As folhas no solo começaram a dar espaço a uma camada de grama alta que nos cobria até os tornozelos. Fazendo uma nuvem de traças de asas brancas voarem para alguns lados tentando fugir do movimento dos nossos pés.
Daryl permaneceu com seus passos lentos na mesma direção além das árvores, porém a sua balestra agora estava apontada para frente como se o mesmo estivesse vendo um alvo além da colina. Só quando eu me aproximei um pouco mais de suas costas fui capaz de perceber que se tratava de uma clareira rodeada por fortes pinheiros gigantes.
Acima da colina, no centro da clareira, havia um pequeno chalé de madeira muito confortável. Parecia o tipo de residência que alguma família de alta renda passaria as férias. Porém, obviamente, a aparência abandonada e sombria mostrava que não haviam pessoas vivas por ali há muito tempo.
— O que acha? — Questionei aos sussurros enquanto me colocava lado a lado com o seu ombro. Permanecíamos escondidos entre os pinheiros apenas por segurança.
— Vamos dar uma olhada. — Alegou quando foi o primeiro a desbravar a relva alta em direção ao chalé.
Nos aproximamos cautelosamente. Com a ajuda da relva para ficarmos quase invisíveis e silenciosos. Até subirmos devagar os degraus de madeira em direção a porta de trás do local. Uma porta de madeira com o entalhe bonito de alguns pinheiros como os que estavam em volta.
Daryl se abaixou de um lado da janela da cozinha enquanto eu me abaixava do outro. Ambos olhamos para dentro e avistamos apenas uma cozinha comum, tão bonita quanto uma cozinha dos anos cinquenta, apesar de completamente abandonada.
O caçador me fez um aceno leve com a cabeça e eu entendi o pedido. Então apenas retirei a faca da bainha de couro e bati com o seu cabo contra o vidro da janela, tentando chamar a atenção de quem fosse.
Esperamos alguns segundos e não demorou para que um homem aparecesse tentando cravar suas unhas e dentes no vidro da janela com grande afinco. Aparentemente apenas um caçador solitário.
— Parece uma boa proposta. — Cochichei quando o caçador ficou novamente de pé e caminhou para a porta ao nosso lado. Eu tomei a minha posição ao lado da porta e esperei pelo sinal do Dixon para abri-la, segurando firmemente a faca em meu punho.
Toquei a maçaneta quando o caçador empunhou a sua balestra em direção a madeira, mas percebi que a mesma estava trancada por dentro. Parecia que o homem ali estava mesmo se escondendo de alguma coisa do lado de fora.
— Consigo abri-la se não tiver nada escorando por dentro. — Garanti e me abaixei de joelhos no assoalho de madeira retirando um canivete suíço pendurado em meu pescoço como um colar. Voltando a usá-lo contra aquela fechadura dourada na esperança de abri-la como uma gazua.
Depois de alguns esforços o plano pareceu dar certo.
— Quem te ensinou? — O Dixon pareceu um pouco interessado pela minha competência suspeita e eu acabei soltando um leve riso de diversão ao ficar de pé. Principalmente quando me lembrei que a sua pergunta sobre mim se parecia muito com a minha pergunta anterior sobre ele.
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STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] daryl dixon⼁The Walking Dead
Fanfic+18 ● 𝐒𝐓𝐈𝐍𝐆 [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] ● ⎢ ❝𝐀𝐋𝐆𝐔𝐌𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀𝐒 𝐒𝐄 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄𝐌 encurraladas pelo caos, mas outras se sentem em casa.❞ ⎢ 𝐎 𝐌𝐔𝐍𝐃𝐎 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 𝐂𝐎𝐋𝐀𝐏𝐒𝐀𝐍𝐃𝐎, mas Heidi Conway tentava ser positiva. Se antes do fim do...