Chance.

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Narrador point of view.

Marília após seu longo dia no hospital resolveu sair para espairecer. A loira utilizou do seu elegante vestido em destino a boate All yours ao lado de sua companheira de sempre. Luiza Sonza.

As duas por serem conhecidas na cidade não tiveram que enfrentar a fila absurda, adentraram e logo caminharam destino ao barzinho. Luiza e Marília pediram duas doses de uísque.

— É sempre bom estar de volta, Marília. - Luiza comentou, arrancando um olhar apreensivo da sua amiga. — Desfaz essa cara, há várias gostosas pra você transar hoje.

— Não vim para transar, Luiza. - Marília rebateu, bebendo rapidamente a dose de uísque. — Vim para aliviar o meu dia estressante.

— Você vive em um dia estressante, seria melhor se tivesse seguido o meu caminho.

— Luiza, você é delegada, pelo amor de Deus, se nem eu tenho paz quem dirá você. - Ambas riram, porque era a mais pura verdade.

— O que nos resta é trabalhar para bancar nossos gostos.

— E põe gosto nisso.

Marília olhava cada canto da boate, como se procurasse por algo. De forma repentina, Marília pousou seus olhos sobre a morena que utilizava uma meia calça transparente e uma saia de couro totalmente curta, realçando suas curvas.

— Viu Jesus, Marília? - Luiza questiona.

— Se Jesus for gostosa igual aquela, sim, estou vendo. - Luiza bate em seu ombro, repreendendo o comentário feito pela amiga. — Que mulher!

— Você tem o meu apoio.

— Você não deveria me apoiar, Luiza. - A voz de Marília saiu receosa, como se um balde de água fria caísse sobre seu corpo. — Já me conformei que irei para o inferno!

— Marília… - Luiza segura as mãos da sua amiga. — Você também sabe minha opinião sobre isso.

— Tá tudo bem. Estou feliz assim.

— Espero que um dia reconheça o que você verdadeiramente gosta e merece.

Marília sabia de tudo isso que Luiza ressaltou, mas ela se sentia presa, incapaz de sair dessa armadura que a prendia. Com os dedos ela colocou algumas mechas atrás da sua orelha, suspirando aliviada, com os pensamentos a mil.

— Sabia que a Maiara tem uma irmã? - Marília perguntou.

— Sim, a Maraisa.

— E por quê nunca me disse?

— Por quê eu te falaria?

Marília riu baixo, como se formulasse algo, mas realmente sua amiga venceu na retórica.

— Ela foi contratada hoje. Fiquei encarregada de mostrar o hospital para ela.

— Marília Dias Mendonça trabalhando como turismólogo. - Luiza debochou da sua amiga, que instantaneamente revirou os olhos.

— Ela é prestativa, não custa nada ser também.

— Eu sei o que é isso. - A amiga comentou tomando um gole de sua bebida.

— Não começa, Sonsa.

— Tá bom, princesa de Jesus.

As duas conversaram um pouco mais sobre a demanda do trabalho e como ambas estavam sendo reféns do cansaço. Prosseguiram em direção à frente de palco, sentando-se cada uma um pouco distante. 

As strippers posicionaram-se e iniciaram a performance, Marília parecia estar distante, com sua atenção em outras coisas. Ao ouvir a batida frenética da música, a loira ergueu o olhar e deparou-se com a morena que outrora avistou. A morena mexia seu corpo perfeitamente bem, deslizando suas mãos pelo seu corpo exposto, mexendo de uma maneira deliciosamente sexy. Marília não notou que estava prendendo o ar, mas ousou liberá-lo quando a mulher em sua frente empinou sua bunda em sua direção, descendo com suas mãos por sua perna, empinando-se completamente.

Rubble of this loveOnde histórias criam vida. Descubra agora