(Vol. I) Ano I p.e.│ Alívio.

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Ali no subsolo eu já não fazia ideia se era dia ou noite, porém tinha a certeza de que o meu corpo estava cansado e de que os meus olhos querendo se fechar de sono aos poucos me atormentavam

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Ali no subsolo eu já não fazia ideia se era dia ou noite, porém tinha a certeza de que o meu corpo estava cansado e de que os meus olhos querendo se fechar de sono aos poucos me atormentavam. Sentia como se pudesse desmaiar a qualquer momento.

Estávamos em uma espécie de sala de triagem um pouco menor e com fileiras de cadeiras que pareciam uma sala de espera. Em uma das pontas da sala Edwin estava sentado usando luvas descartáveis azuis ao lado de uma mesinha repleta de insumos descartáveis usados em coletas. Do outro lado, nosso grupo estava esperando silenciosamente enquanto o doutor recolhia uma amostra de sangue de cada um.

O alívio de estarmos seguros era evidente naquele ambiente. Entretanto, ainda tínhamos uma leve sensação de desconforto como se tudo fosse apenas uma encenação ou um sonho. Afinal, esperávamos encontrar uma equipe do governo extremamente capacitada e com todas as soluções que nos levariam são e salvos até uma nova cidade subterrânea e segura, aonde poderíamos viver em paz longe da carnificina sobre o asfalto.

Pelo menos era o que eu esperava. Ledo engano.

— Por que precisa do nosso sangue? Se estivéssemos infectados estaríamos queimando em febre. — Andrea reclamou assim que o doutor terminou a sua coleta.

— Eu já quebrei o protocolo deixando vocês entrarem aqui sem permissão. — Edwin avisou com o olhar baixo enquanto assistia a mulher se levantar da cadeira à sua frente. — Deixe-me pelo menos fazer isso do jeito certo. — Pediu como se punisse a si mesmo.

Me sentei na cadeira de ferro assim que Andrea se levantou e estiquei o meu braço direito em direção ao doutor silencioso. O loiro preparou um novo tubo de coleta à vácuo e conseguiu encontrar uma veia rapidamente. Agradeci por sua mão leve e experiente, já que o ato não doeu mais do que um pequeno incômodo.

— Se quiser posso dar uma olhada em sua perna. — Comentou baixo e sem me encarar enquanto enchia aquele tubinho com o meu sangue.

— Por que? Ainda acha que é uma mordida? — Questionei com um leve sorriso desconfiado.

— Não. Porque se usar um torniquete improvisado por muito tempo pode causar uma necrose gangrenosa e a sua perna deverá ser amputada. — Explicou calmamente quando finalizou a recolha e fechou o tubinho com a amostra. Seus olhos azuis vieram até os meus como um xeque-mate.

— É um ótimo argumento! — Concordei apertando os meus lábios ao concordar.

Percebemos quando Andrea ainda de pé em um canto da sala acabou cambaleando um pouco, mostrando que claramente não estava tão bem quanto tentava aparentar. Ela estava pálida, com o semblante cansado e os lábios com uma aparência doente.

— Tem certeza que você se sente bem? — Edwin apontou preocupado querendo checar a mulher loira que era amparada por Jacqui.

— Ela está faminta! — Jacqui respondeu ajudando Andrea a se sentar novamente. — Todos nós estamos. Muito tempo na estrada. — Explicou encarando o doutor com uma expressão apática.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora