25. Conflitos

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O destino podia ser imprevisível demais. Se dissessem a três homens como suas vidas seriam interligadas de uma forma tão peculiar, não teriam acreditado.

Se contassem a Kim Taehyung que ele sobreviveria a um tumor e redescobriria o amor ao envolver o melhor amigo no seu relacionamento com o marido, ele diria ser uma loucura.

Mas aquilo estava acontecendo.

Tudo era real: o corpo de Park Jimin escorado na mesa de jantar, descoberto no corpo e na alma; o celular apoiado no vaso de flores artificiais, mostrando seu marido na tela com um piercing peculiar no canto da boca e com o outro lado avermelhado por morder demais os lábios; os gemidos do namorado e melhor amigo enquanto o engolia, tão empinado para ele; o marido ofegante pela chamada de vídeo do outro lado, sentado no escritório do laboratório.

Tudo era real e intenso demais e ele sentia que demoraria a se acostumar com aquilo — não que isso fosse algo ruim, era apenas diferente.

Era novo receber o corpo de outra pessoa que amava. Diferente dos casos rápidos e superficiais que teve durante todo o tempo com Jungkook, com Jimin era tudo especial.

Nunca havia se sentido tão completo com outra pessoa além daqueles dois.

Afinal, por mais que o corpo e a alma fossem livres para voar, sempre voltavam para seu verdadeiro lar.

Amava a liberdade de poder escolher com quem dividir a vida, e amava ainda mais poder dividi-la com duas pessoas.

Amou Jimin ainda mais ao ouvi-lo gemer o nome de Jungkook, enquanto era o seu pau que o preenchia. Quando Taehyung gozou, gemeu o nome dos dois e se segurou nos cabelos loiros, fazendo Jimin encarar melhor a tela do celular — e só a visão de um namorado gemendo seu nome, enquanto o outro gozava dentro dele, foi o suficiente para chegar a um orgasmo forte.

Sabia que Jungkook também havia gozado ao ver os dois, pois o gemido mais alto saiu familiar e viu como ele ficou preocupado com uma possível sujeira feita na cadeira.

Era tudo diferente — de uma forma boa. Causava um frio no estômago, uma ansiedade por algo tão diferente estar acontecendo, mas não sentia medo: queria explorar tudo aquilo.

Quando Jungkook desligou e avisou que em breve estaria em casa, ainda ficaram um tempo na mesa da cozinha. Os corpos continuavam sedentos pelos toques que não tiveram durante três anos — queriam compensar o tempo perdido. Taehyung ainda estava com a blusa usada na escola e Jimin, completamente nu e tranquilo na própria casa de janelas fechadas, o que dava privacidade aos dois.

Custou a sair do abraço do moreno de cabelos baixos e ralos para ir ao banheiro, queria tomar um banho. Taehyung iria logo em seguida, após preparar uma garrafa de café para recuperar as energias.

Enquanto aprendia a andar pela cozinha com produtos demais para alguém que raramente cozinhava, Taehyung sentiu a cabeça doer. Havia sido informado a respeito dos efeitos colaterais da Imunoterapia, que apesar de bem mais branda, ainda não era totalmente indolor, mesmo em 2026.

Depois de muito esforçou, localizou a cafeteira no armário. Encontrou o pote com o café pela metade e começou a esquentar a água, quando ouviu passos pelo corredor.

Park Jimin estava quente.

Não que ele estivesse usando algo um tanto indecente, ou fazendo qualquer coisa provocante, mas só de andar pela própria casa à vontade demais com uma bermuda de algodão com a barra dobrada acima dos joelhos e apenas um kimono aberto, Taehyung já o achava quente demais.

Ainda podia ver o mesmo ruivo da universidade. Conseguia pensar nas coisas que faziam às escondidas pelos espaços mais reservados, e até nos motéis baratos que arranjavam.

Almagesto | TaekookminOnde histórias criam vida. Descubra agora