A normal day.

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Acordei com um pouco de incômodo no meio das pernas, com muita dificuldade abri os olhos e notei que Marília dormia tranquilamente. Sem acordá-la, levantei e prossegui ao banheiro, hoje iria na casa da minha mãe e de lá seguiria para o hospital. Não demorei muito tempo no banho e já sai enrolada. Sem mais delongas, vesti minha calça jeans e peguei uma blusa rosa de manguinha da Marília. Tinha o seu cheiro nela e eu queria sentir o dia inteiro.

Fiz um coque frouxo e passei um protetor labial. Olhei para a mulher que ainda dormia e cuidadosamente acordei ela. 

— Te vejo mais tarde, tá? - disse, beijando seus lábios. Seu rostinho estava completamente diferente. Parecia um neném. — Vê se você se cuida, ok? - coloquei uma das suas mechas atrás da orelha. — Coisa mais linda desse mundo inteiro…

— Vai me deixar? - ela fez um biquinho muito gostoso.

— Jamais, só vou visitar minha mãe e depois seguir para o hospital.

— Eu quero ir com você!

— Tá doida? O que a minha mãe vai pensar se nos vermos juntas a esse horário da manhã e na casa dela?

— Até parece que você liga para o que pensam.

— É. Mas é a minha mãe.

— Idai? Eu que cuidei dela!

— Tá, vai se arrumar! Vou esperar você pra gente tomar café juntas e irmos. Não quero nada tradicional, então vamos tomar café em uma padaria perto, ok?

— Você quem manda!

— Boba! - falei, e assim que ela se virou de costas para caminhar, dei um tapa firme na sua bunda. — Gostosa!

— E sua!

— Inteiramente!

Marília demorou cerca de 20 minutos no banho, foi tempo suficiente para que eu respondesse alguns e-mails e marcasse com a Marcela algumas consultas para mais tarde. A loira soltou seus cabelos e jogou para o lado, escolheu uma calça jeans também e uma blusa de cetim na cor preta. Seu perfume era marcante, eu amava sentir seu cheiro pós banho e o seu perfume que ela usa após. Beijei seu pescoço e subi trilhando alguns beijos pela sua nuca.

— Você é incrivelmente cheirosa… eu amo seu cheiro - sussurrei. — amo seu gosto… sempre doce!

— Maraisa, acordou me querendo?

— Eu sempre quero você. Sempre quero mais de você.

— Temos compromisso, vem! - ela falou, me tirando do transe e puxando minha mão quarto a fora.

Não demorou muito e Marília estacionou seu carro na esquina do estabelecimento. Ela odiava que eu abrisse a porta do carro, então sempre se prontificou a abrir. Sorri com a gentileza e ela alcançou minha mão, entrelaçando nossos dedos. De início foi estranho, mas segurei firme na sua mão e juntas entramos para tomar café.

— O que você quer pra comer, nanica? - já estávamos sentadas, com o antebraço apoiados sobre a mesa.

Ergui uma das minhas sobrancelhas e sorri de lado, não queria falar isso mas não poderia perder o momento.

— Você.

— Maraisa! - Marília me repreendeu, apertando minha mão. — Você não tem jeito, né?

— Você gosta. Eu sei que você gosta.

— Estamos em público… não me provoca!

— Por quê não? A gente pode dar uma rapidinha no banheiro, é só você não gemer!

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