O destino podia ser imprevisível demais. Se dissessem a três homens como suas vidas seriam interligadas de uma forma tão peculiar, não teriam acreditado.
Se contassem a Kim Taehyung que ele sobreviveria a um tumor e redescobriria o amor ao envolver o melhor amigo no seu relacionamento com o marido, ele diria ser uma loucura.
Mas aquilo estava acontecendo.
Tudo era real: o corpo de Park Jimin escorado na mesa de jantar, descoberto no corpo e na alma; o celular apoiado no vaso de flores artificiais, mostrando seu marido na tela com um piercing peculiar no canto da boca e com o outro lado avermelhado por morder demais os lábios; os gemidos do namorado e melhor amigo enquanto o engolia, tão empinado para ele; o marido ofegante pela chamada de vídeo do outro lado, sentado no escritório do laboratório.
Tudo era real e intenso demais e ele sentia que demoraria a se acostumar com aquilo — não que isso fosse algo ruim, era apenas diferente.
Era novo receber o corpo de outra pessoa que amava. Diferente dos casos rápidos e superficiais que teve durante todo o tempo com Jungkook, com Jimin era tudo especial.
Nunca havia se sentido tão completo com outra pessoa além daqueles dois.
Afinal, por mais que o corpo e a alma fossem livres para voar, sempre voltavam para seu verdadeiro lar.
Amava a liberdade de poder escolher com quem dividir a vida, e amava ainda mais poder dividi-la com duas pessoas.
Amou Jimin ainda mais ao ouvi-lo gemer o nome de Jungkook, enquanto era o seu pau que o preenchia. Quando Taehyung gozou, gemeu o nome dos dois e se segurou nos cabelos loiros, fazendo Jimin encarar melhor a tela do celular — e só a visão de um namorado gemendo seu nome, enquanto o outro gozava dentro dele, foi o suficiente para chegar a um orgasmo forte.
Sabia que Jungkook também havia gozado ao ver os dois, pois o gemido mais alto saiu familiar e viu como ele ficou preocupado com uma possível sujeira feita na cadeira.
Era tudo diferente — de uma forma boa. Causava um frio no estômago, uma ansiedade por algo tão diferente estar acontecendo, mas não sentia medo: queria explorar tudo aquilo.
Quando Jungkook desligou e avisou que em breve estaria em casa, ainda ficaram um tempo na mesa da cozinha. Os corpos continuavam sedentos pelos toques que não tiveram durante três anos — queriam compensar o tempo perdido. Taehyung ainda estava com a blusa usada na escola e Jimin, completamente nu e tranquilo na própria casa de janelas fechadas, o que dava privacidade aos dois.
Custou a sair do abraço do moreno de cabelos baixos e ralos para ir ao banheiro, queria tomar um banho. Taehyung iria logo em seguida, após preparar uma garrafa de café para recuperar as energias.
Enquanto aprendia a andar pela cozinha com produtos demais para alguém que raramente cozinhava, Taehyung sentiu a cabeça doer. Havia sido informado a respeito dos efeitos colaterais da Imunoterapia, que apesar de bem mais branda, ainda não era totalmente indolor, mesmo em 2026.
Depois de muito esforçou, localizou a cafeteira no armário. Encontrou o pote com o café pela metade e começou a esquentar a água, quando ouviu passos pelo corredor.
Park Jimin estava quente.
Não que ele estivesse usando algo um tanto indecente, ou fazendo qualquer coisa provocante, mas só de andar pela própria casa à vontade demais com uma bermuda de algodão com a barra dobrada acima dos joelhos e apenas um kimono aberto, Taehyung já o achava quente demais.
Ainda podia ver o mesmo ruivo da universidade. Conseguia pensar nas coisas que faziam às escondidas pelos espaços mais reservados, e até nos motéis baratos que arranjavam.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Almagesto | Taekookmin
FanficDarkfic | Não-monogamia | Slow Burn Jungkook precisa descobrir o real significado de amadurecer, quando seu marido recebe um diagnóstico que dependerá de um tratamento que não são capazes de pagar. Para salvar Taehyung, ele está disposto a se...