That's the only truth.

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                         "Porque eu te amo, e não consigo me ver sem ser o teu amor por anos."

Minha garganta fechou e travei o meu olhar com o dela, sentindo toda a euforia que a sua presença me causa. Maraisa esperava uma resposta minha, ela respirou fundo e olhou para Luiza que logo saiu deixanfo nós duas a sós.

- Não temos mais nada, Marília. Eu não sou sua "mina" - Ela fez aspas com os dedos. - Por quê disse isso?

- Porquê é a verdade, Maraisa. Você é minha!

- Você só pode estar enlouquecendo - Maraisa bufou irritada. - Você termina comigo, quer dizer, não tínhamos nada né? - Seu deboche me irritou.

- Você não sabe o porquê fiz o que fiz.

- Eu não sei quem você é, Marília. Você tem versões e, maioria delas, não me mostra. Eu não curto joguinhos, sinto muito! - Ela completou e antes que pudesse sair, segurei em seu braço e a puxei colando nossas bocas. - Marília? Por que fez isso?

- Porque eu quis. Eu quero você, Maraisa. Eu não consigo ficar um dia longe de você.

- Não é assim que as coisas funcionam. Você me descartou. Eu não sou ioiô seu, Marilia!

- E eu nunca disse que você era. Você é uma das maiores certezas que tenho.

- E por quê terminou comigo?

- Porquê sou uma idiota. A única certeza que tenho é que não te quero longe, não mais.

- Eu preciso ir, a Lauana está me esperando! - Nossas mãos estavam entrelaçadas, Maraisa beijou o meu rosto e se foi.

Voltei para onde não deveria ter saído e Luiza me olhou receosa, assenti com a cabeça e ela pareceu entender. Não bebi muito, não queria acordar com dores de cabeça e mais estressada para a conta. Não havia mais saldo para aquela noite.

[***]

Estava irritada com o meu dia e com todos em minha volta. Doutor Xavier decidiu colocar uma pilha de planilhas sob a minha mesa às 07 da manhã, e pra completar a minha secretária sequer havia chegado. Desci ao refeitório para buscar um café, acabei que permaneci por lá para espairecer a cabeça. Meus pensamentos estavam possuídos por uma só pessoa. Por um alguém.

O vapor ia de contra o meu rosto e eu gostava de senti-lo. Era morno. Tal como o meu sentimento atual.

Olhei para a janela que dava acesso às ruas em frente ao hospital e principalmente ao estacionamento, e me encaixei um pouco mais naquele lugar ao ver Maraisa sair do carro um tanto quanto desconhecido. Ela beijou o rosto de alguém e sorriu, do jeito que sorria somente para mim ao me ver. Engoli a seco, afinal, o que você esperava, Marília? Que ela sofresse e continuasse a te amar?

Idiota.

Quando fui retornar à minha sala, ainda com a imagem da Maraisa se despedindo de alguém, assim que coloquei os pés no corredor, ela apareceu. Acenou com a mão e sorriu para mim, e eu nada fiz, apenas a vi passar e seguir sei lá para onde. Entrei na minha sala e sentei, com as mãos na cabeça. Eu estava surtando.

Busquei meu celular e liguei para Maiara pedindo para ela vir até a minha sala.

Não demorou muito para que a ruiva aparecesse.

- O que aconteceu, Marília? Você está apreensiva!

- Sua irmã está com alguém?

Maiara assustou e franziu o cenho.

- Você me chamou para perguntar sobre a vida pessoal da minha irmã?

- Maiara, tenha dó. Eu estou... péssima. - Confessei, em voz alta, esfregando minhas mãos no meu rosto.

Rubble of this loveOnde histórias criam vida. Descubra agora