(Vol. II) Ano I p.e.│Para o início.

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O caminho completamente escuro era iluminado apenas pelos faróis da velha caminhonete em minhas mãos

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O caminho completamente escuro era iluminado apenas pelos faróis da velha caminhonete em minhas mãos. E enquanto eu tentava enxergar alguma coisa naquela mata deserta, eu tinha plena consciência que o barulho ruidoso do motor em um local tão silencioso seria o suficiente para chamar a atenção de todos os mortos que estivessem ao meu redor.

Continuei seguindo um único caminho de terra sem ter a menor ideia se estava me afastando da fazenda, ou me aproximando. Só havia apenas uma estrada para seguir sem qualquer bifurcação e eu não teria como percorrer outro caminho sem abandonar o automóvel.

O diabinho sempre tão hilário pareceu ouvir os meus pensamentos quando a picape simplesmente parou os seus pneus em um ponto da estrada. Me fazendo ranger os meus dentes com raiva ao começar a acelerar e perceber que as rodas estavam presas em algum lugar. Na lama, talvez.

Os faróis ainda estavam acesos e iluminava o caminho à frente. Tudo parecia funcionar, mas o automóvel simplesmente não se mexia. E por um breve momento eu o senti praticamente se inclinar um pouco, como um barco à deriva.

— Não acredito que eu sou tão burra a ponto de... — Xinguei ao abrir a porta do motorista enquanto pegava novamente o atiçador de lareira e a espingarda no banco do passageiro.

Tentei descer da caminhonete, mas a primeira coisa que aconteceu foi sentir o meu pé afundar completamente na lama, até os tornozelos, exatamente como as rodas do carro. Estava escuro o suficiente para eu não perceber o terreno argiloso.

— Porra! — Briguei cerrando a mandíbula ao cair sentada sobre a lama espessa. E não conseguindo tirar o pé ao percebê-lo preso dentro do mangue enlameado.

O som dos galhos quebrando pareceram se tornar um gatilho pior do que as próprias armas. Eu conseguia ver os pés maltrapilhos se arrastando pela brecha abaixo do carro e dando a volta para conseguir me alcançar presa na lama.

Um desespero profundo começou a me obrigar a me sacudir fortemente na esperança de soltar o meu pé o mais rápido possível.

Quando o monstro apareceu à minha frente; eu sentada sobre a lama com um dos pés preso até quase a canela, todo o mundo pareceu andar em câmera lenta. Me fazendo gemer de dor e lágrimas de desespero tomar meus olhos quase como uma despedida.

Empunhei aquele atiçador com força. Eu só teria uma única chance quando ele pulasse sobre mim. E como se os céus me ajudassem de novo, o monstro também prendeu os seus dois pés assim que os tocou contra a lama aonde o carro havia se atolado.

— Bom, eu sei que o meu anjo da guarda está tendo muito trabalho essa noite, mas ele está se saindo bem... — Comentei para o morto-vivo que se debatia fortemente e tentava me alcançar com seus braços esticados em minha direção. Rosnando com seus dentes à mostra como um cão.

Estiquei o atiçador em direção ao mordedor e tentei alcançar o seu rosto de alguma forma, porém não estávamos perto o suficiente. Graças à Deus. Por isso comecei a me concentrar em simplesmente começar a puxar meu pé para fora da lama o mais rápido possível. Os rosnados daquele infeliz poderiam chamar outros.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora