectar com a Cecília que nunca pensei que conheceria.

Desacelerar e repensar tudo que planejei e só viver entendendo que as vezes a vida era pra ser vivida sem ser planejada. Que se planejarmos demais, perdemos os detalhes e as coisas importantes.

E sair da cidade grande para o interior para ir devagar me permitiu tudo isso.

E enquanto olho minha maravilhosa família, meus amigos, minhas duas meninas incríveis e o amor da minha vida, todos reunidos nesse churrasco aqui na propriedade, me faz pensar que sim.

Ravieira do Sol me deu a segunda chance que não pensei que fosse precisar, e a melhor surpresa que poderia pensar.

DONA VERONA

A noite havia caído, mas todos dormiriam ali.

Charles e sua família voltaram para mais um tempo de férias, e segundo eles, logo estariam mudando para perto também.

Gil e Larissa que juntos eram explosivos e extremamente divertidos. Quem diria que o amo seria encontrado aqui pra eles também? E eu prometo que não tive nada a ver com isso.

Bem, tive indiretamente né? Porque se a amiga dela não tivesse vindo pra cá, ela não viria também.

No final, eu uni dois casais pelo preço de um.

Apreciando sua vitória? – Meu marido me pergunta e me estende uma caneca cheia de chá gelado.

— Como uma verdadeira campeã. – Respondo com um sorriso antes de tomar um gole generoso.

Observava feliz meu sobrinho com sua pequena e linda família.

Lembrar de todos eles tão tristes tempos atrás me fez ter a certeza que todos merecem uma segunda chance para tudo.

Principalmente para o amor.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço imensamente por todo mundo que lê e me acompanha a tanto tempo aqui.
Cada história que sai da minha cabeça maluca só existe porque vocês estão aqui, porque vocês me motivam e me inspiram.
Obrigada!

Espero que continue sempre assim: vocês me mandando ideias e a gente trocando e se impulsionando.

Amo vocês e até a próxima!

Ps: me mandem ideias!

NOSSA SEGUNDA CHANCEOnde histórias criam vida. Descubra agora