Jimin estava pálido, os olhos sequer piscavam. Não sabia explicar o pânico ao ver os três homens caírem à sua frente, com dois deles já mortos.
Cartiers foi atingido no braço que segurava a arma e gemia pela dor aguda da bala. Em instantes, pelo som ensurdecedor que saiu do escritório, outros apareceram já com as armas na mira dos "visitantes", mas não havia mais necessidade disso.
Jungkook estava com ódio nos olhos.
Os tiros nos dois capangas haviam sido dados para matar de imediato, diretamente na cabeça. Cartiers, não.
O traficante ainda resmungava e gemia de dor, a arma havia sido arremessada pelo impacto do corpo caindo no chão.
— Seu filho da puta!!! — O homem gritou enquanto via Jungkook se aproximar dele, com a arma ainda em sua direção. Jimin não se movia um centímetro sequer.
Cartiers arregalou os olhos ao ver a mira em sua cabeça e o dedo do asiático no gatilho.
— Não, não, pelo amor de Deus! — Gritou desesperado e em vão, pois outro disparo foi dado e sua cabeça jorrou sangue no chão. Caiu sem vida e sujou o carpete do líquido avermelhado vivo, e só então o revólver foi abaixado.
Todos olhavam assustados para Jungkook.
O moreno guardou a arma na cintura e encarou ao redor, a expressão séria como nunca antes.
Mark se segurou para não exibir um sorriso orgulhoso. Jimin continuava imóvel, mas a boca conseguiu se mover o suficiente para falar:
— Sai todo mundo daqui. — ordenou para os colegas na porta, que olharam uma última vez para Jungkook antes de se retirarem aos poucos.
Aquela cena, com certeza, seria compartilhada: Cartiers, um dos maiores traficantes do Oeste, morto pelo segurança do Park.
Assim que Mark fechou a porta, as mãos de Jimin se sustentaram na mesa de madeira. Jungkook correu até ele e o segurou pela cintura, surpreso em como o corpo do loiro tremia.
— Jimin-ssi?
— Eu nunca vou me acostumar com isso. — falou em um sussurro sofrido que apertou o coração do moreno.
— Não vou deixar ninguém fazer nada com o hyung. — E estava convicto do que falava.
Não havia atirado apenas porque era seu trabalho defender Park Jimin; o fizera pelo sangue esquentar de imediato ao ver o perigo iminente.
Começou a nutrir sentimentos pelo loiro e não iria impedi-los de florescerem no coração. Protegeria Jimin a qualquer custo.
Teve coragem de puxar de leve o queixo do mais velho para um beijo breve nos lábios, que fez o corpo de Jimin reagir no mesmo instante. Ainda estava atordoado pelo tiro que poderia ter recebido e surpreso pelas atitudes do coreano, e beijá-lo naquelas condições só o deixava ainda mais perturbado.
Mas não iria mais resistir — sequer tentou fazer isso algum momento.
— Vou te levar pra casa. — mandou, e Jimin não questionou. Não tinha mais condições de ficar ali.
Jungkook não queria admitir, mas toda a situação o deixara em estado de ainda mais alerta. Percebeu como era fácil perder Park Jimin e sua guarda aumentou ainda mais.
Por isso, não hesitou em sair do escritório com o braço posto firmemente ao redor da cintura do loiro, em uma pronúncia muda de que ninguém poderia tocá-lo além dele.
Os olhares que receberam foram de choque — exceto os de Jonathan, que não estava surpreso. Diferente dos outros, ele balançou a cabeça ao ver o estranho casal por todos ali, sabendo o que aquilo implicaria.
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Almagesto | Taekookmin
Fiksi PenggemarDarkfic | Não-monogamia | Slow Burn Jungkook precisa descobrir o real significado de amadurecer, quando seu marido recebe um diagnóstico que dependerá de um tratamento que não são capazes de pagar. Para salvar Taehyung, ele está disposto a se...