Almagesto | Taekookmin

20. Pingos nos i's

Ninguém tava preparado pra esse capítulo (nem eu)... enfim, alerta de hot

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— Eu posso saber que porra tá acontecendo aqui?!

O grito de Suzane no interior do primeiro andar surpreendeu a equipe, mas era óbvio que a mulher teria carta branca para entrar visto que eram seus próprios homens que vigiavam a entrada e o local.

— Mas que merda de bagunça é essa?! Tem um cara de vocês no hospital, o coroa tá desaparecido e vocês ainda deixam dois homens meus morrerem, cadê a porra do Park?!

Carol engoliu em seco. Estava na mesa central rascunhando uma folha com Michael e Hana sentados ao redor, tentando encontrar alguma solução para o caos que se formou no submundo de Newark.

A notícia de que Cartiers fora assassinado pelo segurança de Jimin Park não foi vista com bons olhos por alguns donos de facções. Além disso, a pressão pela posse de Almagesto estava cada vez maior. Queriam a receita e, sobretudo, queriam Jonathan, o qual estava cada vez mais recluso no laboratório do prédio. Trocas de tiros aconteciam a todo instante e assim dois homens de Suzane haviam morrido.

E para piorar a situação, agora todos tinham conhecimento do filho de TaeHo. O homem havia ocultado aquela informação para prezar pela segurança de Taehyung, mas seu zelo no passado se tornou inútil quando Jimin sumiu para acompanhá-lo no hospital. Era mais do que certo que a notícia se espalharia e os rumores a respeito da capacidade do Park em manter uma facção começassem.

Afinal, abandonou tudo para ficar perto de um homem.

Todos no laboratório estavam apreensivos. No hospital comunitário do bairro, Josh continuava internado. Não podiam levá-lo a um lugar de ponta, pois precisariam explicar aos médicos o que aconteceu e seria fácil ter a polícia batendo na porta logo em seguida.

Eles poderiam ser grandes, mas não eram intocáveis.

— O Park tá resolvendo umas coisas, senhorita Suzane. — Carol teve coragem de pronunciar, mas os olhos maquiados da mulher de quarenta anos pegaram fogo ao ouvir aquilo.

— Eu sei bem que essas coisas são sobre aquele filho do TaeHo! O que o Park tá pensando?! Que trazer esse cara pra cá vai conseguir melhorar alguma coisa? Metade de Newark quer a cabeça dele!

— Que história é essa?! — Hana se levantou de repente, assustada com a informação. Automaticamente a mente foi para o hospital, em Taehyung-oppa que àquela altura já havia passado pela cirurgia, e o afeto que sentiu ao conhecê-lo deixou-a com medo de que algo acontecesse com ele.

— Fala sério, enquanto vocês tão aí esperando o chefinho de vocês voltar e aquele loirinho nerd fica trancado aqui fazendo pó, tem a merda de uma guerra lá fora! — A voz de Suzane era tão alta que provocava eco no salão. As pulseiras tilintavam por ela mexer demais os braços, irritada. — As gangues tão se dividindo em quem apoia e não apoia TaeHo, em quem quer vingar a morte dele e quem quer matar o filho dele pra não ter mais ninguém da família dele com poder por aqui!

— A gente precisa achar quem matou o Sr. TaeHo. — Aren, mais distante dos outros com um cigarro entre os dedos, chamou a atenção de todos ali. — Senão ele vai matar o cara e eu não quero tá aqui pra ver o Jimin vendo isso acontecer.

— É muito esperto, de verdade, vocês deixarem esse tipo de coisa vazar por aí! — Suzane estava cada mais inconformada. — Vocês praticamente colocaram um alvo nesse cara! Aonde tavam com a porra da cabeça?!

Os quatro membros presentes se entreolharam. Não podiam negar as palavras de Suzane, aquilo era verdade.

— Vamos dar um jeito. — Carol falou, nem um pouco confiante. Suzane jogou as mãos pro alto e gargalhou.