Omissions.

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Maiara Henrique point of view.

Acordei com muito esforço, relutando contra a luz que invadia o quarto. Com muita dificuldade abri os olhos, senti alguém na cama comigo e me virei. "Puta que pariu", pensei, olhando a Larissa dormindo serenamente. Meu olho automaticamente encheu de lágrimas, com toda certeza havíamos transado e não tinha dúvidas de que quem tinha provocado fui eu.

Alcancei meu celular e já eram 07h da manhã, havia mensagens do Gustavo mas sequer consegui visualizar. Entrei no chat com a minha irmã e rapidamente ordenei que ela viesse me buscar. Hoje ela trabalharia e com certeza já estaria acordada.

Com muito esforço consegui sair da cama sem acordá-la, sai enrolada no lençol. Meu corpo doía, mas precisamente nas minhas partes íntimas. Larissa tem o dom de acabar comigo.

Não demorou muito para que Maraisa chegasse, e com muito esforço consegui sair da casa dela sem deixar rastros ou acordá-la. Queria me dissipar, me culpava constantemente por isso.

— Quero explicações. - Foi a única coisa que Maraisa disse assim que entrei e fechei a porta do carro. Meu olho encheu de lágrimas e ela acariciou meu rosto. — Eu não vou te julgar, irmã. - Disse, olhando de relance pra mim e voltando sua atenção para a estragada.

— Eu fiz merda, estava bêbada… - Coloquei as mãos sobre meu rosto e apertei, deslizando elas pela maçã. — Transamos.

— Isso todo mundo já sabe, Maiara.

— E o que você quer saber?

— É a primeira vez que isso acontece? - Ela perguntou olhando no fundo dos meus olhos. Meneei a cabeça dizendo que não e eu senti que ela queria me matar. — Por quê você casou então, Maiara? Se é da putaria que você gosta.

— Não, nada disso. Eu não sei… - Apoiei meu cotovelo na janela do carro. — Eu amo o Gustavo, mas a Larissa…

— Se amasse ele não teria deitado nos braços dela.

— Dá pra parar? Você não está ajudando, que saco! - Fiz barulho com a boca, totalmente chateada em como ela me mostrava a verdade. — E você e a Marília? Transaram? Porque eu vi vocês duas dançando coladas, só faltavam transar ali mesmo.

Maraisa tomou o fôlego e tossiu, cai na gargalhada em como ela fica vermelha quando descobrem um podre dela. 

— Não transamos e… a culpa foi do álcool! - Obviamente ela culparia a bebida. A bebida sempre será a culpada. — Mas ela provoca demais, e aí é impossível resistir.

— Fraca. - Disse segurando meu cabelo e fazendo um rabo de cavalo frouxo. — Espero que ela foda bem o suficiente, porque se ela não for tudo isso, eu vou rir muito da sua cara de pau.

— Pelo menos eu não tenho amante.

Assim que ela falou, abri a boca completamente indignada com sua audácia e proferi um tapa em seu ombro. Rimos o percurso inteiro, Maraisa conseguia me tirar do transe em poucos segundos. Confio na minha irmã de olhos fechados.

Marília Mendonça point of view.

Abri os olhos com dificuldade, o clarão do quarto de alguma maneira me cegava. Procurei com dificuldade pela cabeceira o meu óculos, levantei e fechei as janelas. Estava com uma dor de cabeça insuportável e por sorte não trabalharia hoje. Liguei a luz e diminui um pouco a claridade.

Perdida em meus pensamentos, relembrei o que acontecera na noite passada. Fechei os olhos como se pudesse sentir o gosto daquela boca doce sobre a minha. Daria de tudo para tê-la aqui, agora, na minha cama.

Rubble of this loveOnde histórias criam vida. Descubra agora