Unsurpassed.

1K 102 78
                                    

Os raios solares invadiram o nosso quarto, e com certa dificuldade abri os olhos. Alguns cabelos estavam no meu rosto e logo dei conta que Maraisa me abraçava enquanto dormia. Não sei há quanto tempo estávamos nessa posição, mas estava tão confortável que por mim não sairia do seu colo. Sua respiração baixinha era audível, e transmitia tanta paz. Apertei seu corpo levemente sem a intenção de acordá-la, ela murmurou tão gostoso que a minha única vontade era beijá-la e falar o quão ela se parecia com um anjo.

Me desvinculei dos seus braços com cuidado, no início ela pareceu que iria acordar, mas com certa dificuldade consegui. Depositei um beijo no seu rosto e sai do quarto.

Desci as escadas, vendo se havia sinal de alguém acordado na casa. Ao chegar no andar de baixo, Maiara me assustou com a sua presença e eu quis matá-la.

— Filha da puta! - Ofendi a ruiva que ria da minha cara.

— Filha da puta é você que come a minha irmã!

— Maiara! - Exclamei, sentindo minha bochecha corar.

— A sorte de vocês é que eu não estava no andar, seria um desprazer ouvir a Maraisa gemer. Por Deus! - Ela falou virando as costas e voltando a lavar a louça do dia anterior. — E vê se me ajuda, caralho!

— É esse o preço que eu pago por estar envolvida com a sua irmã?

— É só o início, a Maraisa é caríssima! Teremos que fazer um acordo.

— Já tomou no cu hoje? - Falei ficando ao seu lado e alcançando o guardanapo. — Isso é falta de dar!

— Não é não, meu amor! - Riu descaradamente. — Não fico sem dar um só dia!

— Que informações desnecessária, Maiara! - Minha vontade era de jogar o guardanapo contra o seu rosto. — Não quero saber da sua vida sexual!

— E eu não quero você comendo a minha irmã!

— Comendo quem? - A voz de Maraisa ecoou na cozinha.

Ela ainda estava sonolenta e coçava os olhinhos. Quis agarrá-la e encher de beijos. Seu rostinho amassado pelo travesseiro declarava o sono pesado que ela teve. Admirei por alguns segundos seu rosto.

— Nossa, mas que breguice! - Maiara nos entreolhou e revirou os olhos.

— Bom dia, loirinha! - A morena mais linda do mundo se aproximou de mim e me beijou. — Por que você saiu antes de mim?

— Meus planos eram fugir, mas Maiara me obrigou a ajudá-la. - Fiz bico e ela novamente me beijou.

Por mim, moraria no calor dos seus braços e na doçura da sua boca.

— Se vocês quiserem transar, o quarto de hóspede está disponível!

— Você quer, Maraisa? - Meu tom era malicioso, olhei a morena dos pés a cabeça. — Se bem que não precisarei de esforços…

— Marília, vai a merda! - Maiara largou com tudo a esponja sobre a pia, lavou as mãos e saiu da nossa presença.

Puxei a morena pela sua cintura tão minúscula e uni nossos corpos como sempre costumo fazer. Seu cheiro de mulher incendiou todo o meu corpo. Passaria horas admirando cada detalhe que compõe seu rosto tão perfeito. Com os dedos, coloquei algumas mechas que insistiam em cair em seu rosto atrás da orelha. Envolvi minha mão na sua nuca e aproximei nossos rostos.

— Seu colo é tão bom… - Suspirei levemente lembrando da sua respiração. — Eu amei dormir abraçadinha com você, sabia? - Passei minha mão parcialmente sobre as suas bochechas tão lindas. — Obrigada!

Rubble of this loveOnde histórias criam vida. Descubra agora