(Vol. I) Ano I p.e.│ Bourbon do Kentucky.

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Esfreguei a toalha branca em meus cabelos quando entrei em meu quarto na esperança de retirar o maior excesso de água que conseguisse

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Esfreguei a toalha branca em meus cabelos quando entrei em meu quarto na esperança de retirar o maior excesso de água que conseguisse. Afinal, não iria perder a oportunidade de lavar-me da cabeça aos pés quando nos foi oferecido a proposta de um banho quente.

Aquele lugar parecia um sonho. E isso eu poderia dizer com total certeza, pois ainda havia a possibilidade de acordar e tudo ruir a qualquer momento. Essa ansiedade machucava a minha mente de uma forma paranoica enquanto eu tentava acalmar os meus nervos pelo menos por hoje.

"Afinal, Nero descansou um dia antes de Roma queimar".

O cômodo aonde eu iria dormir era um escritório abandonado. Havia um grande sofá de couro que me caberia perfeitamente e seria a coisa mais confortável em que eu me deitaria nos últimos dias. E acabei deixando a minha tala ortopédica encostada no sofá junto com a muleta após eu retirá-las para tomar um banho.

Joguei a toalha sobre uma cadeira e tratei de vestir uma roupa confortável para dormir. Dessa vez era seguro o suficiente para usar apenas uma camiseta, um short de algodão e ficar descalço, já que não havia possibilidade de um ataque noturno. Pelo menos era o que eu esperava. Entretanto algo me dizia que eu precisaria arranjar roupas novas o mais breve possível, já que as minhas estavam velhas e eu estava ficando sem opções.

Ouvi quando alguém bateu levemente na porta e tive que mancar até ela após me trocar, pois ainda não tinha voltado a colocar a tala.

Dei de cara com Dale que me entregava um cobertor cinza após me lançar um grande sorriso satisfeito.

— Achei que precisaria. — Ele comentou antes de se afastar. — Boa noite! — Se despediu.

— Obrigada! Boa noite! — Agradeci ao senhor antes de vê-lo sumir pelo corredor.

Voltei para o sofá e joguei o cobertor sobre o mesmo. Segurei a tala com uma das mãos e tentei colocá-la sozinha, mas parecia bem mais difícil colocá-la do que tirá-la. Percebi que de pé não seria possível, então tratei de tentar me sentar para conseguir esticar e apoiar melhor a minha canela.

Assim que o meu corpo encostou no sofá de mau jeito, eu pude sentir a dor aguda e horrível no músculo da minha nádega, exatamente no local aonde eu havia tomado as injeções um pouco mais cedo. Aquilo me deu um choque horrível de agonia e desespero por todo o corpo.

— Porra! Porra! Porra! — Xinguei baixo, cuspindo entre meus dentes enquanto me jogava de lado e tentava livrar a carne latejando de dor para longe do assento.

Percebi por um vislumbre rápido quando Daryl passou exatamente na frente da minha porta aberta sem parecer realmente me ver ali dentro, ou sem se importar de olhar.

— Daryl! — O chamei ainda praticamente deitada de lado sobre o sofá com a esperança iminente de que ele me ouvisse e, graças à Deus, ele me ouviu.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora