(Vol. II) Ano I p.e.│ Barganha.

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Pendurei a toalha úmida em um varal improvisado bem em frente à minha barraca e logo voltei a entrar nela enquanto desmanchava os nós teimosos em meu cabelo

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Pendurei a toalha úmida em um varal improvisado bem em frente à minha barraca e logo voltei a entrar nela enquanto desmanchava os nós teimosos em meu cabelo.

Ter o trailer de Dale para tomar um bom banho era a melhor coisa do mundo, eu não podia reclamar, mas o fato da água ainda ser gelada e do frio cada vez mais evidente naqueles dias me fazia compreender que, mais cedo ou mais tarde, nós precisaríamos de água quente.

O dia havia amanhecido ensolarado como sempre, mas o sol não parecia ser o suficiente para aquecer o solo. Afinal, ainda conseguia sentir o tempo ameno e agradável. Eram nesses dias de brisa fria que eu mais sentia falta do secador de cabelo.

— Heidi! — Ouvi Glenn me chamar do lado de fora da minha barraca. Joguei a escova de cabelo sobre o meu colchão de acampamento e saí para atendê-lo.

— E aí? — Cumprimentei ao encontrá-lo do lado de fora. E Glenn parecia um pouco nervoso enquanto segurava com as duas mãos um grande cesto de madeira, que mais parecia uma tina, com algumas coisas dentro. — Você está bem? Parece que viu um fantasma. — Apontei com desconfiança. O garoto olhava de um lado para o outro como se estivesse sendo perseguido.

— O quê? Não. Quer dizer. Estou. — Respondeu gaguejando um pouco e mais uma vez eu estreitei meus olhos com dúvidas. — Enfim, quer alguns pêssegos e carne-seca? — Ofereceu parecendo tentar mudar de assunto quando levantou aquela tina levemente e me mostrou algumas frutas junto com um embrulho de papel aonde estava a carne.

— Obrigada. — Agradeci ainda de um jeito desconfiado ao pegar um de cada e então ele tentou se afastar novamente.

O seu comportamento despertou uma curiosidade interessante em minha cabeça. E também várias ideias. Me fez lembrar do que eu havia escutado no trailer de Dale e no que Glenn estava metido. Talvez fosse esse o motivo de tanto nervosismo. Mas, eu poderia me aproveitar disso.

— Hey, garoto pêssego, eu quero uma! — Pedi o chamando de volta ao morder um pedaço da fruta em minha mão. Um sorriso maldoso, porém divertido, apareceu em meus lábios.

Glenn acabou me olhando algumas vezes ainda parecendo nervoso e então voltou a se aproximar com aquela tina nas mãos, estendendo em minha direção para que eu pegasse outra.

— Não! Você não entendeu. Eu não quero pêssegos. Eu quero uma daquelas! — Arqueei as minhas sobrancelhas algumas vezes de maneira maliciosa ao empurrar a tina para baixo, para que ele a colocasse no chão entre nós dois.

— O quê? Eu não estou entendendo. — O garoto franziu o cenho, fazendo os seus olhos se estreitarem como duas linhas escuras.

— Escute! Eu estou sabendo sobre você e a Miss Milho, filha do fazendeiro, ok? — Confessei rolando meus olhos com tédio. — Sei que vocês estão se divertindo um pouco por aí. E não os julgo! Na verdade, vocês parecem bem fofos juntos. Enfim... — Respirei fundo ao perceber que estava desviando do caminho.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora