17. Choque de três

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As coisas vão começar a caminhar agora... O parquinho vai pegar mais fogo ainda kkkk

{...}

Três anos atrás. Universidade de Delaware.

— Acharam um tumor no cérebro dele.

As palavras de Taehyung demoraram a entrar na cabeça de Jimin. Logo ele, o Sr. TaeHo, por qual nutria tanto afeto e quem admirava por ser considerado uma espécie de mafioso no Estado inteiro, agora estava com câncer.

O ruivo abaixou a cabeça e procurou a mão do moreno, apoiada no banco de concreto da faculdade. Entrelaçaram os dedos e Jimin ouviu o primeiro choro, ainda contido, do amigo.

— Eu sinto muito, Taehyung.

— Isso não é nem um pouco justo. — soluçou. — Foi assim com a minha avó, isso não é justo.

Soluçou mais, os ombros balançaram pelo choro que começou a extravasar e não se importou de estarem no meio do extenso corredor.

Taehyung recebera a notícia pela mãe antes de sair de casa, e não conseguiu se concentrar nas aulas desde aquele horário. Pediu que Jimin saísse de sua sala no prédio de Administração e fosse até o seu, pois precisava dele.

— Jimin-ssi... — falou com dificuldade, o nariz estava vermelho e o rosto inchado fez o ruivo ter vontade de beijar cada centímetro dele, tamanho o carinho que sentia e a vontade de confortá-lo com um pouco do amor que tinha por Taehyung Smith. — Você acha que... Acha que eu vou passar por isso também?

— Não! Que isso, Taehyung! — Arregalou os olhos diante daquela pergunta assustadora e apertou mais a mão do moreno.

— A minha tia... Também... Tanta gente. — Soluçou mais e usou a mão livre para cobrir a boca.

— Você não vai ter isso, Taehyung, para de pensar essas coisas.

— Você vai ficar comigo se acontecer?

— Não vai acontecer, Taehyung! — Controlou-se como pôde, não queria demonstrar a irritação que sentiu por ouvir aquelas coisas. Não queria pensar na possibilidade.

— Mas me promete! — Olhou irritado para o ruivo, que começou a gaguejar desesperado.

— M-mas, Taehyung, você não tá sozinho, o seu n-namorado...

Soltou a mão do amigo. Jimin olhou confuso para a própria mão agora vazia e se encolheu ao ver Taehyung abraçar o próprio corpo, na tentativa de conter os próprios soluços que o faziam tremer.

— Você sempre usa ele como desculpa.

— Não é desculpa! — Se arrastou no banco para deixar os corpos mais próximos. — É só que é complicado!

— É complicado porque você quer! — Taehyung passou as duas mãos no rosto, a voz ainda mais embargada. — Você nem tem coragem de prometer que vai ficar do meu lado quando eu ficar doente.

— Para de falar isso, você não vai ficar doente, não vai! — Puxou as mãos do amigo pelos pulsos para obrigá-lo a olhar para ele. Os olhos vermelhos o atingiram em cheio e ele vacilou. — Mas... — Ponderou no que iria falar. — Se acontecer, eu vou ficar do seu lado. Tá bom?

— Promete?

— Prometo. — Estendeu o dedo mindinho em um convite para que o outro fizesse o mesmo, e assim selar a promessa.

Estava feito.

{...}

Agora. Hospital de Newark.

Almagesto | TaekookminOnde histórias criam vida. Descubra agora