27. Salvação

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Cenas de violência nesse cap, desde já peço desculpas (juro que odeio fazer os outros sofrerem), mas isso foi necessário pra deixar tudo o mais realista possível... As coisas vão melhorar, eu tenho fé rs

{...}

A primeira hora sem Jungkook foi aceitável.

Quando Jimin e Taehyung voltaram para sua mesa, notaram a ausência do mais novo. Enquanto o marido achara normal o sumiço, pensando que talvez o Jeon tenha conhecido alguma pessoa, o Park sabia muito bem quem ele estava procurando naquele dia e temeu por isso.

A segunda hora sem Jungkook foi um pouco desconfortável.

Já não conseguiram mais aproveitar a noite, preocupados. Não haviam mensagens do rapaz no celular de ambos e Taehyung estava achando tudo estranho demais. Jimin parecia saber de alguma coisa, pois olhava ao redor com mais atenção do que ele. Contudo, teve medo de descobrir algo que sabia não ser capaz de lidar.

Na terceira hora sem Jungkook, decidiram sair dali.

Taehyung havia tomado mais duas garrafas de cerveja, enquanto Jimin perdera a vontade de beber: cada um descontou a preocupação de forma oposta. O moreno saiu agarrado ao loiro por não estar sóbrio e quando deram alguns passos para longe da entrada da casa de show, Taehyung caiu no meio-fio da calçada.

Jimin se angustiou com o choro do namorado.

— Taehyung-ssi... — falou de forma respeitosa e se sentou para ficar ao seu lado.

— Eu t-tô com medo! — Soluçou e cobriu o rosto com as mãos. Definitivamente não era um bom momento para Taehyung estar bêbado. — Medo, muito, muito medo! — falou um pouco desengonçado e foram surpreendidos pelo celular de Jimin vibrando.

Diferente do que normalmente fazia, o Park pegou o aparelho rapidamente na esperança de ser Jungkook — e quando viu o nome do guarda-costas na tela, soltou um grito de surpresa e alívio.

— JUNGKOOK!!! — Gritou com os dedos tão trêmulos que foi difícil arrastar o polegar na tela para atender a chamada. A expressão de Taehyung também se aliviou instantaneamente e Jimin sequer disse algo ao atender e colocar o celular na orelha, pela incredulidade.

Mas a alegria durou frações de segundos.

— Já tá com saudade da sua putinha?

O sangue esquentou.

Não. Ferveu.

— Woods. — pronunciou o nome com raiva extrema e Taehyung empalideceu.

— Aposto que também tava com saudade de mim!

— Você é um filho da puta. — falou entredentes com um ódio nítido, mas ainda contido. O aperto ao redor dos ombros de Taehyung aumentou pela tensão em seu corpo e, mesmo alcoolizado, o outro notou no mesmo instante que algo muito errado havia acontecido com Jungkook.

— Jimin... — Sussurrou assustado para o loiro, que retirou o braço de seu ombro para fazer um sinal de silêncio com o dedo indicador nos lábios.

— Não devia me tratar assim agora que sabe que ele tá aqui comigo, seja mais educado, garoto!

— Enfia essa educação no cu! — Não se conteve, por mais que soubesse o quanto era arriscado se exaltar. — Me fala a porra que você quer, mas não envolve ele nisso, caralho! Seu problema é comigo!

Os olhos negros de Taehyung ficaram ainda maiores. Não precisava ouvir o que estava acontecendo na chamada para saber que Jungkook corria perigo.

O peito se apertou e os olhos escorreram lágrimas ainda mais, mas teve que fazer isso em silêncio. Taehyung cobriu a boca com as mãos na tentativa de não soluçar.

Almagesto | TaekookminOnde histórias criam vida. Descubra agora