Loving You is a Losing Game

Loving you - 1

Point of View Narrator

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Os raios do sol adentrando a janela pela manhã fizeram Adora amaldiçoar a si mesma pela péssima ideia de ter esquecido as cortinas abertas.

Mas ela sabia que iria acontecer de qualquer maneira.

A mulher encarou o teto de seu quarto, ela já estava vestida com calças largas e uma camisa regata com capuz. Havia um incômodo em seu peito, ela não sabia se tinha alguma relação com todas as coisas que aconteceram há algumas horas, mas ela também sentiu um vazio ao lado da cama. Os lençóis estavam tão bagunçados quanto ela se lembrava, mas sem sinal da CEO.

Ela ainda estava dormindo quando a empresária saiu, aparentemente bem mais cedo do que estava previsto. Adora não entendeu a razão, mas estava terrivelmente mal humorada por não tê-la por perto depois do que aconteceu.

Adora não esperou mais tempo para arrancar todos os lençóis do colchão e arrastá-los até a área da lavanderia, jogando todas as peças desajeitadamente dentro do compartimento para iniciar a lavagem. Ela sequer quis se olhar no espelho, sabia que de alguma forma Catra tinha marcado a sua pele e agora não era exatamente um bom momento para ter alguns flashes de memória sobre o momento que compartilharam juntas.

Após sair da área de serviços, ela caminhou até a cozinha, enchendo uma tigela de cereais e leite antes de se sentar desconfortavelmente sobre os bancos vermelhos do balcão de mármore.

Já fazia algum tempo que seu humor não ficava tão ruim, mas Adora tentou não pensar muito sobre isso. O dia tinha que continuar e não era uma transa qualquer que poderia desestabilizá-la.

Ao ouvir passos, Adora se virou para encontrar Clay. O garoto estava com seu pijama azul de dinossauros, o rosto ainda marcado pelo travesseiro e seus cabelos um pouco bagunçados denunciavam que provavelmente ela fez muito barulho ao passar no corredor.

─ Mãe, você não me deu boa noite - Clay murmurou esfregando os olhos e se sentando à mesa

Foi como um soco no estômago, a mulher quase não soube o que responder para o pequeno imediatamente. Clay, por outro lado, ainda esperava uma boa desculpa. Adora não era do tipo que esquecia das coisas então, para o garoto, havia uma boa razão.

─ Eu sinto muito, filho - Ela disse se sentindo culpada ─ Fiquei ocupada, algumas pessoas apareceram e já era tarde, então pensei em não acordar você no meio da noite. Você dormiu bem?

Clay assentiu.

─ Sonhei com a vovó Razz. O aniversário dela é em algum dias, certo? Nós deveríamos ir até lá para perguntar o que ela quer de presente.

─ Parece ótimo, Clay. Nós podemos fazer isso com certeza.

─ E a Catra? Você acha que ela também vai querer ir até lá?

Adora apertou a mandíbula com força, tentando não pensar demais sobre a morena por mais que quisesse.

─ Nós podemos perguntar, acho que ela gostaria, afinal faz algum tempo que elas não passam um tempo juntas.

─ Há quanto tempo você conhece a Catra, mãe? - Clay perguntou curioso, seus olhos estavam brilhando

A mais velha tentou disfarçar suas expressões, bastava a morena se tornar o assunto para que a quarta parede fosse quebrada. Suas mãos alcançaram mais algumas caixas de cereais para que Clay pudesse escolher.

─ Ahn… bom, faz algum tempo- nós éramos colegas de sala no ensino médio.

─ Oh - O garoto tentou juntar as peças ─ Então por que vocês brigaram enquanto estávamos indo para a casa da vovó Razz?