(Vol. III) Ano II p.e. ⎥ Vigília.

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Estava sentada sobre o colchão da cama em minha cela com as costas apoiadas na parede gelada e as pernas cruzadas como uma posição de meditação

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Estava sentada sobre o colchão da cama em minha cela com as costas apoiadas na parede gelada e as pernas cruzadas como uma posição de meditação. Havia colocado alguns cobertores sobre o espaço do meu colo e deitado a bebê como se fosse um berço e agora eu estava vigiando o seu sono sossegado enquanto lia aquele livro em minhas mãos.

A noite já havia caído e aquele era o meu turno para vigiar o bebê. Afinal, Glenn precisou fazer o jantar e Maggie estava exausta tanto da viagem por suprimentos quanto do que passamos com Lori. Além disso, Carl estava passando pelo luto da mãe e Beth pegaria o seu turno de babá logo pela manhã.

Todos nós estávamos tentando nos reerguer de novo.

As páginas amareladas do livro pareciam mais escuras, porém eu equilibrava a pequena lanterna sobre as folhas para conseguir ler todas as palavras enquanto a bebê dormia.

— Hey, como ela está? — Daryl apareceu na porta da cela de modo despreocupado e parecia segurar uma caixa retangular de arquivos de escritório em suas duas mãos como se tivesse pegado algo de algum lugar.

— Está aguentando as pontas melhor do que a gente, com certeza! — Brinquei com um sorriso calmo ao guardar o livro e a lanterna, para levar meu olhar até o homem. Torci minhas sobrancelhas com aquela caixa e ele pareceu entender a minha confusão.

— Veja, eu trouxe isso! — Ele entrou no cômodo e me mostrou a caixa de arquivo aonde tinha a palavra "Bravinha" escrito com letras garrafais com caneta marcadora preta, exatamente como um berço seria. Aquilo acabou me fazendo rir de um jeito completamente bobo.

O caçador trouxe o "berço" até colocá-lo sobre o colchão e tratei de colocar a menina confortavelmente dentro da caixa para que ela não acordasse com o movimento. Mas a situação inusitada ainda me fazia rir ao analisar os rabiscos como se aquilo fosse a melhor coisa que poderia me acontecer naquele momento.

— Qual é a graça? — Daryl questionou incomodado quando me viu ainda rindo maravilhada com aquilo. E se sentou no chão ao lado da cama com seus pés apoiados no chão, joelhos dobrados e seus antebraços apoiados sobre eles.

— Nada! — Eu o fitei com um grande sorriso carinhoso. — É só que... depois de tudo isso com a pequena Grimes... Essa é a coisa mais adorável e fofa que você já fez em toda a sua vida! — Apontei entusiasmada como um elogio ao me afastar levemente da parede e indo em sua direção. — Por favor, me beije antes que eu morra com tanta meiguice. Preciso de respiração boca-a-boca! — Brinquei ao me curvar em sua direção e segurei o seu rosto em minhas mãos antes de beijar os seus lábios rapidamente como uma recompensa.

— Qual é, corta essa! — Ele tentou disfarçar o contentamento, mas um meio sorriso muito tímido surgiu no canto dos seus lábios quando fitei o seu rosto bonito assim que me afastei. Deixando que uma de minhas mãos ainda tocasse o seu rosto enquanto meu polegar massageava a sua bochecha de maneira carinhosa e agradecida antes de afastar a minha mão.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora