Limitations

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Point of View Adora Grayskull

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Mara permaneceu em silêncio até a nossa chegada ao hospital. Hope solicitou uma ambulância para Huntara já que ela não acordou mesmo depois dos primeiros socorros.

Eu pude ver o olhar aterrorizante de Catra sobre mim, não pude entender se era por preocupação, já que meu braço estava completamente ensanguentado, ou se era por medo. De qualquer forma não me restaram muitas opções além de voltar até aqui e deixar que Mara refizesse os pontos rompidos.

— Você poderia ter matado ela - Pela primeira vez Mara murmurou, mas não olhou para mim.

— Sim, eu deveria - Retruquei. Huntara teve a ousadia de praticamente - não, de literalmente - pedir minha namorada em casamento na porta da minha casa quando eu estava debilitada.

Bem, era o que ela pensava. Mas então ela entra no grau 1 de um coma merecido e eu sou culpada.

Maravilha.

— Sim, e deveria responder judicialmente por isso. Você usou um golpe crítico de luta marcial quando ela não podia se defender

— Quando ela não podia, Mara? Ela fodeu a minha vida, de novo. Estou sendo costurada e andando mais lentamente que um aleijado porque ela fez isso. Eu não sei porquê está defendendo alguém que quase quebrou minhas costelas por uma segunda vez.

— Adora, eu sou médica. Garantir a vida das pessoas é o meu trabalho e se você tentar matá-la o seu estado “debilitado” não vai servir de nada quando estiver com problemas na polícia.

Inacreditável.

— Esqueça, eu não vou falar sobre isso com você.

— Tudo que estou dizendo é que Hope e eu chegamos em casa na hora certa. Era suficiente se vocês mantivessem ela lá, consciente para que Hope a levasse presa. Mas você como sempre perde a cabeça quando se trata da Catra, ela está decepcionada com você e é compreensível.

— Oh, ela está? Bem, porque ela não aceita a porcaria do anel quando aquela idiota acordar, afinal? - Cuspi minhas palavras afastando meu braço das mãos de Mara que respirou fundo

— Vamos, pare com isso. Me deixe terminar-

— Chame uma enfermeira ou outro médico, Mara. Eu não consigo lidar com você agora.

— Certo, você quem sabe - A minha irmã deixou os itens sobre a bandeja prateada ao lado de minha cama hospitalar e se retirou da sala.

Após algum tempo uma enfermeira se apresentou e terminou o trabalho, fechando o corte novamente para que eu pudesse ser liberada da sala de observação.

Esperei por alguns minutos até decidir que não esperaria por Mara ou por outro médico e enfiei meus braços no moletom cuidadosamente para começar a caminhar.

No percurso até a porta de saída, passando ao lado da sala de espera, encontrei Catra e uma mulher, provavelmente a mãe da Huntara, sentadas lado a lado no canto da parede frontal. Elas estavam conversando e eu pensei em tentar chamar sua atenção, mas eventualmente desisti.

Se ela está decepcionada comigo não vai ser agora que teremos uma conversa. O meu ferimento fisgou quando abri a porta de forma desleixada, mas finalmente estava fora e respirei fundo antes de começar uma caminhada consideravelmente longa.

À medida que me movia, o arrependimento surgia em minha cabeça. Isso é tão mais fácil quando se tem uma muleta, droga. Mas eu não parei, continuei seguindo em frente até ser obrigada a descansar em um banco qualquer embaixo de uma enorme árvore. O vento agradável em meu rosto substituiu o sol escaldante que segundos antes queimava sobre minha cabeça, o que me fez repensar sobre estar usando um moletom.

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