CAPÍTULO 31

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Hoje é dia do leitor! Dia de todas nós que amamos nos debruçar em cada página, cada palavra e cada história apaixonante ❤️
Obrigada a todos que me acompanham aqui e que me motivam com os comentários e votos.
Amo vocês!
Feliz nosso dia ❤️

CECÍLIA

O encontro tinha sido bom, mas o fim de noite foi melhor ainda.

Estar nos braços dele, ter a liberdade de beijar cada parte, ser eu mesma e ele aceitar minhas manias bobas...

Nada, nem meu ex me deixaria de mau humor.

Era incrível como a gente se encaixava mesmo sem querer. Que até nossas discussões acaloradas eram inflamadas com sentimentos.

E ao mesmo tempo em que eu experiemtentava todo uma gama nova de sensações e sentimentos, ainda conhecia melhor a mim mesma. O que eu gostava, o que eu não gostava, como queria ser pega ou não. Era meio louco pensar que finalmente estava entrando em contato com a pessoa que mais importava: eu mesma.

Nunca fui de questionar mais a fundo certas coisas, só planejava como se a vida fosse um script e savia cada passo, cada coisa, mas nunca olhei como deveria, nunca parei e reparei. Sempre seguia como se tudo fosse uma lista.

E caramba, precisou que eu fosse largada para finalmente perceber que a vida era muito mais do que planejamento. A vida é muito mais do que nossas expectativas do que pode ser.

A vida é o agora.

A vida sou eu ajudando Dona Verona no café todos os dias desde que cheguei.

Sou eu rindo livremente com as duas menininhas que encantaram meu coração.

Sou eu podendo discutindo com o Tomás e querendo esganá-lo quase o tempo todo.

A vida é até mesmo os momentos em que contemplava o nada na sala da casa da minha amiga no Rio.

Por todos esses momentos e mais mil outros que viveria, que decidi esquecer tudo sobre o meu ex e viver o meu agora ao lado do Tomás.

Essa foi a última coisa que pensei antes de fechar os olhos, deitada no peito dele.


*

- ELE FEZ O QUE? - Lari grita no meu ouvido e acabo afastando o celular um pouco do ouvido.

- Isso mesmo que você ouviu. Ele já estava ligando, mas nem em mil anos esperaria que ele aparecesse aqui em carne e osso e ainda tentasse uma cena. Felipe nunca foi disso.

- Acho que é culpa minha, amiga. - Ela lamenta.

- Por que?

- Porque um tempo atrás eu encontrei o lesado do Felipe em um barzinho, ele estava acompanhado e eu já com uns dois ou três drinks na cabeça, fui atrás dele e disse com todas as letras que você se livrou de uma boa e agora passava seus dias curtindo seu fazendeiro versão rei do gado dez mil.

Se meu queixo realmente pudesse cair, ele teria caído diante daquilo.

- LARISSA!

- Eu sei, eu sei. E ainda falei isso alto e provavelmente mostrei uma foto do Tómas e uma sua toda arrumada ai e sei lá. Só achei que ele merecia levar uma naquela cara boba dele. Fala sério, ele te esnoba, paga de gostosão e isso tem que ficar assim? Não mesmo. Ele tinha que saber que você não está chorando por ele.

Por mais infantil que seja esse argumento, ele tem ponto.

Nunca pensei que fosse ser mesquinha em relação a toda essa situação, mas a verdade era que lá no fundo, eu queria sim que ele soubesse que não era o centro do meu mundo.

Eu era o centro do meu mundo.

- Vou relevar tudo isso porque querendo ou não, ele merecia. Mas amiga, agora eu tenho uma dor de cabeça no mesmo paraíso que estou.

- Fala para ele catar coquinho.

- Basicamente faltava falar em linguas diferentes para ele entender que não queria e não iria conversar com ele. Porém, sinto que não vou ter outra alternativa. Hoje acordei com três mensagens dele. Uma perguntando que horas eu havia chego, outra explicando em detalhes porque ele achava que Tomás não era certo para mim e uma terceira e mais irritante falando que eu devia a ele uma conversa.

- Devia a ele? Ah, aquele cretino.

Balanço com a cabeça.

- Pensei a mesma coisa. Na verdade, pensei em outras palavras que poderia falar e ficaria aliviada. Mas respirei fundo e resolvi te ligar.

Lari resmunga baixinho antes de falar.

- Estou indo. A cavalaria está a caminho.

- Amiga, não precisa vir.

- Preciso sim. Comecei isso e vou terminar.

- Eu mesma vou falar com ele e tentar despachá-lo. Cada minuto a mais que ele passa aqui, esse lugar que eu amo tanto é profanado com a presença do meu ex sanguessuga.

A risada da minha amiga me atinge.

- É disso que estou falando! Esmaga esse babaca como o inseto nojento que ele é. Mas mesmo que você se livre dele, quero ir visitar esse paraíso que minha melhor amiga tanto fala, que seus olhos tanto brilham.

Sorrio para o telefone. Seria bom ter minha amiga aqui. Mostrar para ela cada pessoa e cada canto desse lugar que me conquistou por inteiro desde que cheguei. Lari sempre foi meu porto seguro, meu baú e aquela que pude ser eu mesma sem receios.

Era hora de mostrar a ela que tudo o que ela era para mim, eu também havia encontrado nesse lugar.

- Venha, então. Já estou contando os minutos.

- E eu os segundos, Cecí.

Desligamos e olho para o celular por dois segundos antes de abrir minhas mensagens e digitar.

"Vamos conversar e depois disso, você vai embora."

Não preciso esperar muito antes que a mensagem seja respondida.

"Tá bom."

Agora precisava me preparar para a guerra.

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