End of inertia III

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Point of View Narrator

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Catra Laurent? - Glimmer gritou ao telefone e quase fez os tímpanos da loira explodirem do outro lado da linha ─ Como a sua ex? Você está brincando comigo, como-

─ Tudo bem, não enlouqueça agora - Adora suspirou pesadamente ─ As coisas não foram um conto de fadas, tá legal? Ela gritou com o Clay.

Adora ainda estava profundamente irritada com a forma que a CEO agiu cerca de dois dias atrás durante o evento. Os sócios ficaram loucos quando descobriram que a brilhante engenheira havia tido uma pequena discussão com a mais alta chefia e a noite foi um completo desastre depois disso visto que ela era o ponto crucial para a festança.

─ Não sei o que diabos ela estava pensando, quem ela pensa que é?

─ Espere, ela gritou com o seu filho? E você defendeu a criança e não caiu aos pés dela? Isso sim é uma novidade, gosto de como as coisas caminham de forma emocionante em Berkeley. Talvez eu volte até o próximo fim de semana.

─ Pensei que iria passar seis meses fora - Adora franziu a testa, Glimmer riu do outro lado da linha por saber exatamente a expressão de sua melhor amiga ─ É sério, você vai mesmo voltar?

─ Claro que sim - A mulher reafirmou ─ Eu disse isso a Luz ontem à noite, ela teve a mesma reação.

─ Merda, a Luz - A mão livre da engenheira pairou sobre a sua cabeça ─ Eu esqueci completamente de avisá-la que estaria na cidade. Você podia voltar antes, precisamos conversar.

─ Você vai se sair bem sem mim, Grayskull. Tudo que precisa fazer é dar um jeito de fugir da sua chefe.

Evitar Catra era como estar em um barco no meio de uma tempestade. A água entraria no convés eventualmente e tudo estaria perdido, principalmente pelo fato de que a morena aprendeu a ir até o fundo das coisas para conseguir o que deseja.

O interesse sobre sua ex no evento foi explícito, então ela faria absurdos para chamar a atenção da loira para acertar as coisas.

Para sermos honestos, não demorou muito tempo para a dita tentativa inicial se concretizar.

A campainha da residência soou no primeiro andar, ecoando por todos os corredores. Adora franziu as sobrancelhas e suspirou preguiçosamente. Ela quis ignorar quem quer que fosse, talvez um dos sócios procurando-a para um pedido pessoal de desculpas pelo ocorrido no evento, era o cúmulo. Ela não queria nada além de ficar em paz com o seu filho.

─ Mãe - Clay gritou do andar de baixo, o garoto jogava videogame enquanto a mulher estava ao telefone em seu quarto ─ Mamãe, há alguém na porta! - Ele repetiu antes de pressionar o botão de pause no controle remoto para se levantar do sofá

Clay caminhou até a entrada e fez um pouco de esforço para alcançar a trava, quando não obteve sucesso puxou um móvel de madeira decorativo no corredor e o arrastou para perto da porta. Parecia uma péssima ideia, ele estudou a altura como se tivesse absoluta certeza de que ia se machucar, mas ainda assim se esgueirou com o maior cuidado que reuniu e girou a tranca para o lado contrário. Quando a porta ficou entreaberta, ele desceu do móvel, o empurrou de volta para liberar o espaço necessário e a puxou em sua direção.

Seus olhos se arregalaram ao ver a mulher do evento parada com um troféu brilhante e dourado nas mãos, a mesma que havia gritado com ele dois dias atrás.

Catra sorriu amigavelmente e acenou para o garotinho, que ainda estava receoso com a presença da CEO.

─ Ei, você deve ser o Clay - O esforço em sua voz para parecer gentil era humilhante, até mesmo a criança foi capaz de perceber

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