(Vol. I) Ano I p.e.│ Pesadelo.

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Eu poderia ter dormido por horas

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Eu poderia ter dormido por horas. Ou apenas por quinze minutos. Era impossível saber quando não tínhamos janelas para nos orientar no subsolo daquele prédio da CDC e o fato de eu estar sozinha naquele escritório só piorava ainda mais a desorientação. Afinal, como eu saberia se todo mundo já estava acordado?

Sentei sobre o sofá de couro com cuidado enquanto o ambiente era iluminado apenas pela baixa luz de emergência que vinha de cima da porta. Peguei a muleta que estava encostada na escrivaninha em minha frente e tratei de ficar de pé.

Um movimento incrivelmente fácil graças ao apoio e a tala em minha perna. O doutor Jenner com certeza tinha razão, afinal a dor pareceu bem mais suportável enquanto eu me movia em direção à porta de saída. Ou talvez fosse a medicação me dando um pequeno alívio. Em todo caso, era uma pequena vitória.

Para a minha surpresa o corredor estava vazio e escuro. Bem, parecia que todos ainda estavam dormindo. Exceto pelo cômodo ao final do extenso corredor, aonde Edwin havia dito conter uma sala de recreação, e agora mantinha suas luzes alaranjadas acesas.

Duas possibilidades se passaram por minha cabeça. A primeira: Alguém ainda estava usando a sala por algum motivo. A segunda e mais plausível: Alguém havia esquecido as luzes acesas antes de sair.

Entre uma ou outra, eu achei melhor checar a sala, já que o doutor provavelmente ia ficar bastante chateado se nos pegasse desperdiçando energia.

Continuei os meus passos silenciosos em direção à sala de recreação sem qualquer pressa. Observando as salas adjacentes com suas portas fechadas e provavelmente ocupadas por outras pessoas. E foi por isso que tentei ser o mais silenciosa possível, com a intenção de não acordá-los.

Estava praticamente no meio do corredor quando notei que a porta ao final do corredor fechou subitamente em um baque seco. Aquele era um sinal claro de que alguém ainda estava na sala. E a minha curiosidade apenas se aguçou um pouco mais. De fato, era uma situação um pouco... peculiar.

Me aproximei ainda em silêncio e encostei o meu ouvido na porta afim de tentar descobrir quem estava ali dentro e o que estava acontecendo. Porém tudo o que ouvi foram apenas os sussurros baixos e agitados como uma briga cochichada um pouco acalorada e então um súbito movimento um pouco mais agressivo que acabou fazendo um novo barulho seco de uma batida em alguma madeira.

Aquilo realmente me assustou. A ideia de termos monstros devoradores de carne por todos os lados nos fazia pensar em muitas coisas absurdas hoje em dia. E ficarmos sempre em alerta.

Me perguntava se a quantidade consumida de álcool era o motivo de ninguém ter ouvido os barulhos e se levantado para ver o que estava acontecendo.

— Tem alguém aí? — Perguntei baixo e rapidamente o barulho cessou. Mas eu não desisti, bati algumas vezes e girei a maçaneta da porta. Estranhei quando a mesma pareceu emperrada, mas não por estar trancada e sim por parecer que alguém a segurava. — Está tudo bem? — Insisti achando aquilo muito estranho e torcendo para que eu não estivesse atrapalhando a transa de alguém.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora