Almagesto | Taekookmin

18. Perdão

O bonito aqui não sabe postar capítulo de dia, só de madrugada 🤡 mas tá aí, ficou meio grande mas é um cap super importante pro nosso amado Taehyung.

Espero que estejam gostando :)

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Mark pressionou a ponta do cigarro na parede para apagá-lo. Não gostava muito de fumar, mas a situação tensa pedia uma forma de escape.

Jimin Park estava incomunicável e não fazia ideia da troca de tiros ocorrida em frente ao laboratório. Os homens de Suzane se mostraram leais ao grupo e ajudaram contra alguns capangas de Cartiers que quiseram se vingar de sua morte.

Felizmente, nenhum morto. Infelizmente, cinco feridos. Dentre eles, Josh estava em estado grave no pronto-socorro comunitário de uma ONG da periferia.

Jonathan era quem devia ditar os próximos passos na ausência do asiático, mas ele não tinha a mesma veia de liderança tal como o Sr. Park. Não despregava os olhos das suas bancadas de laboratório.

Ao menos, as negociações estavam indo bem. Três lotes de Almagesto foram produzidos e já estavam saindo com Michael e Hana para serem vendidos aos chefes do bairro Heels Dare, por insistência dos dois que diziam saber o que fazer. Dois homens de Suzane foram com eles, fortemente armados e de olho em qualquer movimento estranho — um deles, curiosamente, era o rapaz que estava atraindo os olhos de Hana e Mark sabia que ela se aproveitaria dessa aproximação em algum momento.

O pensamento fez o homem de meia-idade sorrir mínimo.

Levantou-se da cadeira metálica e buscou o celular na mesa do centro do primeiro andar do prédio. Pensou em ligar para Johnny — estava bem mais acostumado com aquele nome do que Jungkook —, mas teve medo de atrapalhar a vida pessoal do colega. Ele deveria ser o único naquele lugar que ainda possuía uma.

Estava um pouco surpreso pelas atitudes dos dois asiáticos, realizadas há quase dois dias. Não esperava que Johnny fosse o tipo de homem que teria um amante: não estava arriscando a própria vida para cuidar da saúde do marido? Então, por que o traía?

Mais estranho ainda era o fato deste "amante" ser Jimin Park, o líder de todos ali. Era uma situação perigosa demais. Esse tipo de caso deveria ser evitado de ser comentado, mas ele sabia que muitos já estavam jogando mais rumores sobre o assunto.

Teve um pouco de medo, mas não era nada comparado às coisas piores pelas quais já passara na vida do tráfico e das máfias de Delaware.

Sempre achava graça do conceito de máfia, tão propagado na indústria do entretenimento com sujeitos de terno, famílias extensas, reuniões com outras máfias para fazer acordos em locais luxuosos e etiquetas.

A máfia que conhecia era suja, escondida por baixo dos panos de Delaware, por trás de políticos e empresários que deviam, cada um, algum tipo de favor a Jimin Park. O loiro não precisava de ternos ou de palavras bonitas; apenas dinheiro suficiente para limpar as sujeiras de alguém, de uma carga grande de material ilegal ou, agora, de um lote da droga que estava se tornando a mais famosa no país.

O Sr. Park era um mafioso moderno. Traficante de drogas não cabia mais tão bem a ele.

Mark colocou o celular de volta à mesa, desistente quanto a ter contato com Johnny. Queria dar espaço a ele. Subiu as escadas metálicas do laboratório e não encontrou Jonathan no meio das bancadas, apenas Carol empacotando mais um lote de cristal.

— Cadê o Jonathan? — Perguntou preocupado para a loira.

— Foi no banheiro, relaxa aí, paizão. — Riu e jogou para o lado outro saco plástico pequeno. Já estava com vários feitos.