STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] daryl dixon⼁The Walking Dead

(Vol. III) Ano II p.e. ⎥ Em família.

Glenn estacionou o carro perfeitamente em uma vaga na frente do conjunto de lojas. O que acabou me fazendo rir, já que o homem estava sendo politicamente correto até mesmo no meio do fim do mundo.

O conjunto de lojas estava com suas vitrines cobertas por tábuas de madeira e haviam muitas marcas de mãos ensanguentadas por todos os lados, o que nos deixou em total alerta.

— Artigos para bebês... — Apontei ao ler o anúncio em uma das placas que ficavam no alto do prédio enquanto Glenn se aproximava com um pé-de-cabra e tentava forçar a porta de entrada. — Talvez tenha mais coisas para Judith. — Comentei segurando minha arma ao lado de Maggie.

— Estava pensando em procurar alguns objetos de decoração e adesivos. — Maggie comentou sem grandes pretensões. — Fazer um quarto de bebê em uma das celas talvez deixe o ambiente melhor. Um bebê crescendo dentro de uma prisão vai precisar disso. — Falou cruzando seus braços e eu acabei sorrindo.

— E de um berço. Daryl fez um ótimo trabalho trazendo uma caixa, mas não é muito confortável e ela não vai caber por muito tempo. — Lembrei em um tom divertido. — Não quis dizer isso pra ele. Foi a coisa mais fofa que ele fez nos últimos dias. — Elogiei com um sorriso meio bobo e ao mesmo tempo orgulhoso.

A porta foi aberta e tivemos que pegar nossas lanternas por culpa do escuro na parte interna. Logo começamos a dar passos cautelosos e vistoriar tudo o que tinha nos complexos de lojas em volta de um corredor extenso parecendo revirado por saqueadores.

— Então vocês estão oficialmente juntos agora? — A garota me perguntou enquanto mirava a sua lanterna em direção as placas com avisos e direções. Eu estreitei os meus olhos como se a pergunta fizesse a minha cabeça doer e ambas entramos logo atrás de Glenn.

O homem se afastou de nós para conseguir acertar o seu pé-de-cabra no crânio de um dos errantes que se aproximou de forma sedenta assim que nos percebeu nos corredores.

— É complicado. — Acabei dando a resposta mais clichê de todos os tempos. — Na maior parte das vezes eu estou me segurando para não apertar o seu pescoço, mas por outro lado, não consigo passar um dia sem falar com ele, então sim, acho que estamos juntos e casados há mais ou menos uns cinquenta anos. — Falei em tom de brincadeira ao apertar meus lábios com conformismo. O que acabou fazendo a garota rir.

A primeira parada de Maggie foi em direção a loja de bebês, enquanto eu me dirigi até a loja ao lado, uma loja com artigos para jardinagem.

Entrei na local escuro com passos cautelosos ao ouvir o som baixo de uma respiração animalesca. Guardei a arma em meu quadril novamente e peguei a faca presa em minha coxa, a empunhando com firmeza. Conseguindo perceber o mordedor atrás de uma prateleira logo ao meu lado.

Me abaixei com pressa e comecei a caminhar lentamente dando a volta naquela prateleira. O suficiente para conseguir alcançar o morto-vivo por trás e enfiar a minha faca na nuca do desgraçado, que caiu imóvel no chão.