(Vol. II) Ano I p.e.│Achados e perdidos.

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Meu maxilar tremeu em um arrepio intenso, fazendo meus dentes baterem uns nos outros

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Meu maxilar tremeu em um arrepio intenso, fazendo meus dentes baterem uns nos outros.

Levantei devagar enquanto ainda tentava me situar, ou saber o que deveria fazer a partir de agora. Mas nada vinha na minha cabeça além de desespero.

Eu não poderia gritar, pois isso poderia atrair coisas bem perigosas. E no momento não podia me defender, já que não havia ficado com nenhuma arma. E completamente molhada daquele jeito, não sabia se conseguiria fazer uma fogueira sozinha. Além disso, fogueiras também atraíam os mordedores.

Droga, isso estava ficando cada vez pior.

Uma dor profunda corroeu o meu coração por completo, assim como o meu corpo. Não fazia a menor ideia se era capaz de conseguir aguentar aquilo sozinha. E aquela sensação horrível de derrota acabou me fazendo raciocinar de forma clara pela primeira vez:

Eu era completamente inútil.

Sempre estive ao lado de Anton, ou me uni ao grupo de Rick. Sempre em gangues, ou namorados ruins. Nunca havia ficado tanto tempo por minha conta e isso havia me tornado tão inútil quanto uma princesa em uma torre. Tão paralisada quanto uma pedra. Presa até ser removida.

Eu deveria sobreviver. Na verdade, eu iria sobreviver. Coloquei em minha mente que essa era uma questão fora de negociação. Eu iria sobreviver sozinha! Eu prometia várias vezes em minha cabeça. Faria tudo o que fosse necessário para isso.

Abracei o meu próprio corpo fortemente. A primeira coisa que eu precisaria fazer era: Defesa.

Procurei em minha volta por alguma coisa que pudesse me ajudar. Algum tronco caído que fosse mais parecido com um cajado, já que eu não tinha ferramentas para cortar uma árvore.

Depois de uma varredura minuciosa, acabei achando um galho forte o suficiente para segurar em minhas mãos e usá-lo sem quebrar. O meu próximo passo era torná-lo mais perigoso.

Caminhei pela margem do rio em busca de alguma pedra útil. Com um pouco de caminhada e mais um pouco de frio, acabei encontrando um conjunto de pedras ásperas perto de uma árvore. E foram elas que me ajudaram a raspar aquele galho o suficiente até afinar completamente apenas uma das pontas, como uma estaca.

O esforço foi exaustivo, mas o movimento acabou ajudando a aquecer parte do meu corpo pelo trabalho.

Munida da estaca, tentei encontrar pontos de referência que me ajudassem. Poderia ser o sol, mas a tarde nublada não me permitia ver nada além de um céu branco sendo tampado por copas de árvores. Também poderia ser o vento, mas eu não fazia a menor ideia de como isso funcionava, ou qual era o significado.

Por isso acabei utilizando o recurso mais manjado que já tinha ouvido falar. O rio.

Eu tinha uma esperança escandalosa que encontraria alguma casa perto do rio. Afinal, a civilização gostava de água. E por isso comecei a seguir o caminho do rio com todo cuidado.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora