O silêncio só era perturbado por conversas casuais e respirações entre uma colherada e outra. O escuro da noite só era rasgado pela luz amarelada de pequenas lanternas estrategicamente espalhadas. O jantar havia sido farto, pois fazia um bom tempo que não tínhamos tanta comida disponível. Cortesia do refeitório vizinho. E todos reunidos naquele jantar era como ter novamente uma grande confraternização.
Me mantive em silêncio durante todo o tempo, estava tentando me manter abaixo do radar. Mas estive atenta observando todos em volta daquela mesa redonda. Falando sobre comida desidratada, ou sobre como Hershel estava se recuperando bem.
Tudo parecia estar voltando ao normal como deveria ser. Exceto pelo fato de não ter achado uma oportunidade de me aproximar de Daryl para conversarmos. Bom, na verdade não tinha tido coragem. E após o longo dia trabalhando incessantemente para limpar aquele lugar, o meu cérebro conveniente acreditou que nenhum momento era um bom momento.
Após o jantar e o término das últimas arrumações, eu acabei decidindo por um banho gelado antes de tentar dormir em minha cela. Mas acabei sentindo o peso da cobrança ao observar aquele colchão cinza no beliche de um cômodo tão vazio. Uma pequena voz em minha cabeça me dizia que não havia mais desculpas e quanto mais tempo ignorava, mais funda ficava a ferida.
Aquela arma jogada em cima da cama era praticamente um beliscão em minha mente.
Peguei a pistola e voltei a guardá-la no cós da minha calça quando saí do cômodo e me direcionei às primeiras celas abertas da esquerda para a direita, no mesmo corredor que o meu. E o meu coração parecia se tornar mais eufórico, e totalmente em pânico, à medida em que eu me aproximava do destino que ele escolhera.
A porta estava aberta, então simplesmente me aproximei. Apoiando minhas mãos nos batentes de entrada e encontrando o caçador ali dentro, acompanhado de um pequeno lampião amarelado como chamas no chão que dava ao lugar uma sensação de penumbra não muito eficiente.
Daryl estava levemente sentado sobre a cama, com suas costas encostadas na parede cinza atrás de si e os sapatos sobre a cama sem preocupações. E ele não possuía muitos pertences para bagunçar, mas com certeza tudo o que tinha estava espalhado por todos os lados ali.
Seu rosto calmo levantou em minha direção e tornou-se emburrado automaticamente assim que me percebeu ali. Desviando os seus olhos irritados para as mãos que seguravam uma flecha sem grandes objetivos.
— Serviço de quarto! — Brinquei ao entrar naquele cômodo com passos cautelosos, mas ele ainda não me encarava diretamente. — Por acaso, o digníssimo senhor poderia me orientar o motivo de não estarmos dividindo o mesmo aposento? — Debochei de modo polido como uma piada ao encostar meu ombro na armação do beliche de cima e encará-lo com um meio sorriso.
Nenhuma palavra foi ouvida. Nenhuma reação além de um longo olhar cheio de desdém lançado em minha direção como se ele pudesse me queimar até as cinzas. Ah, e ele poderia!
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STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] daryl dixon⼁The Walking Dead
Fanfic+18 ● 𝐒𝐓𝐈𝐍𝐆 [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] ● ⎢ ❝𝐀𝐋𝐆𝐔𝐌𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀𝐒 𝐒𝐄 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄𝐌 encurraladas pelo caos, mas outras se sentem em casa.❞ ⎢ 𝐎 𝐌𝐔𝐍𝐃𝐎 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 𝐂𝐎𝐋𝐀𝐏𝐒𝐀𝐍𝐃𝐎, mas Heidi Conway tentava ser positiva. Se antes do fim do...