Point of View Narrator
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─ [...] Como eu disse, sequer nos falávamos morando na mesma casa, A - Catra continuou contando sobre o longo período em que passou sendo cônjuge de Huntara ─ Simplesmente não fomos feitas para estar juntas
─ Então toda aquela obsessão no ensino médio era só pura provocação e por trás disso um desejo maior por poder usar você para chegar onde queria.
Laurent assentiu, tomando sensualmente um gole de café. Na verdade, ela nem estava tentando incitar algo, mas ela ainda podia ser naturalmente sexy.
─ Não era como se eu não soubesse disso, mas o que poderia ser feito?
─ Você chegou a negar antes do noivado?
─ Sim, diversas vezes. O casamento foi um desastre, o intuito era que nossos sócios soubessem que não poderiam tirar minha autoridade. Só aparecemos como casal em capas de revista, não entendo como você não tenha visto coisas assim durante todo esse tempo.4
─ Acho que fiz o suficiente para que o tráfego de informações sobre você não chegasse a mim. As únicas vezes que ouvi sobre sua carreira era em meio a obra, quando algum idiota nojento falava sobre como era um desperdicio por estar com outra mulher. Às vezes também mencionaram sobre ser uma vadia má dos grandes negócios.
─ É isso que você pensa sobre mim?
─ Sua fama a persegue, Laurent. Pode imaginar que coincide bastante com o que você veio a se tornar. A grande CEO de sucesso deve ter uma história interessante para contar, não?
─ Berkeley tem seus fantasmas, se houvesse algo para contar o ponto de partida seria aqui - A morena sorriu de maneira cativante descansando o rosto sobre o punho, seu cotovelo estava servindo de apoio sobre o galpão de madeira ─ Não acha?
Adora engoliu em seco. O tempo havia passado, de fato, mas ela ainda reconhecia a linguagem corporal da francesa quando estava jogando.
─ E-eu- Não acho que há algo realmente interessante para contar depois que você se foi. Apenas a vida pacata em formação e a maternidade prematura, nada além disso.
─ Esperei que você aparecesse nas telas - Catra confidenciou ─ Sabe, pensei que seguiria a carreira no basquete e então... pensei que pudesse vê-la algum dia fazendo algo assim. Quero dizer, era isso que você queria?
─ Havia muitas viagens, Catra. Não confiei em ninguém o bastante para deixar o Clay. Ele precisava se restabelecer, tanto quanto eu. Então eu renunciei as viagens, os jogos, os treinos. Eventualmente tudo que me restou foi a graduação, sem bolsas de esporte ou algo do tipo.
─ Você não pensa em voltar a fazer isso? Você ama jogar basquete, deveria seguir a carreira, aliás ia se sair muito bem.
─ Já faz algum tempo, eu acho que perdi o jeito - A loira riu nervosamente
─ impossível, você era a melhor - Impensadamente, Catra pousou sua mão sobre a da engenheira que sentiu suas bochechas esquentarem com o gesto ─ Tenho certeza que ainda é.
Seu coração pulsava tão forte que a sensação de medo a contornou, quer dizer, aquela merda estava batendo com tanta força, qual a probabilidade da morena estar ouvindo isso também?
─ Tenho uma proposta - A CEO anunciou alegremente ─ Tenho certeza que a quadra do colegial ainda está de pé, vamos lá qualquer dia, assim você pode tentar jogar contra mim e verificamos se as suas habilidades ainda são as mesmas.
─ Catra, eu não acho que isso seja uma boa ideia...
─ Nós podemos levar o Clay. O que há, Adora? - Catra disse intrigada ─ Você parou de patinar e depois de jogar basquete, Clay não é mais uma desculpa para que você fique presa a grandes construções, presa a um trabalho que certamente não a faz feliz. Você pode ter deixado de enxergar, mas eu ainda lembro do brilho nos seus olhos quando você estava fazendo o que amava.
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Loving You is a Losing Game
Teen FictionAdora Grayskull estava perfeitamente bem sobre estar perdida sobre sua identidade no mundo. Há uma fase de sua vida que você começa a perceber que seus hormônios estão ficando loucos, seus pensamentos começam a ficar mais confusos quando se trata de...