Danger.

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Entrei no mesmo horário que Marília no hospital e já fui direcionada para uma cirurgia de emergência em um bebê recém-nascido. Durou cerca de 1h e alguns minutos até realizarmos os procedimentos necessários. Desci junto com a enfermeira até a sala de espera para avisar aos pais sobre o estado de saúde do recém nascido.

— Ele está bem! - Afirmei e a mãe sorriu agradecida. — Permanecerá mais ou menos uma semana aqui, nos cuidados da enfermeira e sobre a minha checagem. Peço que após esse período, retornem com ele antes de um mês, ok? - Sorri e a mãe veio até mim, me abraçando. — Não há de quê, só fiz o meu trabalho! Ele é muito forte!

Conversei um pouco mais sobre seu estado e me despedi deles, indo até o refeitório. Estava faminta, só tinha comido no almoço junto com as duas. Optei por um prato mais equilibrado e leve.

Sentei sobre a cadeira e estalei os dedos das minhas mãos, estavam dormentes. Com cuidado movi o meu pescoço para o lado. Não demorou mais que 10 minutos para que eu comesse toda a comida. Segui rumo a minha sala, precisava descansar nem que fosse alguns minutos.

Fechei a porta com cuidado e sentei, checando todos os prontuários. Meu plantão acabaria às 10h da manhã e ainda eram 02h. Deitei minha cabeça sobre a minha mesa e quando fechei os olhos, ouvi um barulho na minha porta. Respirei fundo e me levantei, ao girar a maçaneta um sorriso largo nasceu em meus braços. Abracei seu corpo e cheirei seu pescoço.

— Oi, anjo! Como você está? - Perguntei e dei passagem para que ela entrasse. — Acabei uma cirurgia faz uns 40 minutos, mais ou menos.

— Tô com saudades! - Disse enlaçando minha cintura com suas mãos. — Como foi a cirurgia?

Marília sentou na minha cadeira e eu sentei no seu colo, sua mão ficou na minha coxa e a outra ela alcançou um lápis. Ela tinha uma péssima mania de balançar o lápis entre os dedos para se concentrar. Contei detalhadamente passo a passo da cirurgia e ela a todo instante pareceu interessada no assunto. Seus olhos estavam dilatados e neles possuíam um certo brilho.

— Você é boa no que faz! - Ela disse virando o rosto. — Em todos os sentidos… - Sua voz saiu baixinha.

— Cê acha? - Perguntei ousada, segurando seu rosto com a mão. — Sou boa no que faço, Marília?

— Pra caralho! Porra! - Ela soltou o ar que prendia. — Viciei na primeira transa. Quero mais.

— Que pena, tenho que ver se há disponibilidade primeiro. - Falei rindo e me levantei, mas ela me puxou pela cintura.

— Nem brinca! - Suas mãos me apertavam, e por pura provocação mexi meu quadril levemente em seu colo. — Maraisa… - Ela olhou para baixo, observando minha bunda mover-se em seu colo. — Deus! - Sua cabeça pendeu para trás e seu peito subia e descia. — Você é um inferno!

— Gosto de te ver assim… sedenta por mim! - Mordi o lábio inferior e depositei um selinho rápido nos seus lábios. — Gostosa!

— Você é mesmo, pra caralho! - Retrucou com um tapa na minha bunda, reprimi o gemido e ela depositou um beijo no meu antebraço. — Vou me acabar muito nesse seu corpo.

— Se você se comportar, quem sabe…

— Ah não, Maraisa! - Um bico dengoso se formou em seus lábios. — Eu sempre me comporto!

— Você tá parecendo uma criança, a criança mais dengosa deste mundo! - Envolvi nossos lábios e nos beijamos. Ela se afastou quando seu celular apitou. Marília olhou receosa para a tela e prontamente me tirou do seu colo. — O que aconteceu?

Marília Mendonça point of view.

Adorava a forma como ela me beijava e me trata feito criança, no fundo ela não sabe a atriz porno que habita em mim. Ela me beijava há cada dois minutos e se continuasse assim essa vontade se tornaria outra coisa. Agarrada em seu corpo, escutei meu celular vibrar e em seguida apitar. Retirei do bolso e li pela barra de notificações. Era o Murilo.

Rubble of this loveOnde histórias criam vida. Descubra agora