One day I'll tell you.

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Um dia te conto o quanto te amo, Maraisa.
           
Até lá,
me perdoe pela catástrofe.


Luiza Sonza point of view.

Maraisa não me perguntou novamente e, ao notar a grande merda que faria, segurei a mão dela e apertei, me aproximei do seu ouvido e falei que Marília estava com sua mãe e que era um assunto delicado para ela, por isso ela não informou.

Ela pareceu não acreditar, mas aos poucos cedeu e alcançou seu celular, Marília havia respondido a mulher e um sorriso singelo brotou em seu rosto.

— Viu? Te falei. Ela às vezes só precisa de um tempinho.

Maraisa sorriu pra mim e eu saí, em direção ao banheiro. Busquei rapidamente meu celular na bolsa e liguei para Marília.

Não demorou muito para ela atender.

— Até quando você vai me fazer mentir, Marília?

"Do que você está falando, Luiza?"

— A Sonza sou eu, não você! Pelo amor de Deus, como você não avisa pra sua mulher? Sei lá… até quando, Marília?

"Ela não é minha mulher. E eu falaria o quê? Que estou transando com o meu namorado?"

Todas as vezes que a Marília encontrava o Huff, sua personalidade mudava completamente. Ela se tornava arrogante, imprudente e sequer pensava nas consequências da sua fala. Olhei para a tela do seu celular e olhei sua foto, suspirei fundo e desliguei a ligação.

Maraisa não merecia isso.

Mas o que posso fazer? Entregar a minha amiga e vê-la morrer?

No outro dia…

Marília Mendonça point of view.

Acordei sentindo alguns incômodos nas minhas partes íntimas, abri os olhos com certa dificuldade e encarei o meu namorado que dormia pesado ao meu lado. Levantei, sentindo a exaustão possuir todo o meu corpo.

Tomei rapidamente um café amargo e comi algumas torradas com ovo, deixando o prato sobre a mesa. Sai apressadamente do meu apartamento e corri direto para o hospital. Hoje teria uma reunião importantíssima com o conselho do hospital.

Ao chegar na minha sala, minha secretária avisou que alguém estava me esperando na sala. Desconfiada, entrei e me deparei com Luiza sentada sobre o estofado, tomando capuccino. Revirei os olhos, eu realmente achava que era alguém importante.

— Por que não disse que era você? Jurava que…-

— Marília, precisamos conversar! - ela se pôs de pé e caminhou até onde eu estava. Sem tempo para pronúncias, Luiza suspirou fundo e prosseguiu. — Eu não quero esconder mais nada. Isso vai dar merda. Marília, você conhece o Murilo… A Maraisa, ela…

— Ela o quê? - perguntei apreensiva. — Ela o quê, Luiza?

— Ela não merece! Você está tornando ela uma amante. Meu Deus, Mendonça! - suas mãos estavam na sua cabeça. — Por quê você está fazendo isso? Você enlouqueceu?

— Eu não tenho direito de estar com quem eu quero? - estava sentindo uma vontade absurda de chorar.

— Você tem! Mas porra, seja justa com as pessoas. Não é porque o Murilo machuca você que você tem o direito de machucar outras pessoas! - ela proferiu aquelas palavras e eu senti todas as flechas irem de encontro ao meu peito.

Uma lágrima mortal saiu dos meus olhos e rolou, lentamente, sobre o meu rosto.

— Luiza… - minha voz, à essa altura, estava embargada pelo choro incessável. — Luiza…

Rubble of this loveOnde histórias criam vida. Descubra agora